A prova do Enem atrai milhões de estudantes todos os anos, principalmente aqueles que estão no ensino médio e desejam ingressar em uma universidade. Confira, a seguir, todas as informações sobre o exame.
O Enem é o Exame Nacional do Ensino Médio, uma prova aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). O Enem avalia o desempenho dos estudantes que concluíram ou estão concluindo o ensino médio, e também serve como forma de acesso ao ensino superior em diversas instituições de ensino.
A prova é aplicada uma vez por ano, geralmente entre outubro e novembro. Mais de 3 milhões de candidatos se inscrevem para fazer o Enem todos os anos em busca de uma vaga em universidades públicas ou privadas de todo país e também do exterior.
O Enem é destinado aos estudantes que já concluíram ou estão prestes a concluir o Ensino Médio. Contudo, muitos alunos que ainda não terminaram os estudos realizam a prova para testar seus conhecimentos e também para conhecer o estilo do exame. Esse grupo é conhecido como treineiros, porém não podem usar a nota da prova para ingressar em uma faculdade.
O Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) é uma versão específica do Enem destinada a pessoas sob medidas socioeducativas ou privadas de liberdade, que já concluíram o Ensino Médio e desejam ingressar no Ensino Superior.
É uma oportunidade para esse público realizar o exame em unidades prisionais, centros socioeducativos ou outros locais específicos, permitindo o acesso à educação e oportunidades de estudo mesmo em situações de restrição de liberdade.
O Enem PPL abrange o mesmo conteúdo do Enem regular, diferenciando-se apenas pelo tema proposto na redação.
Como funciona a prova do Enem?
O Enem é composto por quatro provas objetivas, cada uma com 45 questões de múltipla escolha, e uma redação de 30 linhas. A redação deve ser um texto dissertativo-argumentativo sobre um tema de relevância social, política, cultural ou científica. As provas objetivas abrangem as áreas de:
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: Inclui questões de Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (inglês ou espanhol), Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação.
Matemática e suas Tecnologias: Abrange questões de Matemática propriamente dita.
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Engloba questões de História, Geografia, Filosofia e Sociologia.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias: Compreende questões de Química, Física e Biologia.
O Enem é dividido em dois dias, aplicado em dois domingos consecutivos. Cada um com características e conteúdos específicos:
Primeiro Dia
Duração: 5 horas e 30 minutos
Provas: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; e a Redação
Tempo por questão: Cerca de 3 minutos para cada questão, além de 1 hora para a redação.
Segundo Dia
Duração: 5 horas
Provas: Matemática e suas Tecnologias; e Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Tempo por questão: Pouco mais de 2 minutos para cada questão.
O Exame conta ainda com o cartão-resposta, um documento utilizado para a correção das provas do Enem. Cada estudante deve preenchê-lo com base nas alternativas que considera corretas em cada questão. É de extrema importância reservar alguns minutos da prova para preencher esse documento.
A criação das questões para o Enem segue um extenso e sigiloso processo. Desde a concepção até a inclusão de uma pergunta em uma das versões do exame, ocorrem várias etapas.
Inicialmente, professores selecionados sugerem questões, seguido pela revisão de especialistas em cada área de conhecimento abordada no exame. Posteriormente, há um teste prévio realizado com estudantes, que resolvem as questões sem saber que estão possivelmente contribuindo para o banco de itens do exame.
Com base nos testes preliminares, os itens passam por uma classificação que define seu nível de dificuldade e relevância na prova. Essa classificação possibilita a aplicação da Teoria de Resposta ao Item (TRI) pelo Inep, permitindo a comparação mais justa entre diferentes edições do exame.
Questões problemáticas são descartadas após análise de especialistas, enquanto as aprovadas vão para o Banco Nacional de Itens (BNI). Muitos itens permanecem no BNI por anos, já que mais questões são criadas anualmente do que as usadas no exame.
Com exceção da folha de redação, o cartão-resposta é o único documento utilizado para correção do Enem. Dessa forma, toda a resolução das questões contidas nos cadernos de provas não são levados em consideração para a avaliação dos estudantes.
As provas objetivas são corrigidas usando a tecnologia de leitura óptica do cartão-resposta. A correção ocorre apenas nas respostas claramente marcadas no cartão com caneta esferográfica de tinta preta, sem alterações ou qualquer tipo de rasura.
A Teoria de Resposta ao Item (TRI) é um método estatístico utilizado no Enem para avaliar o desempenho dos participantes de forma mais precisa e justa. A TRI parte do princípio de que a probabilidade de um participante acertar uma determinada questão não depende apenas do número total de acertos, mas também do grau de dificuldade da questão e da habilidade do participante naquela área específica.
Cada questão no Enem é associada a parâmetros que descrevem sua dificuldade e discriminação. A dificuldade indica o quão difícil é a questão, enquanto a discriminação indica a capacidade da questão de diferenciar entre participantes com diferentes níveis de habilidade.
A TRI torna o exame mais justo, pois permite que participantes de diferentes anos e diferentes versões do exame sejam comparados de forma equitativa. Além disso, valoriza mais a consistência nas respostas, penalizando menos quem erra questões difíceis e acerta questões mais fáceis.
A Redação do Enem deve necessariamente ser transcrita para a Folha de Redação com caneta esferográfica de tinta preta. Serão corrigidas somente aquelas cumprirem esta exigência.
Após a prova, a Folha de Redação de cada participante é digitalizada e enviada a uma banca de corretores.
Cada redação é avaliada por dois corretores independentes, sem que um saiba a nota atribuída pelo outro. A nota final é a média das notas atribuídas pelos corretores.
Os corretores utilizam uma matriz de correção que considera cinco competências. Cada uma das competências recebe uma nota de 0 a 200 pontos, totalizando até 1000 pontos. As notas individuais decada competência são somadas para obter a pontuação final da redação. A 5 competência são:
Competência 1: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.
Competência 2: Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados.
Competência 3: Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para resolver problemas e construir argumentação consistente.
Competência 4: Construir argumentação com base em elementos de realidades histórica, geográfica, biológica, sociológica, política, econômica, ambiental, cultural, de maneira a propiciar uma reflexão crítica e ética sobre a realidade.
Competência 5: Elaborar propostas de intervenção para problemas sociais, respeitando os direitos humanos e considerando a diversidade sociocultural.
Para acessar os gabaritos do Enem, basta visitar o site do Inep e navegar até a seção “Provas e Gabaritos” do exame. A plataforma disponibiliza os gabaritos de acordo com a cor do caderno de provas e a versão da prova (Aplicação Regular ou PPL), além de oferecer modelos específicos para aplicação em Libras ou Braille.
Apesar de o Enem ser um exame geral que abrange todo o conteúdo do ensino médio, existem algumas matérias que são mais recorrentes que outras. Observando tudo o que foi abordado nos últimos anos, aqui estão as matérias que mais caíram no Enem:
Quais são as matérias que mais caem no Enem em Ciências Humanas?
O que mais cai em História no Enem?
Segunda Guerra Mundial – 16,9%
2º Reinado – 10,4%
Baixa Idade Média – 10,4%
O que mais cai em Filosofia no Enem?
Racionalismo moderno – 24,3%
Filosofia contemporânea – 24,3%
Escola sofística, Sócrates e Platão – 8,1%
O que mais cai em Sociologia no Enem?
Sociologia contemporânea – 34,4%
Cidadania – 15,6%
O mundo globalizado – 9,4%
O que mais cai em Geografia no Enem?
Questões ambientais – 13,9%
Globalização – 10,1%
Climatologia – 8,9%
Quais são as matérias que mais caem no Enem em Ciências da Natureza?
O que mais cai em Biologia no Enem?
Fundamentos da Ecologia – 9,5%
Ecossistema – 9,5%
Sistema imunitário – 9,4%
O que mais cai em Química no Enem?
Ligações químicas, polaridade e forças – 13,8%
Reações orgânicas – 11,3%
Eletroquímica – 10,0%
O que mais cai em Física no Enem?
Energia, trabalho e potência – 9,7%
Acústica – 9,6%
Resistores – 8,3%
Quais são as matérias que mais caem no Enem em Linguagens e Códigos?
O que mais cai em Português/Literatura no Enem?
Tendências contemporâneas – 25,0%
Estrutura e formação das palavras – 21,4%
Preceitos básicos dos estudos literários – 17,9%
O que mais cai em Interpretação de Texto no Enem?
Aspectos do texto – 32,4%
Tipos de texto – 16,6%
Funções de linguagem – 11,7%
O que mais cai no Enem sobre Educação Física?
Influência da mídia no corpo – 33,3%
Esportes adaptados – 22,3%
Esporte e espetáculo – 22,2%
O que mais cai em Artes no Enem?
Arte Contemporânea – 61%
Vanguardas europeias – 11,1%
Elementos básicos das Artes Plásticas – 11,1%
Quais são as matérias que mais caem em Matemática e Suas Tecnologias no Enem?
O que mais cai em Matemática no Enem?
Grandezas proporcionais e Médias algébricas – 17,3%
Para participar do Enem, é obrigatório realizar a inscrição através do site oficial do programa na internet e efetuar o pagamento da taxa (ou solicitar isenção) para finalizar o cadastro. Confira o passo a passo:
Acesse o site: as inscrições são feitas exclusivamente pela internet no site oficial do programa;
Dados pessoais: Preencha o número do CPF e a data de nascimento para iniciar a inscrição. Posteriormente, é solicitado ao candidato o preenchimento de uma ficha com dados pessoais;
Senha: crie uma senha com, no mínimo, seis e, no máximo, dez caracteres. É fundamental guardar essa senha para consultas futuras de resultados e participação em processos seletivos que utilizem o Enem como critério de seleção;
Atendimento especial: A seção de atendimento especial permite que o candidato informe se necessita de atendimento diferenciado para realizar a prova;
Língua estrangeira: selecione um idioma, inglês ou espanhol, para responder a prova de língua estrangeira.
Local de Prova: O candidato deve escolher a cidade onde deseja realizar o exame;
Ensino Médio: preencha alguns dados sobre a escola onde vai concluir o ensino médio. Essa informação serve, entre outras coisas, para realizar estatísticas e saber de antemão se você estuda em escola pública ou privada;
Formulário socioeconômico: responda a um questionário socioeconômico com questões sobre renda e grupo familiar;
Confirme o cadastro: Revise todos os itens preenchidos e clique em “Confirmar”
Pague a taxa de inscrição (ou peça isenção da taxa): Ao concluir o procedimento de inscrição, é necessário imprimir o boleto e realizar o pagamento até a data de vencimento indicada no documento para evitar o cancelamento da inscrição.
A taxa de confirmação de inscrição é de R$ 85 e pode ser quitada através de boleto gerado na Página do Participante, Pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança, dependendo das opções oferecidas pelo banco. No caso do pagamento por Pix, é necessário acessar o QR code disponível no boleto.
Como conseguir isenção da taxa de inscrição do Enem?
Para ter direito a isenção da taxa de inscrição, ocandidato deve cumprir pelo menos uma das condições a seguir:
Estar cursando a última série do ensino médio no ano de aplicação do exame, em qualquer modalidade de ensino, em escola da rede pública declarada ao Censo Escolar
Ter cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada, tendo renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio;
Estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser membro de família de baixa renda, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), desde que informe o seu Número de Identificação Social (NIS) único e válido.
Para solicitar a isenção da taxa de inscrição é fundamental se atentar às datas destinadas ao pedido de isenção. Os pedidos de isenção são recebidos somente antes das inscrições do Enem, não sendo possível realizar o pedido durante o período de inscrição.
Os estudantes que se enquadram nos requisitos mencionados anteriormente podem solicitar a isenção seguindo estes passos:
Acesse a página do participante e faça login usando sua conta gov.br.
Na seção de “isenção“, insira seu CPF, data de nascimento, e-mail e um número de telefone válido.
Durante o processo, serão solicitadas informações sobre sua situação de renda ou fase escolar. Preencha todos os dados requisitados para enviar sua solicitação de isenção.
Após enviar a solicitação, aguarde o prazo determinado até a divulgação dos resultados.
Se um participante que recebeu a isenção da taxa de inscrição do Enem não comparecer aos dois dias de provas, é necessário justificar a ausência por meio do sistema de isenção do Enem se quiser solicitar uma nova isenção para futuros Exames. Para realizar esse processo, é preciso inserir no sistema a documentação que comprove os motivos da ausência. Todos os documentos devem conter data e assinatura.
Os motivos que justificam a ausência no exame são:
assalto ou furto;
acidente de trânsito;
casamento ou união estável;
morte na família;
maternidade ou paternidade;
acompanhamento de cônjuge ou companheiro deslocado para outra cidade no período da aplicação;
privação de liberdade;
emergência, internação ou repouso médico ou odontológico;
trabalho;
deslocamento a trabalho;
intercâmbio acadêmico e atividade curricular.
Como usar a nota do Enem?
Além de avaliar o desempenho dos estudantes que concluíram ou estão concluindo o ensino médio, a nota do Enem é utilizada como critério de seleção em universidades públicas e privadas, podendo ser a única forma de ingresso ou parte da pontuação para admissão em cursos superiores. Confira algumas formas de usar sua nota no exame:
O Sisu classifica os candidatos pela nota do Enem. O processo é totalmente gratuito e são várias opções de curso em universidades públicas de todas as regiões do Brasil.
Acontece duas vezes por ano, geralmente no começo dos semestres letivos, com uma edição no início do ano (entre janeiro e fevereiro) e outra no segundo semestre (entre junho e julho).
Para participar do Sisu é obrigatório ter participado do Enem mais recente com nota acima de zero na redação.
Apesar de as inscrições do Sisu estarem abertas para todos os participantes do Enem que não tiraram zero na redação, alguns cursos podem pedir notas mínimas para os candidatos. Nesse caso, o sistema do Sisu avisa, na hora da inscrição, qual a nota mínima necessária para participar e se o candidato atende o requisito.
A participação no Sisu é feita totalmente pela internet. Quando o candidato se inscreve, usando o número de inscrição e a senha do Enem, o sistema já recupera automaticamente todas as notas que ele obteve nas provas.
O sistema do Sisu compara as notas de todos os candidatos e, ao final do período de inscrições, classifica aqueles que tiveram as maiores notas do Enem. A seleção é por curso em determinada universidade, turno e modalidade de concorrência.
Ou seja, ao entrar no Sisu, você está concorrendo com pessoas que querem fazer o mesmo curso que você, na mesma cidade, universidade, período (matutino, vespertino, noturno) e modalidade de concorrência (alunos de escola pública, negros, pardos, indígenas etc.).
Caso dois candidatos tenham a mesma pontuação no Enem, o sistema do Sisu usa dá prioridade para quem teve a maior nota na Redação. Se as notas de redação também forem iguais, o que vale é a prova de Linguagens e assim por diante. Os critérios de desempate do Sisu são, nesta ordem:
1) Redação;
2) Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
3) Matemática e suas Tecnologias;
4) Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
5) Ciências Humanas e suas Tecnologias.
É importante ficar de olho nos prazos, pois o período de inscrições costuma ser breve. Em uma semana, aproximadamente, as inscrições abrem, encerram e sai o resultado do Sisu.
Bolsas de estudo integrais (100% do valor das mensalidades)
Bolsas de estudo parciais (50% do valor das mensalidades).
A classificação também é feita com base na nota do Enem, assim como no Sisu. Quanto maior a pontuação no Exame, maiores são as chances de ganhar.
Para se inscrever, é necessário ter participado de pelo menos uma das duas últimas edições do Enem antes do processo seletivo, com uma média mínima de 450 pontos nas cinco provas do exame. Além disso, é preciso não ter zerado na redação e não ter feito o Enem como treineiro.
Os candidatos pré-selecionados devem comprovar uma renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa para obter a bolsa integral, cobrindo o valor total da mensalidade. Já para a bolsa parcial, que cobre 50% da mensalidade, a renda mensal per capita deve ser de até 3 salários mínimos.
Para participar do Prounié preciso atender a pelo menos uma das seguintes condições:
tenha cursado:
o ensino médio integralmente em escola da rede pública;
o ensino médio integralmente em instituição privada, na condição de bolsista integral da respectiva instituição;
o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista integral da respectiva instituição;
o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista parcial da respectiva instituição ou sem a condição de bolsista; e
o ensino médio integralmente em instituição privada, na condição de bolsista parcial da respectiva instituição ou sem a condição de bolsista;
seja pessoa com deficiência, na forma prevista na legislação; e
seja professor da rede pública de ensino, exclusivamente para os cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica. Neste caso não é aplicado o limite de renda exigido aos demais candidatos
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), do Ministério da Educação (MEC), tem como propósito oferecer financiamento a estudantes matriculados em cursos superiores pagos, desde que esses cursos tenham uma avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e sejam oferecidos por instituições de ensino superior privadas participantes do programa. O FIES proporciona condições de juros zero para aqueles com maior necessidade financeira, e o montante do financiamento varia conforme a renda familiar do candidato.
Para requerer o financiamento, é necessário ter participado de alguma edição do Enem a partir de 2010, obtendo uma média mínima de 450 pontos, além de ter alcançado pontuação igual ou superior a 400 na redação. Outro critério obrigatório é a renda familiar mensal, a qual deve ser de até 3 salários mínimos por pessoa.
O FIES oferece três opções de financiamento: 50%, 75% ou 100% dos custos educacionais. A determinação do percentual de financiamento depende da avaliação da renda familiar mensal e do comprometimento dessa renda com a mensalidade da instituição de ensino.
Antes de iniciar sua inscrição, é crucial verificar se você atende aos requisitos do programa. O processo não é complexo, porém, demanda atenção especial aos prazos entre as etapas. Confira:
Etapa 1: A inscrição no FIES é gratuita e inicia no site oficial do programa na internet: sisfiesaluno.mec.gov.br. O candidato deve preencher todos os formulários requeridos e confirmar a inscrição.
Etapa 2: Após a inscrição, é imprescindível dirigir-se à instituição de ensino para contatar o departamento responsável pelo FIES, a Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA). Lá, será necessário validar alguns documentos e obter uma declaração de regularidade na matrícula. O prazo para esta etapa é de dez dias consecutivos, a contar do dia seguinte à inscrição.
Etapa 3: Após a confirmação dos documentos, o candidato ao FIES deve dirigir-se a uma agência de um dos bancos autorizados para o financiamento (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal). Devem ser apresentados a declaração da instituição de ensino e os documentos exigidos pelo banco (identificação, comprovante de residência, documentos do fiador) para assinar o contrato. O prazo para finalizar o processo no banco é de dez dias consecutivos, contados a partir de três dias úteis após a obtenção do documento de regularidade da CPSA.
Em caso de descumprimento de qualquer um desses prazos, o estudante pode tentar o FIES novamente, mas será necessário recomeçar o processo desde o início, refazendo a inscrição no site do programa.
Para manter o benefício ao longo da faculdade, o estudante deve comprovar sua matrícula no curso por meio do “Aditamento do FIES”, um procedimento que precisa ser realizado a cada semestre.
Como usar a nota do Enem para conseguir uma Bolsa de Estudos?
Além de recorrer a programas governamentais ou contatar diretamente a instituição de ensino desejada, é possível garantir descontos nas mensalidades universitárias por meio da plataforma Quero Bolsa. Uma característica única desse serviço é que a bolsa de estudospermanece vigente até a conclusão do curso, assegurando que o estudante preserve o benefício ao longo dos semestres.
A Quero Bolsa estabeleceu parcerias com mais de 1,2 mil universidades em todo o Brasil, disponibilizando cursos em diversas áreas do conhecimento com bolsas de estudo que podem alcançar até 80%.
É relevante ressaltar que os descontos se aplicam a todas as mensalidades até a conclusão do curso, e a participação pode ser efetuada por meio de um pagamento único ou mediante uma assinatura recorrente, dependendo da oferta escolhida.
Conheça algumas instituições parceiras da Quero Bolsa e veja os valores das mensalidades:
É possível ingressar na faculdade apenas com a nota do Enem, sem necessidade de se inscrever no Sisu ou no ProUni. Certas faculdades privadas consideram a nota do Exame como critério de seleção de novos alunos.
As exigências variam consideravelmente entre as instituições. Algumas requerem uma pontuação mínima nas provas objetivas e na Redação do Enem, enquanto outras apenas solicitam que o candidato não tenha zerado em nenhuma prova.
Como usar a nota do Enem como complemento da nota do Vestibular?
Em certas faculdades públicas, a nota do Enem pode ser usada como um complemento à pontuação do vestibular convencional, oferecendo uma vantagem adicional aos candidatos na disputa por vagas nessas instituições.
Se a nota do Enem for mais elevada, ela se soma à nota do vestibular, ampliando suas oportunidades. No entanto, se a pontuação não for tão alta, apenas a do vestibular é levada em consideração, garantindo que você não seja prejudicado.
É uma excelente chance para aqueles que obtiveram um bomdesempenho no Enem anterior e desejam utilizá-lo como parte do processo seletivo da instituição desejada.
Como usar a nota do Enem para estudar em Portugal?
O Enem permite que estudantes brasileiros concorram a vagas em instituições de ensino de Portugal através de convênios firmados com o Inep. Desde 2014, 51 instituições portuguesas adotam o Enem como critério de seleção.
Para participar, os candidatos não podem ser nacionais de um Estado-membro da União Europeia ou ter residido legalmente por mais de dois anos ininterruptos em Portugal.
É necessário comprovar a conclusão do Ensino Médio, e as inscrições são realizadas pela internet nos sites das universidades, geralmente em três prazos denominados de candidaturas.
A seleção é baseada no desempenho no Enem, com critérios específicos de notas mínimas e pesos variados para cada área de conhecimento e curso.
Os recursos de acessibilidade disponíveis no Enem são destinados a atender estudantes com diversas necessidades, como baixa visão, cegueira, déficit de atenção, deficiência física, deficiência intelectual, deficiência auditiva, discalculia, dislexia, surdez, surdocegueira, transtorno do espectro autista, visão monocular, gestantes e lactantes.
Alguns dos recursos incluem: prova em braile, tradutor intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), videoprova em Libras, prova com letra ampliada, prova com letra superampliada, uso de leitor de tela, guia-intérprete, auxílio para leitura, auxílio para transcrição, leitura labial, tempo adicional, sala de fácil acesso e mobiliário acessível.
No caso das lactantes, é permitido que a participante leve um acompanhante adulto nos dois dias de exame, responsável pela guarda da criança em sala reservada, não tendo acesso à sala de provas.
Quando posso pedir reaplicação do Enem?
O edital do Enem estabelece a possibilidade de reaplicação da prova em situações específicas, conforme o Inep.
Candidatos afetados por doenças infectocontagiosas, como tuberculose, coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenzae, doença meningocócica e outras meningites, varíola, varíola dos macacos (monkeypox), influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela e covid-19, têm direito à solicitação de reaplicação.
Problemas logísticos, como desastres naturais, falta de energia, falha em dispositivos eletrônicos ou erros na execução do procedimento de aplicação, também justificam a reaplicação.
Aqueles alocados a mais de 30 quilômetros do local de prova indicado na inscrição podem solicitar a reaplicação apresentando documentos comprobatórios.
Indisposição ou problemas de saúde durante a aplicação sem retorno para concluir as provas não garantem a solicitação de reaplicação.
O que fazer no dia da prova do Enem?
É fundamental planejar com antecedência como serão os dias do exame. Confira algumas dicas do que fazer:
Quais os horários das provas do Enem?
Os portões de todos os locais de provasão abertos ao meio-dia, horário de Brasília, e fechados pontualmente às 13h. A partir desse momento, não é permitida a entrada de nenhum candidato. O exame tem início às 13h30, com horários de encerramento distintos para cada dia de aplicação.
No primeiro dia, com 5 horas e meia de duração, o encerramento ocorre às 19h. Já no segundo dia, com 5 horas de duração, as provas se encerram às 18h30.
Caneta preta: Somente canetas pretas fabricadas com material transparente serão aceitas.
Cartão de Inscrição: Embora não seja obrigatório, facilita a localização da sala de aula. Você pode imprimi-lo na Página do Participante.
Lanche para consumo durante a prova: Não é obrigatório, mas é importante se alimentar para evitar desconfortos ou mal-estar durante o exame.
Documentos Aceitos no Enem
Confira a lista dos documentos aceitos para a realização do Enem:
Cédulas de identidade (RG) expedidas pelas Secretarias de Segurança Pública, pelas Forças Armadas, pela Polícia Militar ou pela Polícia Federal;
Identidade expedida pelo Ministério da Justiça para estrangeiros, inclusive aqueles reconhecidos como refugiados;
Identificação fornecida por ordens ou conselhos de classes que por lei tenham validade como documento de identidade;
Carteira de Trabalho e Previdência Social, emitida após 27 de janeiro de 1997;
Certificado de Dispensa de Incorporação;
Certificado de Reservista;
Passaporte;
Carteira Nacional de Habilitação com fotografia;
Identidade funcional em consonância com o Decreto nº 5.703, de 15 de fevereiro de 2006.
Os participantes do Enem podem utilizar documentos digitais para a identificação. É permitido o uso do e-Título, Carteira Nacional de Habilitação ou RG digitais, exclusivamente por meio dos aplicativos oficiais correspondentes. Capturas de tela não serão aceitas como comprovante de identificação.
O que não é permitido levar na prova do Enem?
Confira o que não deve ser levado ao exame, segundo o Edital do Enem:
Óculos escuros e artigos de chapelaria, como boné, chapéu, viseira, gorro ou similares;
Caneta de material não transparente, lápis, lapiseira, borrachas, réguas, corretivos;
Alarmes, chaves com alarme ou com qualquer outro componente eletrônico;
Fones de ouvido e/ou qualquer transmissor, gravador e/ou receptor de dados, imagens, vídeos e mensagens;
Quaisquer outros materiais estranhos à realização da prova.
Como se preparar para o Enem?
Sabendo todas essas informações sobre o Enem, está na hora de começar o planejamento dos estudos. Confira algumas dicas para se organizar e se preparar para o exame:
Informe-se o máximo possível
Busque todas as informações que puder sobre o Enem, leia o edital e converse com pessoas que participaram de edições anteriores do processo avaliativo. Além disso, fique antenado nas principais notícias do Brasil e do mundo.
Organize seu tempo e o conteúdo a ser estudado
Embora o Enem seja um exame abrangente que cobre todo o conteúdo do ensino médio, algumas disciplinas são mais frequentemente abordadas do que outras. Ao examinar os tópicos recorrentes nos últimos anos, consulte um guia com os principais temas dentro de cada área de conhecimento.
Não se limite apenas ao conteúdo
Estudar não é o bastante, é importante também praticar. Um ótimo exercício a ser praticado é produzir textos nos moldes do Enem. Quanto mais exercitar, mais fácil será articular suas ideias e opiniões para convencer o leitor.
Coloque em prática o que aprendeu
Seja no conteúdo objetivo do Enem ou na redação, treine o máximo que puder. Só é possível descobrir se aprendeu a matéria colocando em prática e testando seus conhecimentos.
O que é o Enem?
