5 fatos sobre a Astronomia Brasileira que você não sabia
Já pensou em se tonar um astrônomo? Ainda que a profissão não seja tão discutida no país, o Brasil tem procurado expandir a quantidade de cientistas e estudiosos interessados na área e em fazer história na astronomia nacional.
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Por sinal, a astronomia é a ciência que estuda os corpos celestes, como estrelas, planetas, luas, cometas, asteroides e galáxias, bem como os fenômenos que ocorrem no universo além da atmosfera terrestre.
Ela busca compreender a origem, evolução, estrutura e propriedades desses objetos celestes, bem como as leis físicas que regem o funcionamento do universo.
Por isso, nesse material vamos falar um pouco sobre a astronomia no cenário nacional, e trazer cinco curiosidades sobre o desempenho do Brasil dentro dos estudos sobre o cosmos.
Sobre a Astronomia Brasileira
A astronomia brasileira tem uma presença ativa e crescente na comunidade científica internacional. O Brasil possui várias instituições de pesquisa e universidades que conduzem estudos e pesquisas no campo da astronomia e astrofísica.
Além disso, o país é membro ativo de organizações internacionais relacionadas à astronomia, como a União Astronômica Internacional (IAU) e o Observatório Europeu do Sul (ESO).
No Brasil, destacam-se instituições como o Observatório Nacional (ON), localizado no Rio de Janeiro, que é uma das principais referências na área e possui observatórios astronômicos em diferentes partes do país.
O ON é responsável por pesquisas em diversas áreas, incluindo astrofísica estelar, astrofísica galáctica, astrofísica extragaláctica, entre outras.
Além disso, o Brasil possui diversos grupos de pesquisa em universidades espalhadas pelo país, como o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que desenvolvem estudos nas áreas de astrofísica, cosmologia, instrumentação astronômica e outros campos relacionados.
Hoje em dia, o país também tem participado ativamente de projetos internacionais na área da astronomia e é forte presença com cientistas e pesquisadores na ára.
Um exemplo notável é a participação brasileira no projeto do Grande Telescópio de Levantamento Sinóptico, um observatório que realizará um levantamento abrangente do céu e ajudará a responder a questões fundamentais sobre a natureza do universo. Ele deve começar a operar a partir de 2023.
Hoje, a astronomia brasileira busca promover a produção científica de qualidade e a colaboração internacional para contribuir com o avanço do conhecimento em astronomia e astrofísica.
O país tem buscado incentivar a educação científica, o desenvolvimento de instrumentação astronômica avançada e a participação em projetos de pesquisa de relevância global, consolidando cada vez mais sua posição na comunidade astronômica internacional.
Pensando nisso, também queremos que você conheça mais e expanda seu interesse sobre o papel do Brasil na comunidade astronômica, e separamos 5 fatos da astronomia no país. Confira:
1 – O Brasil teve seu primeiro astronauta em 2006
O primeiro astronauta brasileiro foi Marcos Pontes. Ele nasceu em 11 de março de 1963, em Bauru, São Paulo, Brasil. Marcos Pontes foi selecionado como candidato a astronauta pela Agência Espacial Brasileira (AEB) em 1998 e, após um longo processo de treinamento, foi ao espaço em março de 2006.
Marcos Pontes fez parte da Missão Centenário, uma parceria entre o Brasil e a Rússia. Ele voou a bordo da nave Soyuz TMA-8 e passou cerca de uma semana a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), onde realizou experimentos científicos e participou de atividades relacionadas à pesquisa espacial.
Com sua missão, Marcos Pontes se tornou o primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço, abrindo caminho para futuros projetos e contribuições do Brasil no campo da exploração espacial.
Atualmente, o astronauta segue carreia na política nacional, após ter sido Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e hoje é senador pelo governo de São Paulo.
2 – O maior telescópio em solo brasileiro fica em Minas Gerais
O telescópio Perkin-Elmer está localizado a 1.864 metros de altitude em Brasópolis – MG, no Pico dos Dias, e é o maior e principal telescópio do observatório. Ele possui um espelho primário de 1,6 metros e está em funcionamento desde 1981.
Apesar do Perkil-Elmer ser o maior dentro do território brasileiro, o telescópio Southern Astrophysical Research Telescope (SOAR), localizado nos Andes Chilenos, em Cerro Pachón, foi feito em uma colaboração entre o Brasil, os Estados Unidos, e o Chile.
Ele possui uma abertura de 4,2 metros, e foi projetado para produzir imagens de qualidade melhor que as de qualquer outro observatório do mundo em sua categoria. Esse telescópio é o principal meio observacional a que o Brasil tem acesso.
Conheça mais sobre ele:
3 – Até 2023, apenas dois brasileiros já viajaram ao espaço
Após Marcos Pontes, somente em 2022 outro brasileiro viajou ao espaço. O jovem Victor Correa Hespanha se tornou o segundo brasileiro a sair da órbita da Terra. O mineiro é engenheiro e foi sorteado para participar da missão NS-21, da Blue Origin, após investir na viagem comprando um NFT (um tipo de criptomoeda).
Foi no dia 4 de junho de 2022 que ele fez parte da tripulação do 5º voo da nave New Shepard. O “passeio” pelo espaço durou cerca de 10 minutos e ultrapassou a linha de Kárman, que no meio das ciências físicas e astronômicas, é considerado o início do espaço sideral.
4 – No Brasil, o Dia Mundial da Astronomia é comemorado no dia 8 de Abril
O Dia Mundial da Astronomia é comemorado no Brasil no dia 8 de maio. Exatamente, mesmo sendo o “Dia Mundial”, a data não é comemorada em todo mundo, até porque não é reconhecida oficialmente pela ONU – e por isso não é um dia internacional. Outros países como os Estados Unidos, por exemplo, comemoram a data no dia 10 de maio.
Ainda assim, mesmo sem um documento oficial, a data é comemorada anualmente é uma oportunidade para promover a conscientização e a apreciação pública dessa ciência fascinante.
São organizadas atividades educacionais, observações do céu, palestras, exposições e eventos interativos para envolver o público e compartilhar conhecimentos sobre o universo.
Outras datas também existem para comemorar a astronomia e marcos importantes da história envolvendo o Brasil e o espaço, como o Dia do Astronauta, dia 9 de janeiro, e o Dia do Astrônomo, dia 2 de dezembro.
5 – Um dos maiores incentivos ao estudo da Astronomia no Brasil, é a Olimpíada Brasileira de Astronomia
A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) é uma competição anual realizada no Brasil cujo objetivo é despertar o interesse dos estudantes pela astronomia e pela ciência espacial.
O evento é organizado pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e conta com o apoio de outras instituições científicas.
A OBA é aberta a estudantes de todas as escolas brasileiras, desde o ensino fundamental até o ensino médio.
A competição é dividida em quatro níveis, conforme a série dos participantes: nível 1 (1º ao 3º ano do ensino fundamental), nível 2 (4º ao 5º ano do ensino fundamental), nível 3 (6º ao 9º ano do ensino fundamental) e nível 4 (ensino médio).
A prova da OBA é composta por questões de múltipla escolha, que abrangem temas como astronomia, astronáutica, física e ciências em geral. As perguntas são elaboradas para testar o conhecimento dos estudantes sobre o universo, os corpos celestes, os fenômenos astronômicos e as teorias científicas relacionadas.
Além da competição em si, a OBA também promove atividades complementares, como palestras, workshops, observações astronômicas e exposições. Essas atividades buscam oferecer aos estudantes a oportunidade de aprender mais sobre astronomia e ciência espacial, além de estimular a curiosidade e o interesse pelo assunto.
A participação na OBA pode render prêmios aos estudantes, como medalhas, certificados e convites para participar de eventos científicos e cursos de astronomia.
Além disso, a competição também é um momento de integração entre os estudantes e professores, proporcionando uma experiência enriquecedora no campo da astronomia.
A OBA tem sido uma iniciativa importante para popularizar a astronomia e despertar o interesse dos jovens pela ciência espacial no Brasil. Ela contribui para a formação de novos talentos e estimula o aprendizado científico, promovendo o desenvolvimento da ciência e tecnologia no país.
Existe faculdade de Astronomia?
A resposta é: Sim! Mas essa resposta vai com uma curiosidade extra: no Brasil, apenas 3 instituições de ensino federais oferecem o curso de graduação bacharelado em Astronomia. São elas a Universidade Federal do Sergipe (UFS), a Universidade de São Paulo (USP), e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Segundo o site da Quero Bolsa, o curso de Astronomia tem duração média de quatro anos e conta com forte componente de atividades práticas em laboratórios e observatórios, e desenvolvimento de projetos acadêmicos.
Como os locais para se fazer o curso são poucos e com isso, a concorrência pode ser maior, uma alternativa para quem quer estudar sobre o espaço, é fazer o curso de Física e depois buscar uma especialização em Astronomia.
Além disso, ainda segundo a Quero Bolsa, há instituições de ensino que possuem departamentos de pesquisas e estudos astronômicos que são pertencentes à infraestrutura do curso superior em Física.
Se você deseja seguir na área de astronomia e acha que iniciar no estudo da física é uma possibilidade, separamos algumas faculdades que oferecem o curso e são reconhecidas pelo MEC. Você ainda pode garantir um bom desconto nas mensalidades e condições especiais para ingressar no ensino superior. Veja:
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