O que mudou no FIES?
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O FIES é um programa do Governo Federal que concede financiamento estudantil a juros baixos (6,5% ao ano) para ajudar a pagar a mensalidade de faculdades particulares.
Desde a sua criação, em 1999, cerca de 2 milhões de estudantes foram beneficiados com o financiamento do FIES. Em 2015, as regras do programa mudaram e ficou um pouco mais difícil de conseguir o benefício.
Confira o que mudou no FIES em 2015 e o que você deve fazer para conseguir o financiamento para pagar a mensalidade de sua faculdade privada!
O que mudou no FIES?
As principais mudanças introduzidas no FIES em 2015 foram:
- Taxa de Juros
- Renda máxima
- Exigência de pontuação mínima no Enem
- Limitação para novos contratos
- Período de inscrição
- Uso do FIES com o ProUni
Veja os detalhes de cada uma delas:
Taxa de juros
A taxa de juros do FIES passou de 3,4% para 6,5% ao ano. Apesar disso, o FIES continua a ter juros mais baixos do que aqueles cobrados por financiamentos privados. A taxa vale somente para os novos contratos.
Renda máxima
A partir do segundo semestre de 2015, os estudantes que quiserem pedir o FIES precisarão ter renda familiar bruta mensal de no máximo 2,5 salários mínimos por pessoa. A regra vale somente para os novos contratos.
Desempenho no Enem
Anteriormente, para pedir o FIES bastava que o estudante tivesse participado do Enem.
A partir de 2015, o FIES passou a exigir um desempenho mínimo no Exame Nacional do Ensino Médio: 450 pontos nas provas objetivas e nota maior do que zero na redação.
A regra vale para quem concluiu o ensino médio a partir de 2010. Quem se formou no ensino médio antes de 2010 e professores da rede pública que solicitem o FIES para cursos de licenciatura, normal superior e pedagogia não precisam ter participado do Exame.
A exigência do Enem passou a ser ainda mais importante no segundo semestre de 2015, quando o FIES começou a selecionar os candidatos a partir da nota no Exame, privilegiando aqueles que obtiveram maior pontuação.
Limite para novos contratos do FIES
Outra mudança de grande impacto para quem pede o FIES a partir de 2015 é a limitação de novos contratos.
O Ministério da Educação definiu que vai priorizar cursos de “qualidade”, concedendo mais financiamentos para cursos que foram bem avaliados. De acordo com este critério, cursos que receberam nota 5 na avaliação do MEC terão “atendimento pleno”, ou seja, todos os estudantes que pedirem o FIES para pagar cursos com nota máxima e se encaixarem nos critérios de renda e desempenho no Enem serão atendidos. Já os cursos com notas 4 e 3 terão um limite de vagas determinado por fatores como orçamento, distribuição regional e área do conhecimento.
Além disso, serão priorizados cursos das áreas de engenharias, saúde e formação de professores nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (exceto o Distrito Federal).
Período de inscrições no FIES
Até o final de 2014, era possível pedir o FIES em qualquer época do ano. Bastava entrar no portal do Programa, fazer a inscrição, validar documentos na faculdade e assinar o contrato no banco.
A partir de 2015, o MEC definiu um prazo para novas inscrições. A previsão é de que o sistema fique disponível por algumas semanas no primeiro e no segundo semestre e as datas serão definidas semestralmente pelo MEC.
Uso do FIES com o ProUni
O FIES já podia ser usado para complementar o pagamento da mensalidade de bolsistas parciais do ProUni. Em 2015, o MEC detalhou um pouco mais os critérios e o bolsista parcial do ProUni pode usar o FIES para complementar a mensalidade somente se o financiamento for pedido para o mesmo curso e faculdade onde o estudante tem a bolsa e a soma dos dois benefícios não ultrapasse o valor da mensalidade com desconto.
O que não mudou no FIES
Apesar de ter passado por algumas mudanças em 2015, boa parte das regras do FIES permanece igual. Veja as principais:
Fases
São três as fases do FIES:
- Utilização: Enquanto o estudante estiver fazendo o curso, somente precisa pagar parcelas trimestrais com um valor fixo, referente aos juros do FIES.
- Carência: Ao se formar, o estudante que conseguiu o FIES entra na fase de carência. Esse período é de 12 meses (um ano) e é necessário pagar apenas as parcelas trimestrais referentes aos juros. Durante esse tempo, o recém-formado pode se organizar financeiramente para quitar a dívida na fase seguinte.
- Amortização: Um ano depois de formado, o beneficiário do FIES começa a quitar a dívida. O prazo para pagamento é de três vezes a duração do curso financiado,. Ou seja, o estudante que financiou 3 anos de curso terá 9 anos para pagar a dívida do FIES.
Cursos financiados
O FIES pode ser solicitado para pagar a mensalidade de:
- cursos superiores (bacharelado, licenciatura e tecnólogo);
- presenciais;
- com avaliação positiva no MEC(pelo menos nota 3); e
- participantes do FIES.
Veja também:
- FIES
- Financiamento Estudantil
- Principais bolsas de estudo oferecidas pelo governo e por instituições
Você pretende pedir o FIES para pagar a faculdade? Conte para a gente aqui nos comentários!
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