A Hora de Decisão
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O final do ano está chegando e os vestibulares se aproximam. Aulas
extras, provas, simulados e plantões estão entre as atividades de
jovens que buscam entrar no Ensino Superior nas instituições desejadas.
Mas, apesar de universidades brasileiras já terem definido as datas das
provas, a insegurança sobre qual carreira seguir atinge jovens do país
todo.
Aquela
pergunta clássica: “O que você vai ser quando crescer?” ou “Qual
faculdade você pretende fazer?” se torna mais complexa e é apontada
como motivo de preocupação entre adolescentes, acentuado também pela
disputa por uma vaga.
Neste ano, o vestibular da Fuvest (Fundação Universitária para o
Vestibular), que dá acesso à Universidade de São Paulo (USP), por
exemplo, tem 128.144 candidatos. O exame será realizado no dia 22 de
novembro.
De acordo com a psicóloga e mestre em Educação Especial pela
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Raquel Martins Sartori, a
insegurança nesta fase da vida é comum. “Na adolescência, os jovens
começam a ter maior contato com a realidade de cada profissão, que
envolve suas dificuldades e prazeres. Dúvidas relacionadas aos seus
ganhos, ao tempo de faculdade, à concorrência no vestibular, podem
levá-los a um processo de ansiedade, por ser, muitas vezes, a primeira
decisão com implicações para a vida futura”.
Uma saída alternativa é a orientação vocacional. Teste, geralmente sob
forma de questionário que busca identificar habilidades pessoais
indicado para àqueles que ainda se questionam em relação ao futuro
profissional.
Para os especialistas em neurociência, o reconhecimento de habilidades
deve ser estimulado logo nos primeiros anos de vida. A psicóloga diz
acreditar que “quanto mais cedo o jovem for exposto a situações de
escolha, principalmente, em relação às pequenas decisões, maior será a
sua segurança no futuro”.
A participação da família é apontada como um fator positivo. A
orientação de pais nos processos de escolha e no alerta para os riscos
e benefícios de cada ação de seus filhos leva o individuo a optar por
alternativas que acarretam em uma maior segurança na adolescência e na
fase adulta.
Construção de Habilidades
Estratégias de incentivo a atividades racionais beneficiam a criação de
habilidades e comportamentos que refletem no indivíduo em diferentes
fases da vida. Do nascimento até os 10 anos, exercícios que estimulam a
formação vocálica da criança são indicados. O estudo de línguas entre 4
e 10 anos é quatro vezes mais proveitoso do que em idades mais
avançadas.
De 2 até os 10 anos, ocorre o desenvolvimento do raciocínio lógico
utilizado em disciplinas escolares como matemática e geometria. A
música é uma boa opção. Crianças na fase entre 5 e 10 anos exercitam a
percepção espacial, na qual é desenvolvido o sentido de direção e o
aprimoramento da coordenação motora e da percepção no espaço. A prática
de exercícios físicos está entre as melhores opções nesta faixa etária.
Do nascimento até a puberdade é o período ideal para adquirir o
controle emocional, capaz de influenciar na autoconfiança, no
enfrentamento de frustrações e na independência. Brincadeiras entre
pais e filhos é uma opção. (Colaborou Victor Grieger)
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