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Geografia

Bacia Amazônica

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A Bacia Amazônica abrange uma área de drenagem da ordem de 6.112 .000

Km²,

ocupando cerca de 42 % da superfície do território nacional.

A maior rede hidrográfica mundial é a da Bacia Amazônica, com área de

drenagem

da ordem de 6 x 106 km² prolongando-se dos Andes até o Oceano Atlântico.

Ocupa cerca de 42% da superfície brasileira, estendendo-se além da

fronteira

da Venezuela à Bolívia.

Seu principal curso de água é o rio Amazonas, que com extensão de

6.570 km,

nasce em território peruano, no riacho Lauricocha, originário da lagoa

do

Ninõ, nas geleiras da cordilheira de Santa Anna, cerca de 5.000m acima

do

nível do mar. O percurso inicial, da ordem de 45 Km, é realizado em

quedas,

no sentido norte, formando as lagoas Santa Anna, Cablocacha, Nieveurco,

Tinquincocha,

Yanacocha e Patarcocha. Após escoar no Lago Lauricocha, toma a

denominação

de Marañon, ainda no Andes, onde recebe pequenas contribuições, e após

atravessar o Pongo de Manseriché, segue aproximadamente a direção leste

até

a foz, no Atlântico.

Entra no Brasil na confluência com o rio Javari,

somente

a partir da confluência com o rio Javari, próximo a Tabatinga, sendo,

então,

chamado de Solimões e, somente a partir da confluência com o rio Negro,

passa

a ser denominado de Amazonas. Próximo a Manaus, bifurca-se com o Paraná

do

Careiro, estimando-se aí uma largura da ordem de 1.500m e profundidade

em

torno de 35 m. Entre a confluência do rio Negro e a região das ilhas,

próximo

a desembocadura, é conhecido por Baixo Amazonas.

Em virtude de sua posição geográfica, praticamente paralela ao

Equador, o

regime do Amazonas é influenciado pelos dois máximos de pluviosidade dos

equinócios,

sendo, por isso conhecido como regime fluvial de duas cheias.

A bacia Amazônica está sujeita ao regime de interferência, portanto

tem contribuintes

dos hemisférios Norte e Sul, coincidindo a cheia de um hemisfério com a

vazante

do outro.

Rios que formam a bacia Amazônica:

1. Rio Amazonas

2. Rio Solimões

3. Rio Negro

4. Rio Xingu

5. Rio Tapajós

6. Rio Jurema

7. Rio Madeira

8. Rio Purus

9. Rio Branco

10. Rio Juruá

11. Rio Trombetas

12. Rio Uatumã

13. Rio Mamoré

A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo, com uma

drenagem

de 5,8 milhões de km², sendo 3,9 milhões no Brasil. Suas nascentes estão

localizadas na Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia. No Brasil, abrange

os

Estados do Amazonas, Pará, Amapá, Acre, Roraima Rondônia e Mato Grosso.

Como

é atravessado pela linha do Equador, o rio Amazonas apresenta afluentes

nos

dois hemisférios do Planeta. Entre os principais afluentes da margem

esquerda

encontram-se o Japurá, o Negro e o Trombetas; na margem direita, o

Juruá,

o Purus, o Madeira, o Xingu e o Tapajós.

A bacia amazônica é fortemente influenciada pela pronunciada

sazonalidade

das chuvas. As chuvas começam entre novembro-dezembro na região ao sul

do

Equador e uns meses mais tarde ao norte do Equador e se estendem por 4 a

5

meses.

Com 6.500km de extensão, o rio Amazonas é responsável por 20% da água

doce

despejada anualmente nos oceanos. Embora seja de longe o maior rio do

mundo

em volume de água, geralmente não é considerado o mais longo. No

entanto,

considerando-se que, durante o período de cheia, ele se estende mar

adentro,

provavelmente é também o mais longo. O rio Amazonas é um rio de

planície,

possuindo baixa declividade. Sua largura média é de 4 a 5km, mas, em

alguns

trechos, alcança mais de 50km. Navios oceânicos de grande porte podem

navegar

até Manaus, capital do Estado do Amazonas, enquanto embarcações menores

com

até seis metros de calado, podem alcançar a cidade de Iquitos, no Peru,

distante

3.700km do oceano Atlântico.

Entre os afluentes do Amazonas encontram-se rios de águas barrentas

(ou brancas,

como as populações locais se referem a eles), de águas claras e de águas

pretas.

Os rios de águas barrentas, como o Madeira e o próprio Amazonas, têm

essa

cor por causa dos sedimentos, ricos em nutrientes, carreados rio abaixo

desde

as montanhas andinas. Por esse motivo são os rios que apresentam maior

produtividade.

Os rios de águas claras, como os rios Xingu, Tapajós e o Trombetas,

têm as

nascentes nos planaltos do Brasil e das Guianas. Os trechos médio e alto

desses

rios possuem muitas corredeiras e quedas d’água. Como drenam áreas

enormes

e muito erodidas, suas águas são relativamente transparentes e

alcalinas.

Nesses rios, as pescarias com iscas artificiais são bastante

interessantes,

porque é possível observar os peixes atacando as iscas.

A grande quantidade de areia depositada na planície amazônica deu

origem

aos rios de águas pretas, os rios mais característicos da Amazônia. Os

solos

arenosos da bacia são muito pobres em nutrientes, e os rios que nascem

sobre

eles estão entre os mais puros da Terra, quimicamente falando. Suas

características

químicas são muito semelhantes às da água destilada. O mais famoso deles

é

o principal tributário do Amazonas, o rio Negro, que é também o segundo

maior

rio do mundo em volume d’água. Por causa da cor, a água do rio Negro

poderia

passar por chá preto, mas é mais ácida que Coca Cola, sendo, porém, mais

saudável.

Uma das características dessa águas é a ausência de mosquitos, o que é

um

alívio para os pescadores.

O igapó, como a mata inundada sazonalmente é conhecida, é uma das

características

mais peculiares dos rios da Amazônia. Vastas extensões de florestas são

invadidas

anualmente pelas águas dos rios, ocupando uma área de pelo menos

100.000km2,

e talvez mais 50.000km2, se sua extensão ao longo de milhares de

pequenos

igarapés for considerada. Embora as matas inundadas correspondam a

apenas

2% do total da área de florestas da Amazônia, isso representa uma área

maior

que a da Inglaterra.

Apesar de ficar inundada até 10m de profundidade durante 5 a 7 meses

por

ano, a vegetação do igapó é sempre exuberante. Além das árvores, os

animais,

desde os diminutos invertebrados, até os peixes, anfíbios, répteis e

mamíferos

também desenvolveram incríveis adaptações para viverem nessas áreas

inundadas.

Como a maioria das árvores da várzea frutifica durante as inundações,

para

um grande número de espécies, principalmente os peixes, o igapó é um

pomar

natural. Diferente de qualquer outra parte do mundo, frutos e sementes

são

os principais alimentos de cerca de 200 espécies de peixes da Amazônia,

que

invadem os igapós todos os anos.

Os rios amazônicos, com suas praias, restingas, igarapés, matas

inundadas,

lagos de várzea e matupás (ilhas de vegetação aquática), assim como o

estuário,

são colonizados por uma enorme diversidade de plantas e animais. A bacia

amazônica

possui a maior diversidade de peixes do mundo, cerca de 2.500 a 3.000

espécies.

Entre as espécies de peixes esportivos da bacia amazônica

encontram-se, apapás,

aruanã, bicuda, cachorras, caparari e surubim, dourada, jaú, piraíba,

jatuarana

e matrinxã, jurupoca, piranhas, pirapitinga, pirarara, tambaqui, traíra e

trairão, pescadas, tucunarés e muitos outros. A pesca amadora, famosa

pela

quantidade e variedade de peixes, geralmente é praticada nos rios,

lagos,

igarapés, furos e nos igapós. Os rios mais conhecidos e com

infra-estrutura

para a pesca amadora são os rios Negro, Madeira e Uatumã.

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