Contextualizar é a palavra-chave na prova de geografia
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Hoje, o tema é geografia e os grandes acontecimentos que mudaram os
rumos da conjuntura política mundial. Para fazer essa viagem e abrir de
vez as portas das universidades, é preciso ter os olhos voltados para o
globo terrestre: “Os candidatos à aprovação no vestibular têm de ficar
atentos ao que se passa no mundo.
É necessário conhecer os conflitos
entre países e as atualidades sempre noticiadas pela mídia. Mas o
grande desafio não é apenas saber sobre os fatos, e sim ter a
capacidade de relacioná-los. Temos um programa de estudo imenso que
será cobrado em pouquíssimas questões, então há uma tendência de não
analisar os episódios de maneira isolada. O melhor caminho é
contextualizar”, garante o professor Silvânio Fortini, com quase 20
anos de experiência em salas de aula do 3º ano do nível médio.
No
vestibular mais concorrido de Minas, o da UFMG, os conhecimentos de
geografia serão cobrados, de todos os candidatos, em oito questões de
múltipla escolha na primeira etapa das provas. Já na segunda fase, o
tema será exigido dos alunos que disputam vaga em 16 dos 65 cursos
oferecidos pela instituição. “A comissão que elabora os testes fica
atenta a todos os fatos e essas atualidades devem ser um alerta para os
estudantes. A prova procura ser contextualizada, então tudo o que
ocorre no ano é importante e todas as notícias podem ser cobradas”,
afirma a coordenadora-geral da Comissão Permanente do Vestibular
(Copeve), Vera Lúcia Silva Resende.
Entre os fatos históricos,
o destaque são os 60 anos da criação do Estado de Israel. “A questão
palestina, sempre atual, é quase certa no vestibular, até porque ela
foi pouco explorada nas edições mais recentes da UFMG”, alerta Fortini.
E, quando o assunto são os episódios mais recentes, os mais fortes
candidatos à prova são a invasão da Geórgia pelas tropas russas, os
conflitos entre China e Tibete, a descoberta das reservas de petróleo
na camada pré-sal, o avanço de áreas agrícolas destinadas aos
biocombustíveis, o crescimento da economia chinesa, as eleições e as
tensões políticas na América Latina envolvendo os presidentes Hugo
Chávez, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia. “Acho pouco provável
que a atual crise financeira dos EUA seja cobrada, por exemplo. A prova
já está pronta e os alunos devem ficar mais antenados com o que foi
notícia no primeiro semestre deste ano”, acrescenta o professor.
Dedicação
Se
é impossível adivinhar o tema das questões da prova, alunos e
educadores são unânimes em afirmar que, para a aprovação no vestibular,
é preciso mais que intensa dedicação a livros, cadernos e apostilas. “É
fundamental ter uma ampla visão de mundo. Por isso, passamos várias
horas na biblioteca lendo jornais e revistas, fazemos pesquisa pela
internet e procuramos resumos que apresentem um contexto histórico dos
fatos. A prova tem muitas pegadinhas e acho que é necessário entender o
episódio como um todo”, conta o candidato a uma vaga de direito na UFMG
Leonardo Avendanha, de 18 anos, que sempre estuda com o colega Filipe
Castano, de 17.
As amigas Alice Colares, de 17, e Déborah de
Morais, de 18, que concorrerão em letras e comunicação social,
respectivamente, também criaram uma dinâmica de estudo para ir além do
conhecimento obtido em sala de aula. Desde o início do ano, elas
aproveitam os momentos de descanso e lazer para ir ao cinema e assistir
a documentários na televisão sobre os possíveis temas do vestibular.
“Quando começamos a estudar, percebemos que a matéria é mais difícil
que imaginávamos. Temos que entender a história dos fatos e as
implicações dele no presente e no futuro. Estudar com o globo ou o
mapa-múndi por perto também ajuda a fixar a localização dos países e
regiões e facilita o entendimento”, diz Déborah.
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