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Dicas

Entenda como enchentes e seca podem cair na prova

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As chuvas no Norte e no Nordeste e a seca no

Sul, fenômenos que deixaram centenas de municípios brasileiros em

estado de emergência, podem inspirar questões de vestibular.

Para professor Claudio Terezo, da Escola São

Paulo da Cruz, em Osasco, esses acontecimentos recentes podem aparecer

relacionados a questões sobre os diferentes tipos de clima no País ou

envolvendo assuntos históricos, por exemplo, sobre a seca no Nordeste.

“A seca no

Nordeste não existe somente na história recente. A região convive com

essas condições há muito tempo. Sua vegetação predominante, a caatinga,

está adaptada a baixa precipitação anual (menos de 500 mm) e a chuvas

irregulares. O sertanejo sabe que não se deve combater a seca e sim

conviver com ela”, afirma.

Segundo o geógrafo, alterações no clima local podem ocorrer em

determinados períodos e não existe uma previsão para controlar a ação

das intempéries. “O que pode e deveria ser feito é minimizar os efeitos

sofridos. No caso das fortes chuvas que castigam o Nordeste, uma medida

seria a não ocupação de áreas de várzea (chamado também de segundo

leito). Se tal ocupação não ocorresse, e normalmente ocorrem por

motivos envolvendo problemas sociais, o regime de chuvas acima do

normal causaria menos transtornos para a população. O que deve ficar

claro é que o rio não invade a cidade e sim a cidade invade o rio”,

analisa.

Sobre a seca na região Sul, Terezo aponta como um dos principais

fatores o mau uso da terra, sendo agravado por ações antrópicas (ação

do homem) com grandes extensões de terra sendo utilizados pela

agricultura intensiva e criação de animais. “Existe no Rio Grande do

Sul um grande e grave problema com a desertificação de enormes áreas e,

neste caso, o processo de degradação é praticamente irreversível. É

importante lembrar que este fenômeno não atinge o Sul por igual. Se

hoje essa região enfrenta problemas com seca, há pouco tempo Santa

Catarina enfrentou graves problemas com chuvas”, ressalta.

As questões envolvendo aspectos climáticos do Brasil podem ser

apresentadas em forma de mapas ou gráficos, para análise do aluno. É

fundamental saber os tipos de clima do país: “Na Região Norte e parte

da Centro-Oeste, aparecem os climas equatorial úmido e equatorial

subúmido. O restante da Região Centro-Oeste, o Nordeste e o Sudeste

constituem o domínio do clima tropical, que apresentam variações

conforme a atuação dos diversos sistema atmosféricos e dos fatores

geográficos. O trópico de capricórnio, linha imaginaria que marca o

limite meridional da declinação anual do sol, sinaliza o inicio da área

de clima subtropical. Atinge principalmente os Estados da Região Sul”,

ensina o professor.

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