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Dicas

FUVEST – PERFIL DOS APROVADOS

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O vestibular traz mais dados do que as simples notas dos candidatos nas provas. Alguns deles são surpreendentes e revelam aspectos interessantes. Nessa matéria temos uma análise do professor Carlos Eduardo Bindi a partir dos dados fornecidos pela Fuvest sobre o exame de 2001.

Até onde podemos ir

As respostas dadas ao questionário sócio-econômico da ficha da inscrição da Fuvest permitem avaliações interessantes.

Podemos verificar a correlação entre certos fatores e a maior ou menor aprovação dos candidatos. Para esse fim podemos comparar o percentual dos candidatos aprovados que deram uma dada resposta, com o percentual dos não aprovados com a mesma resposta (veja no final as precauções necessárias) .

A seguir vamos à situação real, selecionando alguns dados sobre o questionário sócioeconômico-cultural da Fuvest 2001.

Obs: a Fuvest divulga números de respostas dos inscritos ( I ) e matriculados ( M ); Obtivemos os dados dos não-aprovados fazendo  I – M; os dados sobre todas as questões estão disponíveis em (questionário de avaliação sócio-econômica)

Persistência dá bons resultados

Vejamos a terceira questão: “Você já prestou outros vestibulares na FUVEST? (Como treineiro não conta)”.

Mais da metade dos aprovados, 53%, responderam que já haviam prestado exame anteriormente (e para valer) na Fuvest.

Por outro lado, entre os não aprovados poucos tinham experiência anterior – a maior  parte dos reprovados, 70%, estava fazendo o seu primeiro exame.

O que pode indicar isto?

A explicação mais razoável é que os candidatos voltam a tentar os exames depois de aprimorar seus conhecimentos. Os veteranos estão mais bem preparados – eles estudaram mais. Isto pode parecer óbvio, mas desmente aqueles que acham que o estudo tem pouco a ver com o sucesso nos exames.

O Relatório da Fuvest mostra, ainda nessa questão, que 22% dos aprovados estão prestando, para valer, exame pela terceira vez ou mais, enquanto eles são apenas 11% dos inscritos. A perseverança é bem recompensada. Os muitos insistentes são cerca de 1/10 dos inscritos, mas acabam ocupando quase 1/5 das vagas existentes!

E mais um dado sobre essa questão: este tipo de resultado tem sido observado em todos os anos anteriores da Fuvest. 

Vestibular e seleção econômica

Qual o papel desempenhado pela posição econômica dos candidatos? Será que na universidade pública só há espaço para quem tem situação econômica privilegiada?

Os indicadores econômicos pelo Relatório da Fuvest mostram influência, mas inferior ao que usualmente se supõe.

Por exemplo, vejamos a pergunta: “Quantos carros há em sua casa?”.

Se o vestibular excluísse de forma acentuada, a situação econômica de quem passou e não passou daria números muito diferentes. Talvez entre a maioria que não passou estivesse uma maioria sem condução própria alguma.

Entre os aprovados, 89% responderam ter um ou mais carros. O esperado. Mas, o percentual dessa resposta entre os reprovados, não foi tão diferente: 81%. Há diferenças mas não exclusão.

Considerando quem respondeu ter 3 ou mais carros (obviamente um indicador mais forte de situação econômica melhor), foram 15% dos aprovados. Mas, o índice não foi tão diferente entre os não aprovados: 11% deram essa resposta.

A grande seleção econômica não se dá no vestibular. Ela ocorre quando os estudantes de famílias pobres não conseguem atingir o segundo grau ou quando, sem perspectivas, não buscam continuar os estudos (isto é, nem sequer chegam a prestar exames vestibulares).

Instrução paterna influi

Entre as respostas, uma dos resultados mais reveladores diz respeito à escolaridade na família.

Na questão ” Qual o grau de instrução mais alto que seu pai obteve? “, a maioria dos aprovados vêm de família em que o pai tem formação superior. 60% dos aprovados têm pai com curso superior completo. Entre os não aprovados acontece o inverso: a maioria, 59%, tem pai sem instrução superior.

Isso mostra que o ambiente cultural familiar pesa bastante. Famílias com pais mais escolarizados têm um vocabulário mais rico e, de um modo ou de outro, dão suporte a uma formação escolar mais sólida.

Só para não se perder de vista que estamos tratando com fatores relativos e estatísticos, e que o ambiente cultural influi mas também não exclui, lembramos que a Fuvest mostra que 15% dos aprovados têm pai com formação limitada ao primeiro grau.

Escolha sem a família

A escolha da carreira não foi incluída no questionário da Fuvest. Em anos anteriores houve a seguinte pergunta “Qual o motivo principal de sua escolha de carreira?”. No último exame em que foi feita a pergunta (96) tivemos resultados interessantes. Nesse vestibular a maior parte dos inscritos (47%) colocou que escolheu a carreira devido às “possibilidades de realização pessoal”. Entre os aprovados o percentual cresceu um pouquinho (48%).

A curiosidade fica para o fator familiar na escolha da carreira, que obteve apenas 0,5% das respostas entre os inscritos e menos ainda, 0,2%, entre os aprovados (fica mais interessante com o número absoluto – dos 5633 aprovados que responderam à pergunta, só 13 disseram que escolheram a carreira por razões familiares). Essa resposta marca claramente a atitude dos estudantes procurando uma afirmação de suas próprias idéias.

De 31% para 71%. O incrível aumento dos micros

Uma outra evidência do papel cultural do ambiente familiar está na presença do micro na cada dos candidatos da Fuvest.

Na pergunta: “Quantos microcomputadores há em sua casa?” temos observado uma enorme mudança de um exame para outro .

71% de todos os candidatos responderam que têm microcomputador em casa (nos vestibulares de 1999 eram 65%, em 1997, 50% e em 94 o número apenas 31%!). Entre os aprovados, deste ano,  o número de “com micro” é de 84%!

Os dados mostram que as famílias estão dando cada vez mais importância a ter um computador em casa. Mostram também que quanto mais importância dão ao estudo mais provável que tenham colocado um micro em casa (os aprovados têm o micro em maior percentual)

Internet explode- 105 mil internautas na Fuvest

Desde 98 a Fuvest pergunta sobre o uso da Internet entre os candidatos.

Em 98,  31% dos inscritos (e 42% dos matriculados) navegavam pela Internet. Em 2001 temos 105 mil candidatos internautas. Isto é,  71% dos inscritos navegam pela Internet. Estes números impressionantes mostram como uma das mais profundas revoluções tecnológicas está atingindo intensamente os estudantes

Comentário final

Procuramos relativizar nossas conclusões, inclusive deixando claro que fizemos hipóteses a partir dos dados. Infelizmente é um hábito mundial o de tirar “verdades” de números estatísticos. Mesmo quando os dados são confiáveis, as correlações podem se dever a fatores diferentes dos aparentes.

Precauções Necessárias:

Imagine que uma pergunta do questionário fosse a seguinte: “Quantos jornais você lê por dia?” (pergunta apenas hipotética, pois não está no questionário). Suponhamos que 20% dos candidatos aprovados dissessem que lêem dois jornais.

Se também 20% dos não aprovados tivessem respondido que lêem dois jornais, pouco se poderia concluir desses dados – provavelmente ler jornal teria pouca relação (direta ou não) com o desempenho no vestibular.

Mas, se dentre os aprovados 50% lessem dois jornais e dentro os não aprovados 20% fizessem o mesmo, essa informação daria uma pista. O fato de ler 2 jornais teria alguma ligação com um bom resultado nos exames. Veja bem, haver alguma ligação entre leitura do jornal e aprovação não significa que lendo 2 jornais por dia você fica com mais chances.

Eis uma boa suposição para a correlação: se as pessoas lêem 2 jornais por dia é porque lêem mais em geral e também estudam mais – e é nesse estudo maior que poderíamos supor mais corretamente estar a principal causa do maior sucesso dessas pessoas.

Esse caso hipotético serve para ilustrar a cautela que devemos ter ao avaliar as respostas computadas pela Fuvest

FONTE: CURSO ETAPA

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