Sobre a importância da água: veja os benefícios do recurso
A água é um recurso natural de valor inestimável. Mais que um insumo indispensável à produção e um recurso estratégico para o desenvolvimento econômico, ela é vital para a manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e químicos, que mantêm em equilíbrio os ecossistemas.
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É, ainda, uma referência cultural e um bem social indispensável à adequada qualidade de vida da população. Confira nesse texto, o que é a água em sua definição, sua importância, a situação da crise hídrica e
O que é a água?
A água é uma substância essencial para a vida na Terra. Ela é composta por dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio, formando a molécula de H2O. A água possui características únicas que a tornam indispensável para os organismos vivos.
Ela é um solvente universal, capaz de dissolver uma ampla variedade de substâncias, facilitando reações químicas e o transporte de nutrientes no corpo dos seres vivos. Além disso, a água possui alta capacidade térmica, o que significa que ela é capaz de absorver e liberar calor lentamente, ajudando a regular a temperatura do planeta e dos organismos.
A água também desempenha um papel fundamental no ciclo hidrológico, sendo evaporada dos oceanos e corpos d’água, formando nuvens e retornando à superfície na forma de chuva, garantindo o abastecimento de água doce.
No entanto, apesar de sua importância, a disponibilidade de água potável é um recurso limitado e precisa ser cuidadosamente preservada e gerenciada para garantir a sustentabilidade ambiental e o bem-estar da humanidade.
A situação atual da crise hídrica
A conservação da quantidade e da qualidade da água depende das condições naturais e antrópicas das bacias hidrográficas, onde ela se origina, circula, percola ou fica estocada, fora de lagos naturais ou reservatórios artificiais.
Isso porque, ao mesmo tempo em que os rios, riachos e córregos alimentam uma determinada represa, por exemplo, eles também podem trazer toda a sorte de detritos e materiais poluentes que tenham sido despejados diretamente neles ou no solo por onde passaram.
Recentemente muito se tem falado a respeito da “crise da água”, e especula-se sobre a possibilidade da escassez deste recurso vital se tornar motivo de guerras entre países.
É preciso haver consciência de que, exceto no caso de regiões do planeta em que há uma limitação natural da quantidade de água doce disponível, na maioria dos países o problema não é a quantidade, mas sim a qualidade desse recurso, cada vez pior devido ao seu mau uso e gestão inadequada.
Segundo o pesquisador Aldo Rebouças, professor titular do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, USP, uma análise comparativa entre a disponibilidade hídrica e a demanda da população no Brasil mostra que o nível de utilização da água disponível em 1991 era de apenas 0,71%.
Mesmo para os estados mais populosos e desenvolvidos, como São Paulo e Rio de Janeiro, este índice também era muito confortável, estando por volta de 10%.
Ou seja, a questão que se coloca diante de nós, não é a disponibilidade ou falta de água, mas sim as formas de sua utilização que estão levando a uma acelerada perda de qualidade, em especial nas regiões intensamente urbanizadas ou industrializadas.
O pesquisador afirma que “o que mais falta no Brasil não é água, mas determinado padrão cultural que agregue ética e melhore a eficiência de desempenho político dos governos, da sociedade organizada lato sensu, das ações públicas e privadas, promotoras do desenvolvimento econômico, em geral, e da sua água doce, em particular”.
A região metropolitana de São Paulo é um caso exemplar de má gestão dos recursos hídricos. Água há. Basta verificar, em qualquer mapa da cidade, os rios de bom tamanho como o Tietê e Pinheiros e mais de uma centena de rios menores e córregos correndo por toda a região.
Há, ainda, várias represas de grande porte como a Guarapiranga e a Billings e vastas áreas de mananciais que praticamente envolvem toda a metrópole. É, sem dúvida, uma região naturalmente bem servida de água.
Mas a falta de planejamento e de responsabilidade tem provocado a contaminação dos rios, córregos e represas e a ocupação desordenada das regiões de mananciais.
Um estudo desenvolvido pelo Instituto Socioambiental, em parceria com diversas outras organizações não governamentais, mostrou que entre os anos de 1989 e 1996 a bacia do Guarapiranga perdeu 15% de sua cobertura vegetal, enquanto o crescimento urbano foi da ordem de 50%.
Pior: mais de 60% da ocupação urbana registrada ocorreu em áreas que possuem sérias ou severas restrições ambientais. São encostas íngremes, regiões de aluvião ou várzea. Apenas 8,9% da mancha urbana se deu em áreas favoráveis. Os movimentos de terra, tais como abertura de estradas e terraplanagem, figuram no topo das ocorrências irregulares, respondendo por 21% dos 1 497 registros.
Para superar essa situação, é necessário substituir o modelo tecnocrata e utilitarista que imperou até hoje na gestão dos recursos hídricos no Brasil.
Um modelo que ignora que a água de boa qualidade é um recurso finito e que prioriza certos usos, como geração de energia, saneamento e transporte, em detrimento de outros como abastecimento.
Como preservar a água?
Preservar a água é fundamental para garantir sua disponibilidade futura e contribuir para a sustentabilidade ambiental. Aqui estão algumas medidas que podem ser adotadas para preservar a água:
- Reduza o consumo: Tome medidas para reduzir o consumo de água em casa e no trabalho. Feche a torneira enquanto escova os dentes ou lava a louça, conserte vazamentos e instale dispositivos de economia de água, como chuveiros e torneiras de baixo fluxo.
- Reutilize a água: Considere reutilizar a água em diversas atividades. Por exemplo, você pode coletar água da chuva para regar as plantas, reutilizar a água usada na lavagem de roupas para limpar pisos ou descargas sanitárias, e usar água da cozinha para irrigar o jardim.
- Use equipamentos eficientes: Opte por eletrodomésticos e equipamentos que tenham alta eficiência no uso da água. Procure por produtos com classificação energética e rótulos de eficiência hídrica que indiquem o consumo reduzido de água.
- Adote práticas de jardinagem sustentável: Ao cuidar do jardim, utilize técnicas que reduzam o consumo de água, como o uso de plantas nativas e adaptadas ao clima local, a aplicação de cobertura morta para reter a umidade do solo e o ajuste adequado dos sistemas de irrigação.
- Esteja atento ao desperdício: Evite o desperdício de água em todas as atividades diárias. Não deixe a água correr desnecessariamente, feche bem as torneiras, utilize máquinas de lavar e lava-louças com capacidade total, e evite irrigar plantas em momentos de alta evaporação, como nos horários
mais quentes do dia. - Eduque-se e conscientize os outros: Informe-se sobre a importância da preservação da água e compartilhe esse conhecimento com outras pessoas. Incentive familiares, amigos e colegas a adotarem práticas sustentáveis de uso da água.
- Apoie projetos de conservação da água: Contribua para organizações e projetos que trabalhem na conservação e proteção dos recursos hídricos. Essas iniciativas visam preservar os ecossistemas aquáticos e promover o acesso sustentável à água potável.
Lembrando que a preservação da água é uma responsabilidade coletiva e cada pequena ação faz a diferença. Ao adotar essas medidas no seu dia a dia, você estará contribuindo para a sustentabilidade hídrica e para um futuro melhor para todos.
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