O conteúdo cobrado nos vestibulares e no Enem é bastante extenso. São tantas matérias e assuntos, que às vezes parece ser impossível organizar tanta coisa até a data das provas? Muita gente se sente assim! Mas existe uma forma para lidar com tantos textos e atividades: aderir aos métodos de estudos!
A seguir, vamos explicar o que são os métodos de estudos, mostrar o porquê eles são úteis e quais são os mais utilizados em todo o mundo. Além disso, você vai conferir também algumas formas de relaxar a mente e corpo para melhorar o seu desempenho.
O que são métodos de estudo?
De acordo com a definição do dicionário Oxford Languages, um método é “procedimento, técnica ou meio de fazer alguma coisa (…) de acordo com um plano.”, ou ainda o “processo organizado, lógico e sistemático de pesquisa, instrução, investigação, apresentação etc”.
Ou seja, os métodos de estudos são formas organizadas de estudar guiadas por uma ou mais técnicas específicas, que podem envolver diferentes formas de aprendizados, sentidos (como audição, visão), meios, ações, gestão do tempo, entre outros.
Ao ler qualquer reportagem sobre pessoas que foram aprovadas em primeiro lugar nos vestibulares ou em concursos públicos você vai sempre encontrar a famosa pergunta: “qual foi o seu segredo?”. Mas a resposta para essa pergunta não é tão secreta assim.
Assim como nove em cada dez dentistas recomendam aquela pasta de dente do comercial, nove em cada dez aprovados também irão recomendar que você faça como eles e aplique um dos métodos de estudos que funcione na sua forma de aprendizagem.
As pessoas são diferentes na forma de aprender. Na escola, enquanto alguns gostam mais de um professor que aplica uma técnica de lecionar, outros alunos podem achar a aula enfadonha e preferir um outro docente. Cada cérebro humano pode reagir aos estímulos de forma diferente, por isso, é importante se conhecer bem na hora de escolher um dos métodos de estudos.
Mas, atenção! Isso não é razão para negar de cara um método de estudos. Dê uma chance ao formato de estudo que você não está acostumado e não desista de primeira. Se não funcionar, existem vários outros possíveis.
Os 10 métodos de estudo mais eficientes
Conheça a seguir dez métodos de estudos diferentes para aprendizagem que podem ser a chave do sucesso para uma apresentação de trabalho, prova, vestibulares ou concursos.
Mapa mental
O psicólogo inglês Tony Buzan idealizou o mapa mental como um sistema de aprendizagem útil para memorizar e conectar tópicos dentro de um assunto, feitos de forma ilustrada que torna mais fácil compreender as múltiplas camadas e grupos temáticos que acompanham um tema.
Você pode fazer um mapa mental em sites dedicados a esse método de aprendizado ou simplesmente com um papel e caneta em mãos.
Resumos
Este é um dos métodos de estudos mais comuns na hora de estudar. Ele consiste na habilidade de pegar um conteúdo grande e fazer uma breve condensação, que ajudará você a acessar os destaques mais importantes.
Muitos especialistas alertam sobre o problema da “automatização” na hora de fazer resumos e estudá-los. Um resumo feito sem atenção nada mais é que uma colcha de retalhos. Se você é fã desta técnica, precisará realizá-la corretamente para obter sucesso.
Repetição espaçada
A repetição espaçada lida com a curva do esquecimento, evitando que os conteúdos aprendidos caiam nesse processo que elimina memórias que não são utilizadas com frequência.
O tempo necessário de revisão dos conteúdos dependerá da sua organização e complexidade do tema. O importante é revisitar o conteúdo antes que haja a oportunidade de esquecê-lo.
Intercalação de matérias
O estudo intercalado ajuda quem tem a tendência a ficar muito tempo em apenas uma disciplina, por exemplo. Você vai precisar organizar formas de intercalar diferentes matérias na sua rotina de estudos, indo e voltando entre eles no mesmo período.
Com a interdisciplinaridade cobrada no Enem, fica ainda mais fácil aplicar esta técnica, sendo possível conectar matérias diferentes, mas que conversam entre si.
Técnica Pomodoro
A técnica Pomodoro é um dos mais famosos métodos de estudos, e que propõe a utilização de períodos de concentração e de breves intervalos. Esta é uma das técnicas mais amadas pelos procrastinadores. Você vai precisar de um cronômetro/alarme para contabilizar o tempo.
Funciona assim: faça uma lista de atividades de estudo ou tarefas. Ajuste o relógio para tocar daqui vinte e cinco minutos. Concentre-se nas atividades, mas caso haja alguma interrupção do seu período de foco, faça uma marcação. Ao final do tempo, faça uma pausa de cinco minutos para realizar outras atividades (que não exijam esforço). Comece a estudar novamente.
Com as marcações de distração e contagem de tempo, em pouco tempo você vai descobrir coisas que atrapalham seus estudos e quanto tempo você precisa para fazer alguma tarefa.
Mnemônica
A mnemônica são formas alternativas de memorizar temas a partir de caminhos mais acessíveis no nosso cérebro. Por exemplo, uma formulação de uma frase engraçada para decorar a ordem dos planetas ou fórmulas matemáticas.
Lista de Exercícios
Ir para a prática é uma das melhores formas de aprender! Buscar listas de exercícios pode ajudar a verificar se você realmente está entendendo um conteúdo e consegue resolver as questões envolvendo o tema.
Simulado
Os simulados são formas de testar os modelos de provas aplicados, para ajudar a diminuir o nervosismo e acostumar o corpo e a mente para suportar este período de aplicação dos exames. No simulado, você tem a chance de aprender com seus erros sem se prejudicar.
O pensamento difuso
Uma outra forma válida para estudar é saber alternar entre o pensamento focado e o pensamento difuso. O pensamento difuso contempla atividades que exigem uma maior abstração, como, por exemplo, caminhar para pensar sobre um tema. Será que funciona para você?
Método Robinson (EPL2R)
O método produzido por Francis Pleasante Robinson consiste em cinco etapas como método de aprendizado: explorar, perguntar, ler, rememorar e repassar. Aprenda mais sobre ela no vídeo a seguir:
A auto explicação e a auto interrogação
Que tal dar uma aula para si mesmo e, além disso, fazer perguntas para si mesmo? Basicamente, é nisso que este método de estudos se propõe. Você sai da sua zona de conforto e precisa se avaliar. Será que você consegue responder suas próprias questões sobre o tema? Consegue resumir de forma clara um assunto que estudou?
Releitura
A releitura é uma técnica que necessita tempo, visto que pode ser exaustivo revisitar um conteúdo na íntegra, do zero, novamente. Mas se você esqueceu completamente sobre o que um assunto trata, talvez a releitura seja o primeiro caminho necessário na hora de estudar. O ideal é não precisar da releitura com frequência.
Uma antiga citação oriunda de um poema em latim diz “Mens sana in corpore sano”, ou como dizemos em português “mente sã, corpo são”. Essa frase nos lembra da importância de manter tanto a mente quanto o nosso corpo saudáveis, pois não adianta abandonar um deles para investir em um só.
Se você quer se dar bem nos estudos, precisará ir além dos métodos de estudos e organizar vários aspectos da sua vida, em busca do equilíbrio. Aqui vão algumas dicas preciosas para alcançar este nobre objetivo!
Aposte em um local calmo e silencioso
A concentração dificilmente combina com muita agitação. Escolha um local de estudos onde você possa manter sua audição e visão conectadas aos seus estudos.
Se a sua casa possui mais de um cômodo, prefira escolhê-lo como local de estudos no lugar da sala de estar ou na mesa de jantar, por exemplo, onde as pessoas provavelmente vão circular, conversar, ver televisão, preparar alimentos, etc.
Elimine distrações
Além das distrações citadas acima, temos um famoso aparelhinho que costuma ser o principal dos empecilhos para quem quer focar nos estudos: o celular. Desative o Wifi do seu celular ou coloque no modo silencioso absoluto, com a tela virada para baixo. Assim, as notificações das redes sociais não vão pipocar na tela a todo momento e tirar a sua atenção.
Esse é um exercício que pode ser um pouco complicado no começo, afinal, muitos demonstram sintomas da síndrome de FOMO, o medo de estar perdendo algo. A desconexão voluntária do mundo online é importante para aprendermos a nos conectar com o mundo real e com as necessidades que vão além dos bytes.
Tenha uma boa rotina de sono
Dormir bem, de forma regular, é uma indicação que muita gente não leva a sério, mas que é extremamente relevante para melhorar o cotidiano de atividades. Nosso cérebro e o corpo em geral precisam deste momento para si. Dormir mal pode levar à exaustão, confusões mentais, dificuldade em memorizar, entre outros problemas de saúde muito sérios.
Crie bons hábitos alimentares
Comer bem e de forma balanceada ajuda o corpo a suprir as necessidades de nutrientes que fazem ele trabalhar melhor. Diversifique sua alimentação, faça as refeições na hora indicada e evite exageros (de todos os tipos!). Se estiver com dificuldades para conseguir alcançar este objetivo, procure um nutricionista.
Pratique exercícios físicos
Você não precisa ser um atleta de alto rendimento, mas precisa se movimentar. Os exercícios físicos auxiliam na saúde e, acredite, ajudam também quem precisa estudar! Você precisa de um momentinho fora dos livros e o seu cérebro vai agradecer este momento de atividades físicas.
Escolha uma atividade física que se adeque aos seus gostos. Pode ser na rua, com uma caminhada, podem ser esportes coletivos ou individuais, academia ou até videoaulas na internet. O importante é não ficar parado.
Agora que você já conhece os métodos de estudos e dicas preciosas para arrasar nas provas, que tal pensar um pouco na faculdade em que pretende estudar? As opções de cursos, modalidades e locais são tão amplas quanto o conteúdo que você precisa organizar.
Durante o processo de escolha da instituição de ensino, certifique-se de que as suas opções são reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC), pois isso garante a validade do diploma após a conclusão do curso.
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