O CERÉBRO E O SISTEMA NERVOSO – Parte 1
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A aprendizagem e a memória
Aprender significa realizar uma mini mudança na estrutura do cérebro. Os sinais encontram o seu caminho através da rede de neurônios no cérebro, e sinais repetidos tendem a tomar sempre o mesmo caminho, passando de um neurônio para outro através das sinapses.
Se vamos começar uma nova atividade, como aprender a tocar violão, os sinais devem ser transmitidos através de caminhos já existentes a fim de dar instruções apropriadas para que os dedos pressionem as cordas de uma determinada maneira. Como no início temos poucos caminhos para escolher, os movimentos dos nossos dedos são bastante desajeitados.
Com mais exercícios a mesma mensagem é passada mais e mais freqüentemente, e então os caminhos começam a mudar. Mais sinapses se desenvolvem para levar as instruções para os músculos dos dedos. Quando esses novos caminhos evoluem, nós achamos mais fácil mover os dedos exatamente como se deseja, e, finalmente, podemos tocar bem, sem mesmo olhar o que estamos fazendo. Uma seção inteira do cérebro é “religada” para agir como um computador que toca mi
O cérebro de um bebê tem menos conexões entre seus neurônios do que o de um adulto. Essas conexões aumentam muito rapidamente à medida que o bebê aprende sobre o mundo ao seu redor. Por isso é muito importante falar com os bebês e dar-lhes grande quantidade de brinquedos para captar seu interesse enquanto seu cérebro se desenvolve mais completamente.
A aprendizagem e a memória são semelhantes e ambas, provavelmente, dependem de alterações no cérebro. A memória ainda não é bem compreendida, mas também ela pode depender de mudanças nos caminhos que os sinais produzidos pelos neurônios realizam no cérebro.
Alguns cientistas acreditam que substâncias químicas especiais possam estar envolvidas no armazenamento de informações na memória. A memória não está localizada em nenhuma parte especial do cérebro, mas fica armazenada em grandes partes de sua superfície. Há vários tipos diferentes de memória. Uma é muito curta e consiste em uma rápida análise de todo o material recebido dos órgãos sensoriais.
Quase tudo é rapidamente esquecido. As vezes surge alguma coisa que nos interessa e então pensamos nela por um instante. Isso também desaparecerá em poucos segundos, a menos que nós a repitamos várias vezes para nós mesmos ou a decoremos. Isso parece fazer a informação “grudar” na mente. E o que temos que fazer para decorar um número de telefone. Depois de repetirmos o número várias vezes ou o usarmos com freqüência, ele se tornará permanente em nossa memória.
Quando alguma coisa é gravada em nossa memória, permanece para sempre. Nós algumas vezes “esquecemos” alguma coisa, mas o que acontece realmente é que esquecemos como achá-la no enorme sistema de armazenagem do cérebro. Provavelmente o caminho usual não é o mais efetivo, porque não tem sido usado o suficiente. A informação que procuramos permanece arquivada até que possamos alcançá-la por outro caminho através do cérebro. Essa informação só estará realmente perdida se, em idade avançada, morrer um número de células do cérebro suficiente para que a área de armazenamento não funcione mais.
Glossário
Axônio: um fio longo que se estende do corpo de uma neurônio, ao longo do qual os sinais são carregados.
Células gilais: células especiais que estão amontoadas ao redor e entre os neurônios. Elas ajudam a sustentar os delicado tecido nervoso.
Cerebelo: uma área pequena e profundamente vincada na parte posterior do cérebro, relacionada com o controle da coordenação dos movimentos e do equilíbrio.
Cérebro: uma grande área abobadada que constitui a maior parte do encéfalo. O raciocínio, a memória e os sentidos são controlados pelo cérebro.
Corpo caloso: uma pequena tira de tecido que liga os dois hemisfério do cérebro. Os sinais passam do lado direito para o lado esquerdo do cérebro através do corpo caloso.
Córtex: camada exterior do cérebro, formada de massa cinzenta.
Córtex motor: parte da superfície do cérebro na qual as instruções para o movimento muscular são processadas.
Córtex sensorial: parte da superfície do cérebro na qual a informação vinda dos órgãos dos sentidos é processada e convertida nas “sensações” que sentimos.
Dendritos: finas ramificações de um neurônio que estão em contato com o axônio de outro neurônio na sinapse.
EEG: eletroencefalograma; a medida das atividades elétricas do cérebro, registradas em forma de gráfico em uma estreita tira de papel.
Gânglios: pequenos grupos de neurônios, onde os sinais nervosos são processados.
Hemisfério: as duas estruturas com formato de cúpula que compõem o cérebro.
Hipotálamo: uma pequena parte do cérebro que está relacionada com a expressão das emoções (como mudança de pulsação, transpiração, etc.); controla o sono e governa a ação da glândula mais importante do corpo humano, a hipófise (pituitária).
Íon: partícula química eletricamente carregada. do o sal comum, ou cloreto de sódio, é dissolvido em água, ele se separa em dois íons: o de sódio e o de cloro.
Massa branca: massa de axônios multo juntos. A massa branca compõe a maior parte do interior do cérebro e o exterior da medula espinhal.
Massa cinzenta: parte do tecido nervoso no qual estão situados os corpos dos neurônios. A maior parte do lado externo do cérebro e interno da medula espinhal.
Medula espinhal: um grande feixe de células nervosas que desce do cérebro dentro da coluna vertebral.
Membrana: a cobertura fina de um tecido ou célula. Os neurônios são cobertos com uma fina membrana através da qual passam as substâncias químicas transmissoras.
Meninges: membranas que cobrem o cérebro e parte da medula espinhal. Há três membranas: dura-máter, aracnóide e pia-máter.
Nervo: feixe de axônios através dos quais passam os sinais do e para o cérebro.
Neurônio: célula nervosa que passa os sinais para outros neurônios ao longo do axônio, que é semelhante a um fio.
Receptores: grupo de células que podem receber um sinal e passá-lo para o sistema nervoso. Receptores típicos são os do tato, na pele, e os de luz, na retina do olho.
Reflexo: resposta automática do corpo que inicialmente não envolve o cérebro. Um exemplo de reflexo é afastar a mão de um objeto quente.
Sinapse: intervalo entre o axônio de um neurônio e os dendritos de outro neurônio.
Sistema nervoso autônomo: parte do sistema nervoso que funciona sem nosso conhecimento consciente. Ele controla todo o sistema de sustentação de vida do corpo.
Sistema nervoso central: o cérebro e a medula espinhal são as partes essenciais do sistema nervoso, formando juntos o sistema nervoso central.
Sistema nervoso parassimpático: uma parte do sistema nervoso autônomo que influencia a pupila dos olhos, a pulsação, a respiração, a digestão e os órgãos sexuais. Sua ação geralmente é oposta à do sistema nervoso simpático.
Sistema nervoso simpático: parte do sistema nervoso autônomo que influencia a pulsação, a respiração e muitas outras funções. Sua ação é oposta à do sistema nervoso parassimpático, preparando o corpo para a ação em uma emergência. Também controla a fala e o engolimento.
Substâncias químicas inibidoras: substâncias transmissoras que evitam ou interpretam a produção de um sinal em um neurônio.
Substâncias químicas excitadoras: substâncias transmissoras presentes em minúsculas quantidades e que estimulam um neurônio a produzir um sinal.
Substâncias transmissoras: substâncias químicas presentes em minúsculas quantidades, que carregam um sinal de um neurônio para outro através da sinapse.
Tálamo: a parte do cérebro que processa a informação vinda dos órgãos dos sentidos e exerce algum controle sobre a atividade dos músculos.
Tronco cerebral: uma protuberância no topo da medula espinhal, formando a parte posterior do cérebro. O tronco cerebral controla a maioria de nossas funções vitais, e é uma parte importante do sistema nervoso autônomo.
Ventrículos: espaços cheios de fluido dentro do cérebro e também dentro da medula espinhal.
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