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Estudos

Questões sobre O Cortiço: Lista de Exercícios com Gabarito!

Questões sobre o Cortiço - livro de Aluísio Azevedo

“O Cortiço”, escrito por Aluísio Azevedo e publicado em 1890, é uma obra literária fundamental do movimento naturalista no Brasil. O romance retrata a vida em um cortiço, um tipo de habitação coletiva e precária muito comum no Rio de Janeiro do século XIX.

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Por meio de uma narrativa realista, o autor apresenta um retrato contundente da sociedade da época, explorando temas como a miséria, a exploração dos trabalhadores, a disputa por poder e a sensualidade.

Ao retratar personagens complexos e suas interações dentro do cortiço, Aluísio Azevedo revela os aspectos sombrios e brutais da condição humana, mergulhando o leitor em um ambiente repleto de paixões, violência e tragédias.

“O Cortiço” permanece como uma obra de grande relevância para a literatura brasileira, evidenciando a maestria do autor ao abordar os aspectos sociais e psicológicos da vida urbana no Brasil do século XIX.

Aproveite as questões a seguir para exercitar seus conhecimentos sobre a obra e se preparar para os vestibulares. Confira seus resultados no gabarito ao final do material!

Veja também:
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O Cortiço: Resumo da obra de Aluísio Azevedo!

Lista de Exercícios

1. (ITA) Leia as proposições acerca de O Cortiço.

I. Constantemente, as personagens sofrem zoomorfização, isto é, a animalização do comportamento humano, respeitando os preceitos da literatura naturalista.

II. A visão patológica do comportamento sexual é trabalhada por meio do rebaixamento das relações, do adultério, do lesbianismo, da prostituição, etc.

III. O meio adquire enorme importância no enredo, uma vez que determina o comportamento de todas as personagens, anulando o livre-arbítrio.

IV. O estilo de Aluísio Azevedo, dentro de O Cortiço, confirma o que se percebe também no conjunto de sua obra: o talento para retratar agrupamentos humanos.

Está(ão) correta(s)

a) todas.
b) apenas I.
c) apenas I e II.
d) apenas I, II e III.
e) apenas III e IV.

2. (UFV-MG) Leia o texto abaixo, retirado de O Cortiço, e faça o que se pede:

Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.

Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada, sete horas de chumbo.
[…].
O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço.

Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se.

Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.

AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 15. ed. São Paulo: Ática, 1984. p. 28-29.

Assinale a alternativa que NÃO corresponde a uma possível leitura do fragmento citado:

a) No texto, o narrador enfatiza a força do coletivo. Todo o cortiço é apresentado como um personagem que, aos poucos, acorda como uma colméia humana.

b) O texto apresenta um dinamismo descritivo, ao enfatizar os elementos visuais, olfativos e auditivos.

c) O discurso naturalista de Aluísio Azevedo enfatiza nos personagens de O Cortiço o aspecto animalesco, “rasteiro” do ser humano, mas também a sua vitalidade e energia naturais, oriundas do prazer de existir.

d) Através da descrição do despertar do cortiço, o narrador apresenta os elementos introspectivos dos personagens, procurando criar correspondências entre o mundo físico e o metafísico.

e) Observa-se, no discurso de Aluísio Azevedo, pela constante utilização de metáforas e sinestesias, uma preocupação em apresentar elementos descritivos que comprovem a sua tese determinista.

3. (UNIFESP) A questão a seguir baseia-se no seguinte fragmento do romance O Cortiço (1890), de Aluísio Azevedo (1857-1913):

“Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo. Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos ao ombro, numa balbúrdia de doidos.

O pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero.

Da casa do Barão saíam clamores apopléticos; ouviam-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.

Os sinos da vizinhança começaram a badalar. E tudo era um clamor.

A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens, dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno.

E ela ria-se, ébria de satisfação, sem sentir as queimaduras e as feridas, vitoriosa no meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente vivia a sonhar em segredo a sua alma extravagante de maluca.

Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada, que abateu rapidamente, sepultando a louca num montão de brasas.”

(Aluísio Azevedo. O Cortiço)

Em O cortiço, o caráter naturalista da obra faz com que o narrador se posicione em terceira pessoa, onisciente e onipresente, preocupado em oferecer uma visão crítico-analítica dos fatos.

A sugestão de que o narrador é testemunha pessoal e muito próxima dos acontecimentos narrados aparece de modo mais direto e explícito em:

a) Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo.
b) Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
c) Da casa do Barão saíam clamores apopléticos…
d) A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa.
e) Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada…

4. (UNIFESP) A questão a seguir baseia-se no seguinte fragmento do romance O Cortiço (1890), de Aluísio Azevedo (1857-1913):

“Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo. Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos ao ombro, numa balbúrdia de doidos.

O pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero.

Da casa do Barão saíam clamores apopléticos; ouviam-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.

Os sinos da vizinhança começaram a badalar. E tudo era um clamor.

A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens, dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno.

E ela ria-se, ébria de satisfação, sem sentir as queimaduras e as feridas, vitoriosa no meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente vivia a sonhar em segredo a sua alma extravagante de maluca.

Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada, que abateu rapidamente, sepultando a louca num montão de brasas.”

(Aluísio Azevedo. O cortiço)

O caráter naturalista nessa obra de Aluísio Azevedo oferece, de maneira figurada, um retrato de nosso país, no final do século XIX.

Põe em evidência a competição dos mais fortes, entre si, e estes, esmagando as camadas de baixo, compostas de brancos pobres, mestiços e escravos africanos.

No ambiente de degradação de um cortiço, o autor expõe um quadro tenso de misérias materiais e humanas. No fragmento, há várias outras características do Naturalismo.

Aponte a alternativa em que as duas características apresentadas são corretas:

a) Exploração do comportamento anormal e dos instintos baixos; enfoque da vida e dos fatos sociais contemporâneos ao escritor.
b) Visão subjetivista dada pelo foco narrativo; tensão conflitiva entre o ser humano e o meio ambiente.
c) Preferência pelos temas do passado, propiciando uma visão objetiva dos fatos; crítica aos valores burgueses e predileção pelos mais pobres.
d) A onisciência do narrador imprime-lhe o papel de criador, e se confunde com a ideia de Deus; utilização de preciosismos vocabulares, para enfatizar o distanciamento entre a enunciação e os fatos enunciados.
e) Exploração de um tema em que o ser humano é aviltado pelo mais forte; predominância de elementos anticientíficos, para ajustar a narração ao ambiente degradante dos personagens.

5. (UNIFESP) A questão a seguir baseia-se no seguinte fragmento do romance O cortiço visto na questão anterior.

Releia o fragmento de O Cortiço, com especial atenção aos dois trechos a seguir:

Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero.
(…)
E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.

No fragmento, rico em efeitos descritivos e soluções literárias que configuram imagens plásticas no espírito do leitor, Aluísio Azevedo apresenta características psicológicas de comportamento comunitário.

Aponte a alternativa que explicita o que os dois trechos têm em comum:

a) Preocupação de um em relação à tragédia do outro, no primeiro trecho, e preocupação de poucos em relação à tragédia comum, no segundo trecho.

b) Desprezo de uns pelos outros, no primeiro trecho, e desprezo de todos por si próprios, no segundo trecho.

c) Angústia de um não poder ajudar o outro, no primeiro trecho, e angústia de não se conhecer o outro, por quem se é ajudado, no segundo trecho.

d) Desespero que se expressa por murmúrios, no primeiro trecho, e desespero que se expressa por apatia, no segundo trecho.

e) Anonimato da confusão e do “salve-se quem puder”, no primeiro trecho, e anonimato da cooperação e do “todos por todos”, no segundo trecho.

6. (ESPM) Dos segmentos abaixo, extraídos de O Cortiço, de Aluísio Azevedo, marque o que não traduza exemplo de zoomorfismo:

a) Zulmira tinha então doze para treze anos e era o tipo acabado de fluminense; pálida, magrinha, com pequeninas manchas roxas nas mucosas do nariz, das pálpebras e dos lábios, faces levemente pintalgadas de sardas.

b) Leandra… a Machona, portuguesa feroz, berradora, pulsos cabeludos e grossos, anca de animal do campo.

c) Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas.

d) E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa começou a minhocar,… e multiplicar-se como larvas no esterco.

e) Firmo, o atual amante de Rita Baiana, era um mulato pachola, delgado de corpo e ágil como um cabrito…

7. (UEL) A questão refere-se aos trechos a seguir.

“Justamente por essa ocasião vendeu-se também um sobrado que ficava à direita da venda, separado desta apenas por aquelas vinte braças; e de sorte que todo o flanco esquerdo do prédio, coisa de uns vinte e tantos metros, despejava para o terreno do vendeiro as suas nove janelas de peitoril.

Comprou-o um tal Miranda, negociante português, estabelecido na rua do Hospício com uma loja de fazendas por atacado.”

“E durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças, socando-se de gente. E ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com aquela exuberância brutal de vida, aterrado diante daquela floresta implacável que lhe crescia junto da casa, por debaixo das janelas, e cujas raízes piores e mais grossas do que serpentes miravam por toda parte, ameaçando rebentar o chão em torno dela, rachando o solo e abalando tudo.”

(AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. 26. ed. São Paulo: Martins, 1974. p. 23; 33.)

Com base nos fragmentos citados e nos conhecimentos sobre o romance O Cortiço, de Aluísio Azevedo, considere as afirmações a seguir:

I. A descrição do cortiço, feita através de uma linguagem metafórica, indica que, no romance, esse espaço coletivo adquire vida orgânica, revelando-se um “ser” cuja força de crescimento assemelha-se ao poderio de raízes em desenvolvimento constante que ameaçam tudo abalar.

II. A inquietação de Miranda quanto ao crescimento do cortiço deve-se ao fato de que sua casa, o sobrado, ainda que fosse uma construção imponente, não possuía uma estrutura capaz de suportar o crescimento desenfreado do vizinho, que ameaçava derrubar sua habitação.

III. Não obstante a oposição entre o sobrado e o cortiço em termos de aparência física dos ambientes, os moradores de um e outro espaço não se distinguem totalmente, haja vista que seus comportamentos se assemelham em vários aspectos, como, por exemplo, os de João Romão e Miranda.

IV. Os dois ambientes descritos marcam uma oposição entre o coletivo (o cortiço) e o individual (o sobrado) e, por extensão, remetem também à estratificação presente no contexto do Rio de Janeiro do final do século XIX.

Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.


8. (UFLA) Relacione os trechos da obra O Cortiço, de Aluísio de Azevedo, às características realistas/naturalistas seguintes que predominam nesses trechos e, a seguir, marque a alternativa CORRETA:

1. Detalhismo.
2. Crítica ao capitalismo selvagem.
3. Força do sexo.

( ) “(…) possuindo-se de tal delírio de enriquecer, que afrontava resignado as mais duras privações. Dormia sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de estepe cheio de palha.”

( ) “(…) era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas de fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras.”

( ) “E seu tipo baixote, socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer (…) Era um pobre diabo caminhando para os setenta anos, antipático, muito macilento.”

a) 2, 1, 3
b) 1, 3, 2
c) 3, 2, 1
d) 2, 3, 1
e) 1, 2, 3


9. (UEL)

Texto 1

De cada casulo espipavam homens armados de pau, achas de lenha, varais de ferro. Um empenho coletivo os agitava agora, a todos, numa solidariedade briosa, como se ficassem desonrados para sempre se a polícia entrasse ali pela primeira vez.

Enquanto se tratava de uma simples luta entre dois rivais, estava direito! ‘Jogassem lá as cristas, que o mais homem ficaria com a mulher!’, mas agora tratava-se de defender a estalagem, a comuna, onde cada um tinha a zelar por alguém ou alguma coisa querida.

(AZEVEDO, Aluísio, O cortiço. 26. ed. São Paulo: Martins, 1974. p. 139.)

Texto 2

O cortiço é um romance de muitas personagens. A intenção evidente é a de mostrar que todas, com suas particularidades, fazem parte de uma grande coletividade, de um grande corpo social que se corrói e se constrói simultaneamente.

(FERREIRA, Luiz Antônio. Roteiro de leitura: O cortiço de Aluísio Azevedo. São Paulo: Ática, 1997. p. 42.)

Sobre os textos, assinale a alternativa correta.

a) No Texto 1, por ser ele uma construção literária realista, há o predomínio da linguagem referencial, direta e objetiva; no Texto 2, por ser ele um estudo analítico do romance, há o predomínio da linguagem estética, permeada de subentendidos.

b) A afirmação contida no Texto 2 explicita o modo coletivo de agir do cortiço, algo que também se observa no Texto 1, o que justifica o prevalecimento de um termo coletivo como título do romance.

c) Tanto no Texto 1 quanto no Texto 2 há uma visão exacerbada e idealizada do cortiço, sendo este considerado um lugar de harmonia e justiça.

d) No Texto 1 prevalece a desagregação e corrosão da grande coletividade a que se refere o Texto 2.

e) O que se afirma no Texto 2 vai contra a ideia contida no Texto 1, visto que no cortiço jamais existe união entre os seus moradores.

Gabarito

1) A
2) D
3) E
4) A
5) E
6) A
7) D
8) D
9) B



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