Passei numa pública sem cursinho
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Entrar
em uma universidade estadual ou federal sem cursinho nem terceirão é
difícil, mas não impossível. No último processo seletivo da
Universidade Federal do Paraná (UFPR), 40,84% dos aprovados declararam
não ter feito pré-vestibular e 66,31% disseram que não cursaram o
ensino médio com terceirão ou cursinho.
Calouro de Gestão da
Informação, Jean Felipe Costa Koch, 17 anos, pertence aos dois grupos.
“Muita gente pega material de cursinho emprestado de um conhecido e
fica estudando em cima das apostilas. Mas é preciso ter uma base, ter
estudado desde a sétima série. Não vai adiantar estudar só no último
ano”, avalia, ao tentar explicar a receita do bom desempenho no
concurso.
Jean estudou a vida inteira em escolas
públicas e considera que muitas dessas instituições não incentivam o
aluno a continuar os estudos em uma universidade. “Até o primeiro ano
eu estudava em um colégio de Colombo que não visava ao vestibular.
Os
alunos que estavam ali só queriam terminar o ensino médio para entrar
no mercado de trabalho”, conta o estudante, que no segundo ano do
ensino médio pediu transferência para o Colégio Estadual do Paraná, em
Curitiba. Jean diz que saiu de lá preparado para o que encontraria pela
frente. “Desde o começo os professores nos falaram do vestibular. As
provas eram feitas com questões de vestibulares e nas aulas de Redação
a professora trazia modelos de textos semelhantes aos da UFPR”, afirma.
O estudante diz que não organizou um plano de estudos diários para o
concurso. “O que me fez passar foi a própria cobrança do Colégio
Estadual. No segundo e no terceiro ano eu não tive nenhuma média final
abaixo de oito”, argumenta. Para assimilar melhor os conteúdos, Jean
escrevia resumos das matérias estudadas e resolvia várias vezes o mesmo
exercício.
Metodologia diferente foi adotada por André Felipe Alves de
Lima, 18 anos, aprovado este ano no curso de Administração noturno da
UFPR, com 9 candidatos por vaga. “Estudava umas três horas por dia em
casa, de segunda a sexta-feira”, afirma ele, que no ano passado
concluiu o curso técnico em Administração do Colégio Estadual Santa
Cândida.
André estudava as matérias que seriam explicadas no dia seguinte
pelos professores, com os quais tirava as dúvidas que havia anotado.
Além disso, resolvia provas antigas da UFPR, para se familiarizar com o
estilo dos exercícios e verificar quais conteúdos eram cobrados com
mais frequência.
“É totalmente possível passar sem cursinho, pois as
matérias que os alunos veem no pré-vestibular são encontradas em
qualquer livro didático”, avalia. Ele acertou 41 das 80 questões da
primeira fase, fez 41 pontos na prova de Redação (de um total de 60
pontos possíveis) e 20 pontos na prova especifica de Matemática (de um
total de 60 possíveis).
Internet
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www.mundovestibular.com.br
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