O que é uma pessoa neuroatípica? Entenda!
A sociedade é composta por uma rica quantidade de indivíduos, cada um com suas características, talentos e experiências únicas. Dentro dessa diversidade humana, há um grupo de pessoas que se destaca por sua neuroatipicidade, trazendo consigo perspectivas e modos de funcionamento únicos.
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O termo “neuroatípico” refere-se a indivíduos cujo funcionamento neurológico difere dos padrões considerados “típicos” pela sociedade.
Nesta matéria, exploraremos o mundo das pessoas neuroatípicas, suas características distintas e a importância de compreender e aceitar a neurodiversidade.
O que significa ser uma pessoa neuroatípica?
Uma pessoa neuroatípica é alguém cujo desenvolvimento neurológico e funcionalidade cognitiva são considerados fora dos padrões típicos da população.
Essa diversidade inclui pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), dislexia, síndrome de Tourette, entre outros. Cada uma dessas condições traz consigo características e desafios únicos, mas também habilidades e perspectivas valiosas.
Em outras palavras, é uma pessoa cujo funcionamento cerebral e comportamental se enquadram em um espectro considerado “diferente” pela sociedade.
Qual a diferença entre uma pessoa neuroatípica e neurodivergente?
Em tese, os termos retratam a mesma condição de pessoas que apresentam alterações no seu desenvolvimento neurológico, comportamental ou psiquiátrico.
Uma pessoa neuroatípica, portanto, é neurodivergente porque apresenta alguma condição neurológica ou psiquiátrica que está fora do padrão da maioria das outras pessoas.
Separamos um minidicionário elaborado pelo neurologista infantil e médico pediátrico Dr. Fábio Baiocco Nogueira para exemplificar melhor os termos:
- Neurodiversidade – termo que representa a infinita possibilidade de diferenças neurológicas existentes. Também utilizado para lembrar que cada pessoa é única.
- Neurodiverso – representa o mesmo que a neurodiversidade. Exemplo: somos uma espécie neurodiversa.
- Neurodivergente – é a pessoa que apresenta funcionamento e comportamentos neurocognitivos diferentes do que a sociedade acredita serem típicos. Podemos usar o termo também para transtornos que podem se apresentar de diferentes formas em cada pessoa.
- Neuroatípico – termo que representa a pessoa com seu desenvolvimento neuropsiquiátrico diferente do considerado comum pela sociedade.
- Neurotípico – são as pessoas cujo desenvolvimento neurológico se dá conforme o que é típico (comum) para a sociedade. Para a Medicina, são as pessoas sem transtornos neurológicos ou neuropsiquiátricos.
Que tipos de doenças ou transtornos podem ter pessoas neurodivergentes?
Uma pessoa neuroatípica pode ter diversos transtornos e condições de saúde mental ou neurológica. Alguns exemplos comuns são:
- Transtorno do espectro autista (TEA);
- Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH);
- Transtorno de ansiedade;
- Transtorno bipolar;
- Depressão;
- Transtorno de Pânico;
- Agorafobia;
- Esquizofrenia, entre outros.
Essas condições podem variar em termos de gravidade e sintomas específicos de uma pessoa para outra. Inclusive, é importante separar os transtornos dos sintomas. Casos isolados de ansiedade, por exemplo, podem ocorrer. Mas não necessariamente a pessoa sofre do transtorno de ansiedade, entende?
Por isso, é essencial contar com o apoio psiquiátrico para entender cada caso de neuroatipicidade.
Quais as características de uma pessoa neuroatípica?
As características de uma pessoa neuroatípica podem variar dependendo do transtorno ou condição específica que ela possa ter.
No entanto, existem algumas características gerais que podem ser observadas em pessoas neuroatípicas, como padrões de pensamento e processamento de informações diferentes, dificuldades na interação social, sensibilidade sensorial aumentada ou diminuída, interesses ou habilidades intensas em áreas específicas, dificuldades de atenção e regulação emocional, entre outros.
Vamos ver mais a fundo sobre algumas características:
- Diferenças na interação social:
- Dificuldades em compreender e interpretar pistas sociais sutis, expressões faciais e linguagem corporal.
- Dificuldades em estabelecer e manter relacionamentos sociais.
- Tendência a preferir a solidão ou interações sociais limitadas.
- Comunicação:
- Dificuldades na comunicação verbal e não verbal, como atrasos na fala, uso peculiar da linguagem ou dificuldade de expressar emoções.
- Interesses intensos em áreas específicas, levando a monólogos prolongados sobre tópicos de interesse.
- Sensibilidades sensoriais:
- Sensibilidades aumentadas ou diminuídas a estímulos sensoriais, como sons, luzes, cheiros, texturas ou sabores.
- Reações incomuns a estímulos sensoriais, como cobrir os ouvidos com sons altos ou evitar toques leves.
- Padrões de pensamento e processamento de informações:
- Pensamento detalhado e foco em pequenos elementos, em vez de ver o quadro geral.
- Pensamento lógico e sistemático, muitas vezes com habilidades de solução de problemas excepcionais.
- Dificuldades em mudar rapidamente de uma tarefa para outra ou em lidar com mudanças inesperadas.
- Habilidades e interesses intensos:
- Capacidades e talentos específicos em áreas de interesse especializadas, como matemática, música, arte ou ciências.
- Dedicação intensa a um tópico de interesse, com uma busca constante por conhecimento e aprofundamento no assunto.
- Desafios de regulação emocional:
- Dificuldades em reconhecer, interpretar e expressar emoções.
- Variações na intensidade emocional, com possibilidade de ansiedade, estresse, melancolia ou irritabilidade.
- Comportamentos repetitivos ou estereotipados como uma forma de autorregulação emocional.
Lembre-se de que essas características podem variar em sua manifestação e intensidade em cada pessoa neuroatípica. Cada indivíduo é único, e é importante reconhecer e valorizar a diversidade de experiências dentro do espectro neuroatípico.
Como identificar uma neurodivergência na infância?
Perceber que uma criança é neuroatípica pode ser um desafio, pois cada pessoa é única e as características podem se manifestar de maneiras diferentes.
No entanto, alguns sinais comuns podem indicar a possibilidade de neurodivergência, tais como:
- Dificuldades significativas de comunicação e interação social;
- Atraso no desenvolvimento da fala ou linguagem;
- Comportamentos repetitivos ou restritos;
- Dificuldades de aprendizagem;
- Desatenção;
- Hiperatividade, entre outros.
É importante lembrar que apenas um profissional qualificado, como um médico ou psicólogo, pode fazer um diagnóstico adequado.
Que médicos podem dar o diagnóstico de um neuroatípico?
No geral, o médico especializado em avaliar, diagnosticar e tratar condições neurológicas e psiquiátricas é o profissional mais indicado para atestar se uma pessoa é neuroatípica. Esses profissionais podem incluir:
- Neuropediatra: Especialista em neurologia pediátrica, que avalia e trata distúrbios neurológicos em crianças, como transtorno do espectro autista (TEA) e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
- Psiquiatra: Médico especializado em saúde mental, que pode avaliar e diagnosticar transtornos psiquiátricos, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, ansiedade, entre outros, que podem estar presentes em pessoas neuroatípicas.
- Psicólogo clínico: Embora os psicólogos não sejam médicos, eles podem realizar avaliações e testes psicológicos para ajudar no diagnóstico de condições neurológicas e psiquiátricas. Eles podem trabalhar em conjunto com médicos para avaliar se uma pessoa é neuroatípica.
É importante ressaltar que o diagnóstico de neurodivergência ou neuroatipicidade requer uma avaliação abrangente, considerando histórico médico, observação clínica, análise comportamental e, em alguns casos, testes específicos.
Portanto, é fundamental buscar ajuda de profissionais qualificados e experientes na área para realizar uma avaliação adequada.
Entender e diagnosticar adequadamente a neuroatipicidade é fundamental para garantir o apoio e os recursos necessários às pessoas neuroatípicas.
Ainda devemos destacar que a neurodiversidade não deve ser vista como um déficit ou uma limitação, mas como um aspecto natural e valioso da diversidade humana.
Ao compreender, aceitar e valorizar as pessoas neuroatípicas, podemos criar ambientes inclusivos e promover uma sociedade mais justa e enriquecedora para todos.
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