Por Que Estudar Economia?
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Na atualidade, surgem muitas perguntas sobre porque e para que estudar Economia.
Na verdade, fica embaraçosa a preocupação com esta ciência se os resultados
esperados, sempre surgem mais confusos do que à situação anterior, onde se
constituía o problema econômico e social.
Teoricamente, estuda-se Economia,
devido a escassez de alguns fatores de produção, ou a abundância de alguns
outros, ou até mesmo de ambos. Este estudo é por causa das desigualdades de
renda existentes na face da terra, pois, observa-se que poucos possuem em
abundância determinada riqueza, enquanto a maioria passa fome, vive em estado de
miséria, e até mesmo, apenas sobrevive em uma geração.
Estuda-se economia, tendo
em vista que os estágios de desenvolvimento de todos os países do mundo serem
distintos, uns dos outros e, com alto poder de concentração em uns poucos,
enquanto que a maioria permanece num estágio de pobreza absoluta, sem alguma
condição de reversão do quadro em que se encontra alguma Nação, ou Região.
Quanto a estas questões que foram colocadas, surgem duas correntes que tentam
proporcionar uma, ou diversas respostas a estes problemas, como é o caso dos
cientistas que trabalham e estudam os sistemas econômicos dentro do prisma
clássico, neoclássico, keynesiano, e aquela corrente que vai mais fundo na
investigação, e procura na raiz dos fatos mostrar o por quê dos desajustes da
economia como um todo, que é marxista.
Todavia, ambos têm dado respostas
convincentes para as questões econômicas; contudo, um ponto é fundamental nessa
análise, e pouco se tem dado atenção que é a dinâmica econômica, tendo em conta
que este fato, faz com que suas soluções não perpassem ao tempo de maneira
ultrapassada.
Mas, não se deve esquecer que MARX (1867) quando fez algumas
alusões a este caráter dinâmico da Economia, ele queria mostrar que a atividade
econômica participava de um processo, seria mutável ao longo da história.
Já pelo lado dos clássicos, neoclássicos e keynesianos, a dinâmica agora, é que
começa a surgir como uma variável de suma importância na abordagem de análise
dos problemas econômicos e sociais. Entretanto, essa filosofia econômica e
social, que predominou no século XVIII, ainda sobrevive no século XX poucas
mudanças em sua forma de pensar.
Ela estuda a economia pelo campo da estática,
isto significa dizer, procuram dar soluções aos problemas daquele momento, nunca
resolvê-los para ficar um longo tempo no sistema econômico.
Este tipo de solução,
para uma economia que se encontra em crise, cujos economistas clássicos
professavam uma filosofia que os desajustes econômicos seriam auto-corrigíveis,
constitui o que, na realidade, chama-se de paliativo não sustentável. Pois, os
remédios imediatistas em uma economia, significam uma situação insustentável; e,
quando ela começa a se arruinar, o desastre é incontrolável com resultados
catastróficos para toda uma condenada população nacional.
Neste sentido, a economia se estruturou em dois blocos de pensamento econômico;
de um lado, ficou o grupo que pensa de maneira burguesa, ou capitalista, aqueles
que buscam o máximo lucro, máximo crescimento econômico individualizado, a
concentração e acumulação privada onde a liberdade individual está sobre todas
as coisas, isto é, a usurpação do homem pelo homem em busca de sua felicidade
pessoal em detrimento do social, do conjunto de toda sociedade.
Do outro lado,
os socialistas lutam por uma sociedade sem classes sociais, onde o objetivo
fundamental, não é o lucro excessivo, nem o crescimento desordenado, nem o homem
individualizado, nem a iniciativa privada. Entretanto, o essencial neste
pensamento econômico é o social, a sociedade como um todo, a busca pela equidade
entre os povos, cuja produção gerada sirva para todos, e não seja objetivo do
enriquecimento ilícito de uma pessoa em particular, ou de algum grupo
industrial.
Estas correntes surgiram para dar apoio a uma economia desigual. Primeiro,
devido à exploração excessiva e constante dos donos do capital que o adquiriram
apegados ao aventureirismo, às invasões, aos saques, às grilagens, às expulsões
e/ou muitas outras formas de se apropriarem do alheio para se locupletar, como é
o caso dos capitalistas que tomam decisões, tendo como meta principal a sua
manutenção no sistema de poder.
Em segundo lugar, aquela estrutura que vai ao
encontro de uma maioria massacrada pelo sistema; que são os explorados por
aqueles que se apoderaram do capital e procuram à custa da usurpação da mão-de-obra
escrava, ou assalariada, manter o seu processo de acumulação. Neste segundo
bloco, é que se encontram aqueles que lutam para acabar com as decisões de cunho
individualizadas, e que se buscam minorar as desigualdades sociais, que as
produções sejam socializadas; que o progresso seja para todos; e, que se acabem
de uma vez por todas, com as lutas de classe em busca do bem-comum.
Não se podem solucionar os problemas econômicos, cujo direcionamento caminhe
para qualquer lado das classes sociais, univocamente. As soluções devem tomar
rumos que abarquem toda população envolvida na questão de maneira eqüitativa.
Contudo, num sistema capitalista, as decisões tomadas, convergem naturalmente
para os donos do capital; em outras palavras, beneficiam a classe alta, ou rica
da economia; pois, é próprio desse sistema, assegurar a taxa de acumulação de
seu capital e uma margem de lucros exorbitantes, para usufruírem os mercados
internos e externos de produtos supérfluos, às custas da miséria humana. As
soluções devem convergir para assegurar o funcionamento do sistema econômico e o
nível de subsistência da classe trabalhadora e de sua família. Pois, sem os
trabalhadores o sistema econômico não funciona; e, como se sabe, o trabalho é a
peça fundamental numa eco
nomia, ao considerar que o capital sem a mão-de-obra
não produz nada, é algo sem vida, inerte.
Com as diversas fases históricas da economia, a sua evolução, desde sua primeira
etapa, até os dias atuais, em que está consolidado o Capitalismo, o mundo
presenciou a diversas etapas de crises e depressões que têm dado lugar a novos
sistemas econômicos, tais como, o Comunismo Primitivo, o Escravagismo, o
Feudalismo, o Mercantilismo, agora o Capitalismo, e decorrente deste último, o
Socialismo.
Estes novos sistemas que aparecem, significa a rejeição dos métodos
de exploração que acompanham cada uma modalidade de extração de mais-valor sobre
o trabalho humano. Isto leva a procurar melhores maneiras de explorar o ser
humano, isto quer dizer, quando aquela maneira de exploração não dá mais, uma
outra deve substituir, a tal ponto que seus ganhos sejam maiores do que os
anteriores. Nada tem justificado o processo de organização do homem, nem o seu
nível de conscientização como fatores que conduziram ás mudanças sociais.
Fica evidente que o processo de organização e conscientização da humanidade tem
condições de mudar; entretanto, as mudanças sociais que aconteceram na história,
especificamente, dentro da economia, foram mudanças que transcorreram
impulsionadas pela força, em favor do poder e, como exemplo claro, tem-se a
escravidão, cuja substituição decorreu de que a produtividade do trabalho não
atendia mais aos desejos dos patrões que tiravam proveitos daquele método de
trabalho espúrio e delinqüente.
Foi neste clima de arbitrariedade, apropriação
indevida da força de trabalho, e do processo de acumulação exorbitante, que
deixou no século XVIII milhões e milhões de trabalhadores desempregados, é que
surgiram as idéias do socialismo, ou segundo MARX (1867) a etapa posterior ao
capitalismo e antecessor ao comunismo. Essa mutação que a economia e a política
passavam, intensificou-se com a Revolução Industrial, gerando o que se
convencionou chamar de desemprego tecnológico.
A partir de então, a economia mundial capitalista passou a ser dividida em
economia desenvolvida e economia subdesenvolvida ou países ricos e países
pobres, criando mais uma discriminação dentro da economia burguesa. Com isto, os
países centrais, assim como os capitalistas individualistas, hedonistas,
começaram a tirar proveitos com sua situação hegemônica, de nações donas do
capital para intensificar a exploração sobre os países periféricos.
Desta forma,
ditar sua pauta de exportação, sua produção doméstica e, até mesmo, planejar os
rumos que tais países devem tomar de tal maneira que não atrapalhem os caminhos
daqueles que subsidiam e ajudam a dinamizar a sua economia. Foi a partir de
então, que alguns países se tornaram mais ricos e países pobres se tornaram mais
pobres, com as concentrações, acumulações e, em especial, a formação de cartéis,
trustes e conluios que sempre buscaram dominar o mundo e ter em seus pés o
capital monopolista internacional.
Nesta confusão ideológica entre os Capitalistas e os Socialistas, está a
economia de maneira teórica, para apresentar soluções aos problemas econômicos
em geral, tanto no que diz respeito as economias ricas, como as pobres, assim
como tentar minorar as desigualdades sociais existentes entre os ricos e os
pobres.
Se tudo o que o ser humano precisasse, tivesse em abundância, não seria
necessário estudar a Economia, tendo em vista que ela surge quando os fatores e
os meios de subsistência são escassos, dado que o produto necessita proporcionar
utilidade ao seu possuidor. Entretanto, se sua disponibilidade é muito limitada,
faz-se com que haja uma preferência que culmina na estipulação de um preço para
se poder obtê-lo. É através do preço que a mercadoria é distribuída aos diversos
participantes do mercado, que precisam conseguir este produto para a satisfação
de suas necessidades.
Um outro problema comum na economia é a concentração e centralização do capital,
quer dizer, o processo de acumulação existente na economia, transcorrido de
maneira desigual entre a distribuição funcional de renda dos fatores, que
acelera as desigualdades entre os possuidores de renda do salário, do pagamento
do capital e da remuneração do empresário.
Compete à economia diminuir os
intervalos existentes nestas remunerações, para que não se tenha tanta
desigualdade entre os seres humanos. Todavia, as desigualdades regionais ficam
mais difíceis de serem minoradas, tendo em consideração as suas condições
naturais de disponibilidades de recursos; porém, considerando-se as mobilidades
dos fatores, há possibilidades de lentamente, poder-se tratar as regiões
econômicas de maneira igualitária, acabando de uma vez por todas, a dualidade
existente nas regiões, e até mesmo entre o setor rural e urbano; portanto, os
desajustes não poderão perdurar por muito tempo entre os povos.
Os desajuste são próprios de uma economia dinâmica, quer seja burguesa, ou não;
contudo, é inegável que no sistema capitalista, esses desequilíbrios sejam mais
constantes e persistentes, tendo em vista o espírito hedonístico que perdura nos
participantes deste sistema que procuram maximizar seu bem-estar e o resto que
procure também fazer o mesmo.
Os estudos sobre a economia servem para suprir
estas deficiências, ou seja, alocar eficientemente os recursos escassos da
sociedade, onde os preços dos produtos reflitam, na verdade, os custos imputados
pela participação da mão-de-obra na confecção da mercadoria, acabar com as
concentrações que aumentam os distúrbios dentro da economia, distribuir os
produtos de maneira igualitária para todos seus participantes, acabar com as
desigualdades regionais e setoriais; e, sobretudo, unir-se com a política para
que as soluções econômicas sirvam a todos indistintamente de etnia, religião e
classe social.
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