O Programa Universidade para Todas (Prouni) é uma iniciativa do governo federal que fornece bolsas de estudos parciais e integrais em instituições de ensino superior da rede privada, para estudantes de baixa renda que ainda não tenham diploma de nível superior.
O programa tem como objetivo ampliar o acesso da população à educação de nível superior no Brasil. A seleção dos candidatos utiliza a nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o curso para qual ele se inscreveu e a renda familiar por pessoa.
As inscrições do Prouni são abertas duas vezes por ano: a primeira no começo do 1º semestre e a segunda no começo do 2º semestre letivo. Após ter realizado o Enem e as inscrições para o Prouni abrirem, o candidato pode fazer a sua inscrição de forma online e gratuita pelo próprio site do Ministério da Educação (MEC): https://acessounico.mec.gov.br/.
Durante a inscrição, o candidato deve escolher duas opções de curso que deseja em ordem de preferência e acompanhar nos dias de inscrição a evolução da nota de corte, que é atualizada diariamente.
Quais mudanças ocorreram no Prouni 2022?
Neste ano, a principal mudança que aconteceu em relação ao Prouni foi a aprovação da Lei 14.350, de 2022, pelo presidente Jair Bolsonaro, que ampliou o acesso ao Prouni aos estudantes não bolsistas de escolas particulares. Em abril, a Medida Provisória (MP)1.075/2021 que originou a Lei, já havia sido aprovada pelo Senado.
Assim, a partir de julho deste ano, os alunos de escola privada que não forem bolsistas também poderão se inscrever no programa. Antes da mudança, apenas os estudantes bolsistas integrais de escolas privadas podiam se inscrever.
Além dessa mudança, foram alteradas algumas regras do programa que dizem respeito à documentação, às cotas e à seleção dos candidatos, confira abaixo:
A nova lei sancionada estabelece uma ordem de atendimento prioritário para a concessão de bolsas. Em primeiro lugar estão os estudantes com deficiência, e em seguida os professores da rede pública que vão cursar licenciatura ou pedagogia. Depois vêm os estudantes em geral, na seguinte ordem:
estudantes que fizeram todo o ensino médio na rede pública;
estudantes que fizeram o ensino médio entre a rede pública e a privada, com bolsa integral;
estudantes que fizeram o ensino médio entre a rede pública e a privada, com bolsa parcial ou sem bolsa;
alunos que fizeram todo o ensino médio na rede privada, com bolsa integral;
alunos que fizeram todo o ensino médio na rede privada, com bolsa parcial ou sem bolsa.
Os critérios socioeconômicos para participar do Sisu mudaram?
Os requisitos relacionados à concessão de bolsas continuam os mesmos. Para ter direito a bolsa parcial, de 50%, o estudante precisa comprovar renda familiar mensal de 1,5 até 3 salários mínimos por pessoa.
Já para concorrer a uma bolsa integral, de 100%, os candidatos devem possuir renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa (R$ 1.818).
Os critérios relacionados ao Enem mudaram?
Não, o desempenho no Enem continuará sendo um critério. Assim, para participar do Prouni, os candidatos devem ter realizado a edição mais recente do Enem, e ter alcançado, no mínimo, 450 pontos de média nas notas das cinco provas do exame.
O estudante também não pode ter tirado zero na redação do Enem e nem ter participado do exame na condição de treineiro. Vale ressaltar que, quanto maior a nota tirada, mais chances o candidato tem de ser chamado para uma das vagas disponíveis na instituição de ensino que ele escolheu.
A partir de julho, os candidatos com informações de renda familiar ou situação de pessoa com deficiência já cadastradas nos bancos de dados do governo não precisarão fazer a comprovação, desde que essas informações possam ser obtidas por meio do acesso a esses bancos de dados.
Para entrar no curso superior, além do Prouni, o estudante pode se candidatar a uma vaga em outros programas do governo, como o Fies e o Sisu. O Fies oferece financiamento estudantil para estudantes de baixa renda, já o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), é um programa online do Ministério da Educação em que algumas instituições públicas de ensino superior brasileiras oferecem vagas para pessoas que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Há ainda outras opções, como realizar o vestibular próprio que algumas faculdades possuem ou conseguir uma vaga pela Quero Bolsa. Neste último caso, o candidato não precisa comprovar renda e nem ter feito o Enem, basta entrar no site e procurar pelo curso que deseja, que aparecerão todas as bolsas disponíveis.
Vale ressaltar que, outro fator muito importante na hora de entrar para a faculdade é a escolha da instituição de ensino. É indicado escolher faculdades e universidades que possuam qualidade do ensino comprovada, alta qualificação dos professores, boa infraestrutura do local, e, principalmente, reconhecimento pelo MEC.
Confira abaixo algumas instituições que apresentam tudo isso e ainda oferecem condições especiais na mensalidade:
O programa tem como objetivo ampliar o acesso da população à educação de nível superior no Brasil. A seleção dos candidatos utiliza a nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o curso para qual ele se inscreveu e a renda familiar por pessoa. 
