Rochas
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Ao longo do processo de formação do planeta, a crosta terrestre, ou
litosfera, conheceu a geração de diversos tipos de rochas. Essas se
dividem, quanto à sua origem, em três tipos:
– magmáticas ou ígneas
– sedimentares
– metamórficas
No
início de sua formação, a litosfera era constituída por rochas que se
consolidaram com o resfriamento do magma – são as chamadas rochas
ígneas ou magmáticas. Essas formações rochosas, ao entrarem em contato
com o ar, a água e as geleiras, passaram a sofrer a ação do
intemperismo (decomposição química e desagregação mecânica),
tornado-se, assim, particularizadas e específicas, o que possibilitou
seu transporte por agentes erosivos (vento, chuvas, e geleiras) a
depressões do relevo, que passaram a ser preenchidas por sedimentos
que, também através de processos físicos e químicos, consolidaram-se
como rochas sedimentares. O terceiro tipo de rocha que se forma na
crosta terrestre é a metamórfica, que consiste na transformação, no
interior da crosta, das rochas ígneas e sedimentares em função da
pressão e de altas temperaturas.
EXEMPLOS DE INTEMPERISMO
As
variações de temperatura provocam a decomposição das rochas, cujos
minerais se dilatam quando aquecidos e se contraem em áreas de clima
frio (intemperismo por agente físico);
A pressão exercida pelas
raízes de um vegetal quando penetram nas rochas podem provocar sua
desintegração (intemperismo por agente biológico);
A decomposição
das rochas também pode ser provocada pela penetração da água, que
altera a sua estrutura química (intemperismo por agente químico).
AS ROCHAS CRISTALINAS
Denominamos
de rochas cristalinas aquelas que, magmáticas ou metamórficas, possuem
uma estrutura molecular ordenada. Formadas por compactação, as rochas
sedimentares cobrem 75% da superfície terrestre, formando uma fina
camada superficial que compreende apenas 5% do volume da crosta
terrestre.
AS ESTRUTURAS GEOLÓGICAS
A crosta terrestre é
formada por doze placas tectônicas, que flutuam sobre o magma pastoso.
Quando da fase inicial da Terra, existiam menos placas. Com o tempo, em
razão de se moverem em vários sentidos, já que o planeta é esférico, as
placas se encontraram em vários pontos da crosta terrestre, dando
origem aos terremotos e aos dobramentos do relevo. Em grego, o termo
tectônica quer dizer “processo de construir”. Para a ciência
geográfica, significa as deformações da crosta terrestre geradas pelas
pressões provenientes do interior do planeta.
Nas áreas de encontro
das placas, a crosta terrestre é frágil, principalmente nas regiões de
contato dos oceanos com os continentes, o que possibilita a saída de
magma, dando origem aos vulcões.
Quando dos choques entre as placas, o
atrito daí decorrente provoca os terremotos. Nos oceanos, as placas
(sima) são pesadas e, por este motivo, tendem a mergulhar sob as placas
continentais (sial). Esse fenômeno, conhecido como subducção,gera as
fossas marítimas, normalmente nas zonas onde ocorre o encontro das
placas. Como as placas oceânicas se situam debaixo das continentais, a
pressão das primeiras sobre estas últimas provocam dobras e
enrugamentos, provocando, desde a era mesozóica, os movimentos
orogenéticos (em grego, “oros” significa “montanha”).
Data daí o
aparecimento das grandes cadeias montanhosas do planeta Terra, formadas
pelo enrugamento, elevação ou dobramento de partes da crosta terrestre.
Este fenômeno é relativamente recente na história do nosso planeta,
tendo acontecido no fim da era mesozóica e início da cenozóica. Por
essa razão, denominamos dobramento moderno. As mais altas cadeias de
montanhas do planeta, tais como o Himalaia, as Rochosas e os Andes, são
de formação recente, apresentando elevadas altitudes, pouco desgaste e
grande instabilidade física, pois elas estão ainda em processo de
formação. Nelas, são comuns vulcões e terremotos.
A Terra, se levarmos em conta a sua origem geológica, conhece três formações básicas:
– bacias sedimentares
– escudos cristalinos
– dobramentos modernos
Estruturas geológicas
Os
dobramentos modernos, ou cadeias orogênicas recentes, correspondem às
grandes cadeias montanhosas do globo datadas do período Terciário da
Era Cenozóica. Sua gênese é explicada pelo movimento das placas
tectônicas. Os principais exemplos desse fenômeno são os Andes, os
Alpes, o Himalaia e as Montanhas Rochosas.
Por serem de formação
recente, não foram ainda desgastadas pela erosão e apresentam altitudes
elevadas. O Brasil, por exemplo, não conhece formações geradas por
dobramentos modernos.
Os escudos cristalinos ou maciços antigos, que
abrangem 36% do território nacional, são popularmente conhecidos como
serras, formações antigas e diversificadas e, por conseguinte,
extremamente desgastadas pela erosão, apresentando altitudes modestas.
Nos escudos cristalinos, originários do período Arqueozóico, a
ocorrência de minerais economicamente exploráveis é pequena; já nos
escudos datados do Proterozóico (4% do território brasileiro),
proliferam recursos como o ferro, a bauxita, o manganês, o ouro, a
cassiterita e outros minerais metálicos. 64% da superfície do
território nacional consiste de bacias sedimentares: depressões do
terreno preenchidas por sedimentos. Sua importância econômica é grande,
pois aí surgem combustíveis fósseis: petróleo, carvão mineral e xisto.
RESUMO
a
crosta terrestre é formada por placas tectônicas que literalmente bóiam
sobre o manto, em permanente estado de fusão a região de contato entre
duas placas tectônicas é uma, área frágil da crosta terrestre,
susceptível de tornar-se um local de escape do magma que está preso,
sob pressão, no manto; nas zonas de encontro das placas é que irrompem
os vulcões e ocorrem os terremotos em função desses movimentos, os
continentes estão em permanente processo de distanciamento.
No fundo
dos mares, as cadeias meso-oceânicas são o ponto de encontro de duas ou
mais placas tectônicas. Delas saem materiais magmáticos que empurram as
placas em direções opostas. A crosta continental (SIAL) é mais leve que
a crosta oceânica (SIMA) e, no caso do nosso continente, retorna ao
manto do litoral oeste sul-americano.
Essa é a razão da presença da
fossa de Atacama. No oeste da placa sul-americana ocorre um enrugamento
que se chama Cordilheira dos Andes.
TEXTO COMPLEMENTAR
“O
mundo é muito velho e os seres humanos, muito recentes. Os
acontecimentos importantes em nossas vidas pessoais são medidos em anos
ou em unidades ainda menores; nossa vida, em décadas; nossa genealogia
familiar, em séculos, e toda a história registrada, em milênios.
Contudo, fomos precedidos por uma apavorante perspectiva do tempo,
estendendo-se a partir de períodos incrivelmente longos do passado, a
respeito dos quais pouco sabemos – tanto por não existirem registros,
quanto pela real dificuldade de concebermos a imensidade dos intervalos
compreendidos.
Mesmo assim, somos capazes de localizar no tempo os
acontecimentos do passado remoto. A estratificação geológica e a
marcação por radiatividade proporciona informação quanto aos eventos
arqueológicos, paleontológicos e geológicos; a astrofísica fornece
dados a respeito das idades das superfícies planetárias, da Via Láctea
e de todos os outros sistemas estelares, assim como uma estimativa do
tempo transcorrido desde a Grande Explosão (Big Bang) que envolveu toda
a matéria e energia do universo atual. Essa explosão pode representar o
início do universo ou pode constituir uma descontinuidade na qual a
informação da história primitiva do universo foi destruída. Esse é
certamente o acontecimento mais remoto do qual temos qualquer
registro.”
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