Psicologia Jurídica: o que é, áreas de atuação e salário!
Gosta de Direito e tem paixão pela mente humana? Que tal aliar esses dois campos do conhecimento em uma profissão que pode lhe trazer reconhecimento e ainda contribuir para que a justiça seja feita em nosso país?
O cotidiano do psicólogo jurídico é permeado por estudos de personalidade, laudos que tratam de condutas criminosas e desordens comportamentais. Seu objetivo é buscar a melhor maneira de resolver conflitos, tendo sempre como valores máximos a integridade e a dignidade do ser humano.
Confira a seguir nosso guia sobre o que é a Psicologia Jurídica, quais são as áreas de atuação desse profissional e sua remuneração média. Veja também o que é preciso estudar para seguir essa carreira. Vamos lá?
O que é a Psicologia Jurídica?
Psicologia Jurídica é a área da Psicologia ligada ao Direito. O Psicólogo Jurídico estuda as leis e seus efeitos nos indivíduos, além das implicações decorrentes dessa interação.
A partir daí, aplica seus conhecimentos em Psicologia para realizar laudos, fiando-se em uma profunda análise de aspectos conscientes e inconscientes, entre outros elementos, com habilidade para enxergar além de uma simples colocação dos fatos.
Áreas de atuação dentro da Psicologia Jurídica
A Psicologia Jurídica tem diversas ramificações: vai desde o cuidado da saúde mental de funcionários de um tribunal ou fórum até casos de verificação de abuso infantil. Apesar de ser uma área muito ampla, são poucos os psicólogos que se dedicam a ela – o que significa mais possibilidades de carreira para quem busca essa qualificação.
Confira agora as principais vertentes da Psicologia Jurídica e o que o profissional de cada área encontra em seu cotidiano:
Psicologia Criminal: Se você assiste à séries de TV como Lie to Me, CSI ou Criminal Minds, já deve ter visto um psicólogo ajudando a desvendar crimes diversos.
A realidade brasileira é um pouquinho diferente: mesmo em julgamentos de júri popular que exigem avaliação psicológica, ou em casos que requerem atestar a insanidade de um réu, o laudo quase sempre é fornecido por psiquiatras forenses, e não por psicólogos, o que limita o trabalho dos profissionais nessa esfera.
A atuação do psicólogo brasileiro no âmbito criminal é distinta e a maioria dos profissionais dessa área cuida de avaliações de abuso infantil ou doméstico, ou violências que têm como alvo minorias, uma área associada à assistência social.
Outro ramo é o atendimento às partes de uma briga por partilha de herança ou uma disputa conjugal em um divórcio litigioso, o que entra no ramo da Psicologia Civil, um braço da Psicologia Jurídica.
Psicopatologia Trabalhista: Seu objeto de estudo são as doenças psíquicas adquiridas no ambiente de trabalho. O psicólogo deve identificar as causas e possíveis tratamentos para essas enfermidades, em conjunto com um médico perito.
Psicologia Civil: Avalia as relações entre as pessoas e entre as pessoas e seus bens, resolvendo atritos. Para isso, o profissional emite laudos técnicos que servem como embasamento para decisões judiciais. Esse profissional é muito procurado para mediar conflitos por herança e divórcios, por exemplo.
Psicologia Judiciária: Ramo da Psicologia Jurídica que lida com as situações que ocorrem dentro dos fóruns, tribunais e cartórios. Seu trabalho pode envolver duas circunstâncias: estudar e sanar os problemas comportamentais das partes envolvidas nos processos (juiz, réu e autor) ou, no âmbito mais ligado à Psicopatologia Trabalhista, lidar com as enfermidades mentais de funcionários desses locais, muitas vezes ocasionadas por trabalho excessivo.
Psicologia Carcerária: O profissional atua no aconselhamento e acompanhamento de detentos com foco em reabilitá-los para o convívio social e minimizar problemas causados pelo encarceramento. Também pode realizar um trabalho com os familiares dos presos.
Psicologia Policial e das Forças Armadas: Aqui, o psicólogo apoia a seleção e o treinamento de profissionais da área. Realiza também o acompanhamento psicológico, ajudando-os a lidar com o estresse e a pressão que sofrem no trabalho.
Quanto ganha um profissional na área de Psicologia Jurídica?
Como estão inseridos majoritariamente na categoria de servidores públicos, os profissionais da Psicologia Jurídica estão no patamar intermediário de ganhos dentro da profissão de Psicólogo, recebendo uma remuneração inicial que varia entre R$ 4 mil e R$ 6 mil (de acordo com os editais mais recentes).
O Tribunal de Justiça de Pernambuco, por exemplo, abriu recentemente um concurso com salário inicial de R$ 5.215, mais benefícios.
Como se tornar um profissional da Psicologia Jurídica?
Uma das formas de se tornar um Psicólogo Jurídico é prestar o concurso do Conselho Federal de Psicologia (CFP) a fim de obter o título de Especialista em Psicologia Jurídica.
Para prestar o concurso do Conselho Federal de Psicologia, é obrigatório:
• ter realizado uma graduação em Psicologia com diploma emitido por uma instituição de ensino vinculada ao CFP;
• ser aprovado em um exame prático e teórico promovido pelo conselho e
• comprovar prática profissional por no mínimo dois anos.
Outra maneira é realizar uma pós-graduação em Psicologia Jurídica por uma instituição de ensino credenciada pelo CFP. As especializações em Psicologia Jurídica duram entre 18 e 24 meses, dependendo da faculdade, e podem ser encontradas nos grandes centros.
Após ter sido aprovado na prova ou terminar a especialização, o psicólogo vincula o título de especialista em Psicologia Jurídica à carteira profissional.
Seja qual for o caminho de especialização, o primeiro passo é fazer a graduação em Psicologia em uma instituição reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Onde estudar Psicologia
Confira algumas instituições autorizadas pelo MEC a oferecer o curso de Psicologia:
• Centro Educacional Anhanguera (ANHANGUERA)
• Universidade Estácio de Sá (UNESA)
• Centro Universitário UNISEB (UNISEB-Estácio)
• Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
• Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)
• Centro Universitário do Distrito Federal (UDF)
• Universidade de Franca (UNIFRAN)
• Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)
• Faculdade Unime (UNIME) – na Bahia
• Faculdade Pitágoras (PITÁGORAS) – em Minas Gerais
Veja também:
E aí? Psicologia Jurídica é a sua cara? Conte para a gente aqui nos comentários!
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