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Viciados em Estudos… Eu?

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Você estuda demais? Vira a noite entre os livros? Não dorme direito pensando no conteúdo que precisa aprender? Amizades e namoro ficaram em segundo plano? Exercícios só se envolver papel e caneta?

Se suas respostas foram afirmativas, cuidado, você pode ser um “studentholic“! Assim como os “workaholics”, que só pensam em trabalho, os “viciados em estudo” têm uma rotina cercada exclusivamente por aulas, livros, apostilas, fórmulas, simulados e revisões.

 Para a Psicoterapeuta que trabalha com vestibulandos, Lisiane Hadlich Machado, é normal que, no período que antecede um concurso importante, como o Vestibular, a rotina de estudos seja puxada mesmo, afinal, para conquistar uma vaga em um curso concorrido, é necessária muita dedicação. Agora, se o jovem ficar deprimido, sem ânimo, agressivo ou mal-humorado, aí é sinal de perigo:

 – Os pais devem ficar atentos, pois estudo demasiado pode ser uma fuga. Mesmo com uma rotina intensa em companhia dos livros, o estudante precisa continuar vivendo a adolescência normalmente, ou seja, sair, fazer festa, ficar…

Benhur Garghetti, 19 anos, “studentholic” assumido, vai tentar uma vaga no curso de Medicina pelo segundo ano consecutivo. Na rotina do garoto, mais de 12 horas são dedicadas ao estudo: ele faz um tipo de cursinho especial, com foco para cursos concorridos e tem aulas nos turnos da manhã e da tarde. À noite ainda dá aquela revisada na matéria e estuda um pouco mais:

 – Eu gosto de estudar, é boa a sensação de estar aprendendo. Programo metas curtas para vencer o conteúdo e, assim, atingir o objetivo maior, que é passar no vestibular. Se eu cumpro essas metas, fico à vontade para sair e aproveitar, senão me sinto culpado, com remorso, afinal, enquanto eu to sem fazer nada, têm outros estudando.

Mas balada é uma palavra que não existe no vocabulário do guri, que saiu pouquíssimas vezes durante o ano. A namorada, que é sua vizinha, ele só vê uma vez por semana, aos domingos, e internet e TV a cabo são luxos que não entram na casa do guri, para não distraí-lo:

 – Eu vim para Santa Maria só para estudar. Meus pais estão em Santa Catarina investindo em mim. É muita pressão, tenho que fazer valer a pena o investimento deles! Em 2006 eu estudava mais ainda. Agora aprendi a me organizar e otimizar o tempo.

Benhur é apenas um entre milhares de jovens que todo ano passam pela mesma situação. E para boa parte dessa galera, o resultado de tanto empenho pode acabar em frustração. O mais importante nesse caso é que o estudante tenha certeza de seus objetivos, afinal, tanto esforço deve valer a pena.

 – Se for para conquistar o que a gente realmente quer, claro que vale todo o sacrifício! Obvio que se eu não passar vou ficar triste, mas sei que Medicina é difícil e preciso me dedicar muito e, se for o caso, vou tentar de novo ano que vem, conta Benhur.

Então, aos “studentholics” de plantão, a dica é simples:

– O principal é manter o sonho firme na cabeça, não se comparar a ninguém, conservar a auto-estima, confiar, acreditar e dar tudo de si nesta etapa, finaliza Lisiane.

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