Engenheiro eletricista – Um profissional ligado em tudo
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O engenheiro eletricista é um desses profissionais que facilita
muito nossa vida e nós nem ficamos sabendo. Qualquer aparelho que possa
ser ligado na tomada foi desenvolvido por um profissional dessa área.
Cafeteira, microondas, geladeira, televisão, DVD, telefone… a lista é
extensa. Aliás, se nesse momento sua casa e seu bairro estão recebendo
energia elétrica, agradeça ao engenheiro eletricista.
Mas
não é apenas no âmbito doméstico que se percebe o trabalho desses
profissionias. Segundo o professor Salmo Pustilnick, coordenador do
curso de Engenharia Elétrica na Universidade Positivo, são cinco as
áreas de atuação do engenheiro eletricista, mas todas elas estão
relacionadas entre si. O profissional pode trabalhar no setor de
eletrônica, onde lida com o desenvolvimento de aparelhos como
celulares, computadores e demais eletrônicos. Também pode projetar
sistemas elétricos de automóveis. A segunda área é a eletrotécnica.
Nesse caso, o engenheiro trabalha em usinas de produção de energia e na
manutenção de linhas de transmissão. Muitos alunos que se interessam
por esse campo acabam fazendo concurso público para a Companhia
Paranaense de Energia Elétrica (Copel). Na terceira área, chamada
automação e controle, o profissional trabalha com sistemas industriais
e na manutenção de robôs, por exemplo. “Cuidando do sistema elétrico da
indústria ele viabiliza o produto”, explica Pustilnick. O quarto setor
de atuação é o da computação, em que o engenheiro trabalha junto com
profissionais da informática na criação de novos hardwares e softwares.
A quinta e última área é a de telecomunicações, ligada ao setor de
telefonia celular, fixa, rádio e televisão.
De acordo com o professor, todas as engenharias estão vivendo um
momento especial e com a Engenharia Elétrica não é diferente. “Recebo
semanalmente dezenas de ofertas de estágio. Não consigo informar todas
aos alunos”, diz Pustilnick, ao explicar que os estudantes que buscam
colocação no mercado não encontram dificuldade. “Há empresas tirando
engenheiros de outras”, afirma.
Dentre as cinco grandes áreas, não existe alguma que se destaque no
mercado de trabalho paranaense. Segundo o professor, há alguns anos o
setor de telecomunicações era o que mais empregava, por causa do boom
da telefonia celular no Brasil. Atualmente as vagas estão melhor
distribuídas. Uma possível tendência de aquecimento é na área de
eletrotécnica ligada ao setor da construção civil, onde o profissional
vai projetar o quadro de distribuição de energia na obra. “Atuamos na
área de base do desenvolvimento do país”, afirma o professor.
A profissão é tida como território masculino, mas as mulheres estão
aos poucos desbravando esse campo. “O mercado anseia por mulheres
engenheiras. Algumas empresas até optam pela figura feminina”, afirma
Pustilnick. Um bom exemplo dessa tendência é a engenheira eletricista
Ruth Angelina Martins, que faz parte da equipe da Rede Paranaense de
Comunicação (RPC) que está implantando a tevê digital em Curitiba. Ela
conta que não sofreu preconceito pela profissão que escolheu, mas foi
obrigada a escutar algumas piadinhas. “Perguntavam se eu ia arrumar o
fogão ou o ferro elétrico”, brinca. Segundo ela, independentemente de o
profissional ser homem ou mulher, para conquistar respeito é preciso
mostrar competência.
Entre suas atribuições, ela trabalha nos testes que a RPC realiza na
implantação da rede digital e analisa os resultados, verifica se o
sinal está chegando corretamente a vários pontos da cidade e se a
transmissão está dentro dos padrões. Ela também cuida da manutenção de
equipamentos. “Nossa preocupação é com todo o sistema. Algum erro de
configuração pode prejudicar o sinal que as pessoas recebem em casa”,
afirma Ruth. Segundo ela, o profissional que trabalha com
telecomunicações tem de sempre continuar estudando sobre o assunto. Na
RPC, todos os profissionais receberam treinamento específico para
instalar o novo sistema. “Também faço mestrado e minha tese é sobre
tevê digital”, conta Ruth.
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