Ensino público superior deve ser pago
A mídia têm noticiado e comentado questões importantes como avaliação de
faculdades, medidas propostas para assegurar igualdade de oportunidades de
acesso ao ensino superior, independentemente de raça ou cor e, recentemente, a
alta probabilidade do senado vetar a possibilidade de alunos cursarem duas
faculdades públicas ao mesmo tempo.
Os problemas ligados a esses temas derivam-se da profunda injustiça e elevado
custo social, com prejuízo à qualidade do ensino, que representa a faculdade
pública gratuita.
Isto porque, quando se fala em ensino público superior gratuito, bancado
pelos recursos do Estado, para a formação de futuras elites, está-se
transferindo o pagamento, em última análise, para o contigente majoritário de
menos favorecidos na sociedade.
Em outras palavras, o preço acaba sendo pago, não pelos que usufruem ou
usufruirão do benefício do curso superior, mas por aqueles que não podem cursar
a faculdade, por precisar começar a trabalhar mais cedo ou por quaisquer outras
limitações de ordem sócio-cultural ou psicológica.
Essa injustiça é tão condenável como a discriminação, em termos de raça, ou
condição econômica para ingresso no quadro de alunos ou de professores, sendo
particularmente gritante no Brasil, onde a distribuição de renda continua sendo
uma das piores do mundo.
Por que não podem os próprios alunos beneficiados pagar a conta?
Se dispõem da renda para tanto (como é o caso de muitos) não há porque não
pagar o custo de seus estudos durante o curso.
Para os que não dispõem de renda pessoal ou familiar suficiente, por que não
conceder um empréstimo, para começar a ser pago após o curso em, digamos, 30
anos ou mais, a juros baixos, com parcelas e prazos revistos em função de renda
futura?
Afinal, há empréstimos por 30 anos ou mais e a juros baixos para compra de
imóveis de baixo preço, dentre vários outros.
Se todos os alunos das faculdades públicas pagarem pelo benefício que auferem
na forma sugerida, seriam economizados os vultosos recursos públicos destinados
a manter as faculdades públicas gratuitas.
Conseqüentemente, haveria recursos para: a) melhoria da qualidade de ensino,
inclusive para proporcionar maior empregabilidade aos formandos; b)
investimentos para aumento de número de vagas e para atender a demanda de
candidatos que preencham os requisitos mínimos estabelecidos; c)arcar com os
custos para a concessão do crédito proposto; d) geração de empregos para
melhoria de qualidade de ensino e aumento de vagas.
Empecilhos legais atuais para que se perpetue a injustiça de estudantes de
faculdades, mesmo os ricos, não pagarem pelos seus estudos, devem ser
removidos.
Há vários exemplos de mudanças na legislação, em todos os níveis, para
ajustes a necessidades sociais em transformação. Um exemplo: até 1927, mulheres
não podiam votar no Brasil, conforme a legislação vigente, que foi modificada
para corrigir a distorção.
Certamente, nas buscas por critérios de justiça e pela observância do
princípio constitucional de isonomia, é mais fácil aferir-se renda individual e
familiar do que raça e cor, que também não devem ser objeto de discriminação.
Embraer oferece bolsas de estudo em tecnologia para mulheres
Quem foi Van Gogh? – Vida, arte, obras e influência
Quem foi Marie Curie? – História, trabalhos, representações
Quem é Conceição Evaristo? Conheça este nome da literatura
Quem foi Vladimir Herzog?
Quem foi Cásper Libero?
Edital Enem 2023: confira as informações da prova
Edital do Sisu do segundo semestre 2023/2: confira todas as datas
Estude nas melhores sem sair de casa
As melhores faculdades com ofertas super especiais para você começar a estudar sem sair de casa.