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História

Direitos das Mulheres: entenda como foi a evolução da mulher na Legislação Civil

A imagem apresenta quatro mulheres de costas, unidas pelas mãos erguidas com punho cerrado e com fitas roxas, representando a luta feminina por direitos e igualdade social.

A trajetória dos direitos das mulheres no Brasil é um reflexo da luta incessante pela igualdade e reconhecimento legal. Desde a época colonial até a contemporaneidade, houve avanços significativos. Mas é preciso entendermos melhor o passado, para que ele não se repita certo?

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Neste material, falaremos sobre diversos momentos da luta feminina por direitos no Brasil e a linha temporal de algumas conquistas. Aproveitando, vamos te dar algumas dicas para se conscientizar sobre como manter

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Conquista dos Direitos das Mulheres: Um marco essencial

Existem diversos momentos essenciais e que representam a importância da luta pelos direitos das mulheres e em sua busca por igualdade em relação aos homens na sociedade. Mas há uma que devemos citar em especial.

O marco histórico de 27 de agosto de 1962 é fundamental para compreender a evolução dos direitos das mulheres no Brasil. Nessa data, a Lei n. 4.121/62, também conhecida como “Estatuto da Mulher Casada“, foi promulgada.

Esta legislação foi um divisor de águas, pois revogou a norma do Código Civil de 1916 que classificava a mulher casada como relativamente incapaz. Isso teve um impacto profundo no cenário trabalhista, principalmente por eliminar a necessidade de autorização do marido para que a esposa pudesse trabalhar.

Com a obtenção do direito à inscrição no CPF, as mulheres brasileiras conquistaram um novo patamar de independência, permitindo-lhes trabalhar e empreender sem depender da permissão de seus cônjuges. Essa mudança representou um passo significativo na luta pela igualdade de gênero.

Devemos lembrar que ainda durante o século XIX, a relação entre homens e mulheres era marcada por uma dinâmica de propriedade e submissão. Eram permitidas práticas abusivas como a aplicação de castigos corporais e até o homicídio da esposa em casos de adultério.

Essa realidade, embora pareça distante, ainda ressoa atualmente, como evidenciado pela necessidade da Lei Maria da Penha, voltada especificamente para combater a violência doméstica contra mulheres. Por isso, é essencial seguir na luta e busca por direitos.

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Mas antes de falar do hoje, vamos rebobinar e conferir melhor algumas das importantes conquistas das mulheres na história:

Direito aos estudos

Em 1879, um passo importante foi dado quando as mulheres ganharam o direito de cursar o ensino superior, embora ainda enfrentassem restrições no mercado de trabalho. Nísia Floresta, uma importante figura da época, é lembrada como uma precursora do feminismo no Brasil, autora da obra “Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens” (1832).

A mulher e o mercado de trabalho

O Código Comercial de 1850 marcou um progresso ao permitir que mulheres casadas, com autorização do marido, exercessem a profissão de comerciante. Já o Decreto 181/1890 eliminou o direito do marido de impor castigos corporais à esposa e aos filhos, uma realidade que data de apenas 130 anos atrás.

Por sua vez, o Código Civil de 1916 ainda mantinha a mulher como relativamente incapaz, com o homem como chefe da sociedade conjugal.

A Lei 1.596 de 1917, do Estado de São Paulo, foi pioneira ao proibir o trabalho de mulheres em estabelecimentos industriais durante o último mês de gravidez e no primeiro pós-parto.

O Decreto nº 21.417 de 1932 representou um avanço ao regulamentar o trabalho feminino em ambientes industriais e comerciais, garantindo direitos como descanso pré e pós-parto e períodos para amamentação.

A CLT de 1943 incluiu um capítulo sobre a proteção do trabalho feminino, estabelecendo limites para trabalho extraordinário, noturno e insalubre. Com o Estatuto da Mulher Casada de 1962, a mulher obteve a plena capacidade civil, incluindo a autonomia para trabalhar sem a autorização do marido.


Direito ao voto

O Código Eleitoral de 1932 reconheceu o direito ao voto para mulheres economicamente independentes, e a Constituição de 1934 fortaleceu o princípio da igualdade, proibindo a discriminação de gênero e abolindo o requisito da economia própria para o voto feminino.

As reformas constitucionais de 1967 e 1969 retomaram o princípio da igualdade entre homens e mulheres, garantindo direitos civis e políticos iguais. A Constituição de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, foi um marco, assegurando a igualdade de direitos e deveres entre gêneros e reforçando a proteção à maternidade e à infância.

Assim, a evolução dos direitos das mulheres no Brasil revela um caminho de luta e resistência, com avanços significativos e desafios persistentes na busca pela igualdade de gênero.

Confira na linha do tempo abaixo um resumo de alguns dos marcos nas conquistas de direitos das mulheres na legislação brasileira:

Período Colonial e Império (Até 1889)

  • Submissão e Limitação: Durante o período colonial e imperial, as mulheres estavam subordinadas aos homens, seja o pai ou marido.

  • Restrição de Direitos: Não possuíam direito ao voto, à propriedade ou à educação formal.

Primeira República (1889-1930)

  • Mudança Gradual: A Proclamação da República não alterou significativamente a situação das mulheres.

  • Primeiras Escolas para Mulheres: Surgimento de escolas femininas, mas ainda com forte restrição nos conteúdos.

Era Vargas (1930-1945)

  • Código Civil de 1916: Este código, ainda que na Era Vargas, consolidou a incapacidade civil da mulher casada, submetendo-a ao marido.

  • Conquistas Trabalhistas: A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) de 1943 assegurou direitos trabalhistas às mulheres.

Período Democrático e Ditadura Militar (1945-1985)

  • Constituição de 1946: Primeira a mencionar a igualdade de direitos entre homens e mulheres.

  • Direito ao Voto: Em 1932, as mulheres conquistaram o direito ao voto, efetivado na Constituição de 1946.

  • Estagnação Durante a Ditadura: Poucos avanços significativos na legislação sobre direitos das mulheres.

Redemocratização e Constituição de 1988

  • Grande Avanço: A Constituição de 1988 foi um marco, garantindo igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres.

  • Lei do Divórcio (1977): Antes de 1988, essa lei já representava um avanço, permitindo o divórcio e dando mais autonomia às mulheres.

Avanços Legislativos Pós-1988

  • Lei Maria da Penha (2006): Foco na proteção das mulheres contra a violência doméstica.

  • Lei do Feminicídio (2015): Tipifica o feminicídio como crime hediondo.

Desafios Atuais e Conclusão

  • Desigualdade Persistente: Apesar dos avanços, ainda há desafios como a desigualdade salarial e a violência contra a mulher.
  • Educação e Conscientização: Fundamental para a continuidade da luta pelos direitos das mulheres.

Este é um panorama da evolução dos direitos das mulheres na legislação civil brasileira que revela uma história de lutas e conquistas. Embora muito tenha sido alcançado, a jornada pela igualdade e justiça continua.

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+ Mulheres na Antiguidade: relações sociais e desafios!


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Que medidas tomar para a conquista de mais diretos para as mulheres?

A ilustração apresenta uma mulher usando uma blusa branca com renda com uma fita roxa enrolada no braço flexionada, representando a força da luta feminina por direitos.

A luta pelos direitos das mulheres é uma jornada contínua que requer esforços coletivos e individuais para alcançar uma sociedade mais justa e equitativa.

Apesar dos avanços significativos ao longo dos anos, ainda existem muitas áreas onde as mulheres enfrentam desigualdades e discriminação. A seguir, exploramos medidas essenciais para a promoção de mais direitos para as mulheres:

  1. Educação Igualitária e Inclusiva: Investir na educação é fundamental para empoderar meninas e mulheres, garantindo-lhes acesso a uma formação de qualidade desde a infância. A educação é a base para que elas possam reivindicar seus direitos e oportunidades iguais no futuro.

  2. Eliminação da Violência de Gênero: A violência contra as mulheres, seja física, sexual, psicológica ou econômica, é uma das violações mais persistentes dos direitos humanos. É crucial fortalecer leis como a Lei Maria da Penha, criar mecanismos de proteção efetivos e programas de apoio às vítimas.

  3. Paridade Política: Aumentar a representação feminina em cargos políticos e de liderança é essencial para assegurar que as vozes das mulheres sejam ouvidas nas tomadas de decisão que afetam suas vidas. Políticas que incentivem a participação feminina na política, como cotas eleitorais, são passos importantes.

  4. Equidade no Ambiente de Trabalho: Combater a desigualdade salarial e garantir condições de trabalho justas são essenciais. Políticas de igualdade de remuneração, licença parental compartilhada e medidas contra o assédio sexual no trabalho são fundamentais.

  5. Saúde e Direitos Reprodutivos: Garantir o acesso a serviços de saúde de qualidade e a direitos reprodutivos, incluindo o planejamento familiar e a saúde sexual, é vital. A autonomia sobre o próprio corpo e as decisões reprodutivas é um direito fundamental das mulheres.

  6. Empoderamento Econômico: Promover o acesso das mulheres a oportunidades econômicas, como créditos e empreendimentos, ajuda a reduzir a dependência financeira e impulsiona a igualdade econômica.

  7. Educação e Conscientização sobre Igualdade de Gênero: Programas de educação que abordem questões de gênero e direitos das mulheres desde a escola primária podem transformar percepções e atitudes, promovendo uma sociedade mais igualitária.

  8. Legislação e Políticas Públicas: Fortalecer a legislação que protege os direitos das mulheres e desenvolver políticas públicas que abordem as desigualdades de gênero são essenciais para promover mudanças estruturais.

  9. Participação Social e Movimentos Feministas: Apoiar e engajar-se em movimentos sociais que lutam pelos direitos das mulheres é crucial para manter a questão em destaque na agenda pública e social.

  10. Combate ao Sexismo e Estereótipos de Gênero: Trabalhar para eliminar o sexismo e os estereótipos de gênero em todos os aspectos da sociedade, incluindo na mídia, educação e no local de trabalho, é vital para alcançar a igualdade de gênero.

Por meio dessas medidas, podemos trabalhar juntos para criar uma sociedade onde as mulheres tenham direitos iguais e sejam livres para viver sem discriminação ou violência, contribuindo plenamente para o desenvolvimento social, econômico e político.

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