7 de Setembro: 10 fatos sobre a Independência do Brasil que você precisa saber
O dia 7 de setembro é feriado nacional. Adoramos um feriado pra deixar a semana mais curta, claro, mas é importante lembrar que acontecimento remeteu a esse dia de descanso. No Brasil, a data significa o momento da declaração da Independência do país.
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Data essencial para que o Brasil progredisse e deixasse de ser uma colônia de Portugal e fosse se tornando o grande país que é hoje. Venha conhecer alguns fatos importantes sobre esta data que, inclusive, aparece com frequência nos vestibulares!
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Que fatos você não pode esquecer sobre o dia da Independência?
1. Data da Independência
Com a ajuda do feriado fica fácil, mas já vimos muita gente confundir a data com outros acontecimentos históricos, como a Proclamação da República (15 de novembro de 1899) e até o Dia do Descobrimento (22 de abril de 1500).
Por isso, vale sempre ressaltar: a Independência do Brasil foi proclamada em 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, por Dom Pedro I, que se tornou o primeiro imperador do país.
2. Dom Pedro I
Dom Pedro I desempenhou um papel fundamental na independência brasileira. Ele era o filho de Dom João VI de Portugal e, inicialmente, era regente do Brasil em nome de seu pai.
Em 1820, Portugal enfrentava problemas políticos e econômicos, e uma revolução liberal eclodiu no país. As cortes liberais de Portugal começaram a pressionar por medidas que limitassem a autonomia do Brasil e restringissem seus privilégios. Neste cenário, em 1821, Dom João VI retornou para Portugal.
Em face dessas pressões e da percepção de que Portugal estava tentando recolonizar o Brasil, Dom Pedro I tomou uma decisão decisiva, e no dia 9 de janeiro de 1822, conhecido como Dia do Fico, declarou que permaneceria no Brasil, se recusando a retornar para Portugal.
Em 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga em São Paulo, ele proclamou a independência do Brasil, rompendo com Portugal.
3. Causas Econômicas
A Independência do Brasil foi fortemente influenciada por questões econômicas. Durante o período colonial, Portugal explorava economicamente o Brasil, principalmente por meio da extração de recursos naturais valiosos, como ouro, prata e diamantes. Essa exploração era altamente lucrativa para Portugal, mas pouco beneficiava o Brasil.
Além disso, Portugal estabeleceu um sistema de monopólio que restringia o comércio do Brasil com outras nações. Esse sistema garantia que a maioria do comércio fosse direcionada para Portugal, limitando as oportunidades econômicas do Brasil.
Os altos impostos também eram uma questão central. O Brasil colonial enfrentava uma carga tributária pesada, incluindo o “quinto” (20% da produção de ouro e diamantes) e outros tributos, que eram usados para financiar as despesas da Coroa Portuguesa.
Portugal proibia o desenvolvimento industrial no Brasil colonial, incentivando o país a permanecer predominantemente agrário e exportador de matérias-primas em vez de investir em manufaturas e desenvolvimento tecnológico.
No início do século XIX, Portugal estava em dificuldades econômicas devido às Guerras Napoleônicas e aumentou a exploração do Brasil para resolver seus problemas financeiros. Isso causou tensões crescentes entre a colônia e a metrópole.
As elites brasileiras, influenciadas por ideias iluministas e liberais, começaram a perceber que a independência poderia criar oportunidades econômicas para elas, permitindo-lhes controlar a economia e o comércio do Brasil em seu próprio benefício. A população também estava descontente com a exploração econômica, resultando em revoltas e protestos contra os altos impostos e a opressão econômica.
4. Influência das Ideias Iluministas
A influência das ideias iluministas desempenhou um papel significativo na Independência do Brasil. O Iluminismo foi um movimento intelectual que promoveu valores como razão, liberdade, igualdade e justiça. Essas ideias impactaram os pensadores e líderes envolvidos na independência brasileira.
O Iluminismo enfatizava a liberdade individual e a autonomia política, princípios que ressoaram entre as elites brasileiras insatisfeitas com o controle exercido pela Coroa Portuguesa sobre o Brasil. Eles viam a independência como uma oportunidade de se libertar das restrições impostas por Portugal.
Além disso, o Iluminismo promovia a igualdade perante a lei e a justiça, inspirando a ideia de que o Brasil deveria ser governado de maneira mais justa e igualitária.
Filósofos iluministas como Montesquieu e Rousseau influenciaram a concepção política da independência brasileira. Montesquieu defendia a separação de poderes, o que influenciou a estruturação do governo imperial brasileiro.
Rousseau enfatizava o contrato social e a vontade do povo como base legítima do governo, ideias que também ressoaram entre os líderes independentistas.
As ideias iluministas eram disseminadas por meio de livros, panfletos e correspondência, fornecendo argumentos e justificativas para a busca da independência.
A independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa serviram de modelo para muitos movimentos de independência em todo o mundo, incluindo o Brasil, impactando profundamente as discussões políticas e sociais da época.
Em resumo, as ideias iluministas, com sua ênfase na liberdade, igualdade e autonomia política, tiveram um papel fundamental na formação da ideologia que impulsionou a luta pela independência do Brasil.
5. O “Grito do Ipiranga”
O famoso “Grito do Ipiranga” é um evento simbólico que marca a independência. Segundo a história oficial, Dom Pedro I teria proclamado a independência às margens desse rio.
O grito é um dos momentos mais emblemáticos da história da Independência do Brasil. O evento ocorreu às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, quando Dom Pedro I proclamou a independência do Brasil em relação a Portugal.
Embora essa cena tenha se tornado um símbolo da independência, é importante entender o contexto e os detalhes desse momento histórico:
Dom Pedro I, originalmente o príncipe regente do Brasil em nome de seu pai, Dom João VI de Portugal, estava enfrentando crescentes tensões políticas e econômicas com Portugal.
A Coroa Portuguesa estava pressionando por mais controle sobre o Brasil, aumentando os impostos e restringindo a autonomia da colônia. As elites brasileiras e diversos setores da sociedade estavam insatisfeitos com essa situação e buscavam maior autonomia.
Nesse contexto, Dom Pedro I estava em uma viagem pelo interior de São Paulo quando recebeu notícias alarmantes sobre a situação política em Portugal. A Coroa Portuguesa estava tomando medidas que ameaçavam ainda mais a autonomia do Brasil.
Com o apoio das elites locais e influenciado pelas ideias iluministas de liberdade e autonomia, Dom Pedro I tomou a decisão de proclamar a independência do Brasil.
O momento específico do “Grito do Ipiranga” é frequentemente romantizado na história. A história oficial diz que, ao longo das margens do rio Ipiranga, Dom Pedro I teria proclamado “Independência ou Morte!” como um ato simbólico de ruptura com Portugal. No entanto, os registros históricos são vagos sobre as palavras exatas proferidas na ocasião.
O que é inegável é que o “Grito do Ipiranga” marcou o início da luta pela independência do Brasil. Depois desse evento, Dom Pedro I assumiu um papel de liderança na guerra contra as forças portuguesas leais à Coroa e nas negociações diplomáticas para o reconhecimento internacional da independência.
O “Grito do Ipiranga” é lembrado como um momento de coragem e determinação de Dom Pedro I, que se tornou o primeiro imperador do Brasil após a independência. Ele permanece como um símbolo poderoso da história do Brasil e de sua busca por autonomia e liberdade em relação a Portugal.
6. Reconhecimento Internacional
Após a proclamação da independência em 1822, o Brasil buscou o reconhecimento de sua independência por parte de outras nações, o que foi essencial para seu estabelecimento como Estado independente.
Os Estados Unidos foram um dos primeiros países a reconhecer a independência do Brasil. O governo dos Estados Unidos reconheceu a independência em 1824, refletindo sua política de apoio a movimentos de independência em todo o continente americano e seus interesses comerciais na região.
O reconhecimento por parte de Portugal demorou um pouco mais e só ocorreu em 1825, por meio do Tratado de Paz, Amizade e Aliança entre Brasil e Portugal. Esse tratado pôs fim oficialmente às hostilidades entre as duas nações e estabeleceu relações diplomáticas entre elas.
Outras nações europeias, como Reino Unido e França, também reconheceram a independência do Brasil em um período relativamente curto de tempo. O Reino Unido reconheceu a independência em 1824, e a França em 1825.
O reconhecimento internacional era crucial para o Brasil por várias razões. Em primeiro lugar, ele legitimou o status de nação independente do Brasil perante o mundo, o que era importante para sua integração na comunidade internacional.
Além disso, o reconhecimento permitiu a assinatura de tratados comerciais e acordos diplomáticos com outras nações, o que era fundamental para o desenvolvimento econômico e político do país.
A independência do Brasil e seu subsequente reconhecimento internacional também tiveram um impacto significativo nas relações entre as nações americanas. O Brasil foi o primeiro país a conquistar sua independência na América do Sul após a onda de movimentos de independência nas Américas.
Isso influenciou outros países da região a seguir o exemplo e buscar sua própria independência das potências coloniais europeias.
7. Fim do Período Colonial
O fim do período colonial no Brasil é um marco significativo na história do país, marcando o início de uma nova era de independência e autonomia em relação a Portugal. Esse período pode ser dividido em vários estágios e eventos importantes que culminaram na Independência do Brasil.
Inicialmente, o Brasil foi colonizado por Portugal a partir do ano de 1500, quando Pedro Álvares Cabral chegou às costas brasileiras. Durante mais de três séculos, o país foi explorado economicamente por Portugal, que se beneficiava da riqueza do Brasil, especialmente da extração de recursos naturais como ouro, prata, açúcar e minerais preciosos.
No século XVIII, o ciclo do ouro em Minas Gerais e outras regiões do Brasil trouxe grande prosperidade econômica, mas também aumentou as tensões entre a colônia e a metrópole devido à intensificação da exploração e à imposição de impostos cada vez mais pesados.
A Revolução Industrial na Europa também teve um impacto sobre o Brasil, com a metrópole portuguesa tentando manter o país como uma economia agrária e exportadora de matérias-primas, em vez de permitir o desenvolvimento de indústrias locais.
Em 1807, as Guerras Napoleônicas atingiram Portugal, levando à transferência da corte portuguesa para o Brasil, no que ficou conhecido como o episódio da “fuga da família real”. Isso teve um papel importante na aproximação entre a colônia e a metrópole, pois o Brasil passou a desempenhar um papel central no Império Português.
No entanto, essa mudança também gerou tensões, à medida que a corte portuguesa impôs medidas e restrições que desagradaram as elites e a população brasileira. Isso culminou na proclamação da independência do Brasil em 1822 por Dom Pedro I, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo.
Após a independência, Portugal só reconheceu oficialmente a independência do Brasil em 1825, por meio do Tratado de Paz, Amizade e Aliança, como comentamos no fato anterior. Esse tratado encerrou oficialmente o período colonial e estabeleceu relações diplomáticas entre os dois países.
8. Guerras de Independência
As Guerras da Independência do Brasil foram uma série de conflitos armados que ocorreram entre 1822 e 1824, marcando a luta do país pela independência de Portugal. Essas guerras foram uma parte fundamental do processo de independência e envolveram uma série de batalhas e confrontos em diferentes regiões do Brasil.
Um dos principais cenários de conflito foi o nordeste do Brasil, onde as tropas portuguesas eram fortes e houve uma resistência significativa à independência. Em 1822, a Província da Bahia tornou-se um importante centro de resistência, com as forças brasileiras lutando contra as forças portuguesas pelo controle da região.
A Guerra da Independência também se estendeu para a região norte, onde ocorreram batalhas e confrontos entre as forças brasileiras e portuguesas no Pará e no Maranhão.
Uma das batalhas mais conhecidas da Guerra da Independência foi a Batalha do Jenipapo, ocorrida em 1823 no Piauí. Nessa batalha, os brasileiros enfrentaram as tropas portuguesas em uma luta feroz pela independência. A vitória dos brasileiros nesse conflito foi um marco importante na consolidação da independência na região nordeste.
Em São Paulo, a Guerra da Independência também teve seus conflitos. Embora a proclamação da independência tenha ocorrido em São Paulo com o famoso “Grito do Ipiranga”, houve resistência em algumas áreas, e as forças brasileiras enfrentaram desafios para consolidar o controle.
Vale ressaltar que essas guerras não foram uniformes em todo o país. Em algumas regiões, a independência foi mais pacífica e a aceitação da nova ordem foi mais rápida, enquanto em outras houve resistência e conflitos prolongados.
9. Consolidação da Independência
A consolidação da independência do Brasil foi um processo complexo que se estendeu ao longo das décadas seguintes à proclamação da independência em 1822. Após declarar a separação de Portugal, o Brasil teve que enfrentar vários desafios para estabelecer e fortalecer sua posição como uma nação independente e soberana.
Uma das questões mais prementes era a legitimidade do novo governo. O país passou de um regime colonial controlado por Portugal para um império, com Dom Pedro I se tornando o primeiro imperador do Brasil. A criação de uma nova ordem política e administrativa foi fundamental para consolidar a independência.
O reconhecimento internacional também desempenhou um papel crucial. O reconhecimento por outras nações, como os Estados Unidos e o Reino Unido, também foi importante para estabelecer o Brasil como uma nação soberana.
A Guerra da Cisplatina (1825-1828) representou um desafio significativo para a consolidação da independência. A Cisplatina (atual Uruguai) buscou sua própria independência do Brasil durante esse conflito. Embora tenha resultado em um desfecho favorável para o Brasil, a guerra demonstrou a complexidade das relações internacionais na América do Sul naquela época.
Outro desafio foi a instabilidade política e social que marcou os primeiros anos do Império do Brasil. Houve conflitos internos, rebeliões provinciais e debates sobre a estrutura do governo imperial. Em 1831, Dom Pedro I abdicou do trono brasileiro em favor de seu filho, Dom Pedro II, o que trouxe uma transição política.
A estabilidade política e a consolidação do poder imperial foram gradualmente alcançadas sob o governo de Dom Pedro II, que ascendeu ao trono quando era ainda criança e reinou durante um longo período de estabilidade (1840-1889).
Seu governo viu o fortalecimento das instituições imperiais, o desenvolvimento econômico do país e a expansão territorial por meio de guerras como a Guerra do Paraguai.
Ao longo do século XIX, o Brasil consolidou sua independência, estabeleceu um sistema político estável e desenvolveu uma identidade nacional. A abolição da escravidão em 1888 e a proclamação da República em 1889 foram marcos posteriores que moldaram a trajetória do país como uma nação independente e multicultural.
10. Papel das Mulheres na Independência
O papel das mulheres no processo de independência do Brasil foi multifacetado e impactante, embora muitas vezes tenha sido subestimado ou até esquecido na narrativa histórica. Elas desempenharam diversas funções e tiveram influências significativas ao longo desse período de transformação.
Primeiramente, muitas mulheres das elites brasileiras apoiaram ativamente a causa da independência e participaram de movimentos políticos e sociais que promoviam a separação de Portugal.
Elas usaram sua influência nos salões e nas redes sociais da época para disseminar ideias pró-independência e organizar eventos patrióticos. Seus esforços foram fundamentais para criar um ambiente propício à aceitação da independência por parte da sociedade.
No campo da literatura, as mulheres também contribuíram significativamente para a promoção da independência. Poetisas e escritoras, como Maria Firmina dos Reis e Marília de Dirceu (pseudônimo de Tomásia Gonzaga), produziram poemas e textos que celebravam a independência e a identidade nacional brasileira. Seus trabalhos ajudaram a moldar a narrativa da independência e a fortalecer o sentimento de brasilidade.
Houve também mulheres que desempenharam papéis mais práticos e diretos na luta pela independência. Maria Quitéria é um exemplo notável.
Ela se disfarçou de homem para se alistar no exército brasileiro e lutou nas fileiras brasileiras durante as guerras de independência. Sua coragem e determinação destacam o papel ativo que algumas mulheres desempenharam no campo de batalha.
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