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Notícias

Mesmo na escola, 76% são analfabetos

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Em 10 anos, a educação avançou. O Brasil conseguiu matricular na escola

quase 100% das suas crianças de 7 a 14 anos, melhorando o acesso ao

ensino fundamental. A universalização do ensino é uma realidade, mas

ainda são muitos os desafios para assegurar a todos os brasileirinhos o

direito de aprender a ler e escrever.

A Síntese de Indicadores Sociais

2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

divulgada no último dia 24, mostra que, como o País, a Paraíba ainda se

vê diante de uma grande batalha: vencer o analfabetismo, manter o aluno

na escola e melhorar a qualidade do ensino. Segundo a nova pesquisa, o

Estado ainda tem 85 mil crianças em idade escolar que não sabem ler e

escrever.

Mas o que os números mostram de mais preocupante é que 65 mil

das não alfabetizadas (76%) estão matriculadas, o que mostra que estar

na escola não é garantia de aprendizado. Segundo a Síntese 2008 do

IBGE, que analisou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

2007 (Pnad), a Paraíba tem 565 mil crianças e adolescentes entre 7 e 14

anos.

Desses, 96,5% estão matriculados na escola (545 mil) e quase 20

mil (3,5%) ainda encontram-se fora das salas de aula e excluídas do

direito à educação. Para especialistas e consultores da área, não basta

garantir o acesso à escola, mas assegurar o aprendizado. Apesar de ter

96,5% das suas crianças matriculadas, o Estado possui a 5ª menor taxa

de freqüência escolar do País.

Além disso, é grande o número de

crianças que chegam à 4ª série sem saber ler e escrever. Segundo a

pesquisa, a taxa de aprovação média na Paraíba para esta série (Prova

Brasil e Saeb) é 76,5%, ou a 4ª pior do País. O estudo mostra ainda que

os piores indicadores educacionais e sociais estão no Nordeste. Atraso

atinge 48,8% dos alunos.

Os últimos dados do Edudata Brasil, do Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de

2006, também comprovam o fracasso escolar: 48,8% das crianças e

adolescentes matriculados no ensino fundamental da rede pública da

Paraíba estudam na série inadequada para sua idade. A taxa distorção

idade/série do Estado supera as médias do País (31,2) e do Nordeste

(44,7). Mas em 1999, era pior.

O Estado tinha um índice de 69,3 e o

Brasil de 47,4. São paraibanos como Rafael Mendes da Silva, que tem 10

anos e está na 2ª série do ensino fundamental. Às vezes, me atrapalho

um pouco com as letras, revelou. Apesar de estar atrasado na escola, a

mãe do garoto, a agricultora Neide Maria da Conceição, que mora na zona

rural de Campina Grande, disse que Rafael e os outros três filhos

pequenos estão tendo a oportunidade que ela não teve, porque foi

obrigada a trocar o lápis pela enxada.

Melhorar a educação é

responsabilidade de todos? Para o pedagogo e um dos redatores do

Estatuto da Criança e do Adolescente, Antônio Carlos Gomes da Costa,

melhorar a educação de milhares de crianças em todo o País é uma

responsabilidade de todos. O pacto Todos pela Educação, movimento da

sociedade civil e de empresas em torno de cinco metas para a melhoria

da qualidade educacional no Brasil, até 2022, reforça que assegurar a

aprendizagem das crianças é um compromisso coletivo. As parcerias para

o desenvolvimento social estão entre os oito Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio, que devem ser atingidos pelo Brasil até

2015, para melhorar as condições de vida no mundo.

Temos que percorrer

o caminho entre a escola que temos e a que queremos. Pois, falta a

escola ideal. Cada aluno tem sua luz própria e a função da escola é

fazer com que essa luz brilhe. Se formos capazes de formar pessoas

autônomas, cidadãos solidários e profissionais competentes, daremos

certo, afirmou o pedagogo Antônio Carlos da Costa. Para ele, somente

através da educação será possível fazer com que crianças rompam o ciclo

de pobreza, pois é o eixo de maior transformação social. O educador

disse que iniciativas de empresas privadas como o Programa Escola

Ideal, desenvolvido pelo Instituto Camargo Corrêa em parceria com o

Instituto Alpargatas, em sete municípios da Paraíba, é o caminho para

que isso aconteça.

A Educação sozinha não resolve nenhum grande

problema. Mas nenhum problema pode ser revolvido sem a Educação. Para

haver uma mudança social e econômica no País, é preciso haver uma ação

simultânea, uma “sinergia” entre os diversos setores da sociedade, o

poder público, que é o 1º setor, o segmento empresarial, que é o 2º e

as organizações sociais sem fins lucrativos, consideradas o 3º setor.

Sem essa interação, o Brasil não vai achar o seu caminho, ensinou.

Para

Antônio Carlos, contribuir para a melhoria da educação pública é

assumir um compromisso as novas gerações de brasileiros. Segundo ele,

só através da educação será possível fazer com que crianças e

adolescentes possam romper o ciclo de pobreza e conseguir a ascensão

social. E a Escola Ideal é o caminho para que isso aconteça,

sentenciou. Unicef: 57,1% das crianças de 0 a 6 anos estão fora da

escolaPara o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o País

precisa melhorar a cobertura de creche e o acesso de crianças a esses

estabelecimentos de ensino. O Relatório Situação Mundial da Infância

2008, do Unicef, no Caderno Brasil, revela que 57,1% das crianças, de 0

a 6 anos, no Estado ainda estão fora da Pré-escola. Isto significa que

cerca de 237,8 mil meninos e meninas nesta faixa etária não têm

assegurado o direito a uma vaga na Educação Infantil e podem ter o seu

desenvolvimento comprometido.

A pesquisa, mostra ainda que a Paraíba é

o 9º Estado do País com maior percentual de crianças fora da Pré-Escola

(57,1% ou 237,8 mil). De acordo com o estudo, no Estado, apenas 42,90%

das crianças nesta faixa de idade (178,7 mil) estão matriculadas na

Pré-Escola. O relatório revela, ainda, que a maioria das crianças

paraibanas, de 0 a 6 anos, vive em famílias, cujos pais têm baixa

escolaridade. De acordo com o estudo, a Paraíba é o 3º Estado do Brasil

com maior percentual de crianças cujo pai tem menos de quatro anos de

estudo (47,43%), ficando atrás somente do Piauí (com 51,00%) e do Acre

(48,01%). Em relação ao grau de instrução da mãe, a Paraíba ocupa o 4º

lugar no ranking do País com maior percentual de crianças com mães que

possuem escolaridade precária (28,92%). Segundo a pesquisa do Unicef, a

Paraíba possui apenas 510 creches, das quais 436 em área urbana e

somente 74 na zona rural.

O relatório mostra, ainda, que o Estado

dispõe de 5.201 estabelecimentos de pré-escola, sendo 1.874 urbanos e

3.327 rurais. De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica

Aplicada (Ipea), realizada no Brasil, em 2000, uma criança que

freqüenta pelo menos dois anos de creche ou pré-escola, quando adulta,

terá seu poder de compra aumentando em 18%. O relatório do Unicef

mostra também que fazer com que a criança inicie os estudos a partir

dos quatro anos pode fazer uma diferença na melhoria das chances de se

atingir um nível maior de escolaridade, de reduzir a repetência e de se

ter uma maior renda no futuro.

Os seis primeiros anos de vida são

fundamentais para o desenvolvimento integral do ser humano. É na

primeira infância que a criança desenvolve grande parte do potencial

mental que terá quando adulto?, aponta o relatório. Comprometimento é

o segredo?

Professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Doutor

José Novais, em João Pessoa, concordam que para melhorar a educação

pública, é preciso um esforço coletivo. Segundo o diretor adjunto,

Fernando Menezes, a escola tem 401 alunos matriculados e teve o 2º

melhor desempenho da Paraíba no Índice de Desenvolvimento da Educação

Básica – Ideb (5,9). O diferencial, segundo ele, é justamente o

comprometimento de todos com a educação. É preciso o engajamento de

todos: professores, alunos, pais, funcionários, técnicos e comunidade.

Todos os nossos professores têm curso superior, temos biblioteca,

laboratório de informática e abrimos a escola no sábado, para

desenvolvermos o programa da Prefeitura Ciranda Curricular, que oferece

vários cursos para a comunidade e os alunos, observou Fernando

Menezes. Fernando disse que alunos e professores do curso de Psicologia

do Centro Universitário de João Pessoa – Unipê (instituição privada da Capital),

onde ele ensina, também desenvolvem um projeto na escola (Cuidando de

Criança), para estimular a leitura entre os alunos. Para Menezes,

freqüentar uma creche é essencial para o desenvolvimento das

habilidades básicas da criança, como percepção e coordenação motora. Esta semana, já li 10 livros de estorinhas.

O que mais gosto na minha

escola são os livros e a biblioteca, revelou o garoto Carlos Eduardo

dos Santos Martins Júnior, 8 anos, que cursa a 1ª série (2º ano) e já

está alfabetizado. A sua colega, Gabriele Ketily Ferreira de Souza, 7

anos, também está na 1ª série da Escola José Novais e revelou que ler é

o que mais gosta de fazer. Quando crescer, vou ser médica, para passar

remédio e cuidar das pessoas, afirmou. Estudo tem influência na rendaA

renda familiar interfere diretamente na inclusão da criança na escola.

De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais – Uma Análise das

Condições de Vida da População Brasileira 2008, do IBGE, 72,8% das

crianças paraibanas, de 7 a 14 anos, moram em domicílios, cujas

famílias têm rendimento mensal per capita de até meio salário mínimo,

ou R$ 207 (considerando o salário de R$ 415). Mas destas, 37,4% vivem

abaixo da linha de pobreza, com pais que ganham até 1/4 do salário

mínimo (R$ 103). Estes números colocam a Paraíba em 2º lugar no ranking

nacional como o Estado do País com maior percentual de crianças filhas

de famílias pobres.A menina Andriele Vitória de Sousa, 6 anos, mora na

comunidade do S, no bairro do Roger, em João Pessoa e está matriculada

na alfabetização. A mãe da garota, a jovem Márcia Lúcia Machado, 24

anos, revelou que parou de estudar na 4ª série do ensino fundamental,

quando engravidou, aos 17 anos.

Depois de Andriele, vieram mais dois

filhos. Meu marido morreu. Moro com minha mãe, seis irmãos, cunhada e

sobrinhos. Minha mãe recebe uma pensão de um salário mínimo para

sustentar 14 pessoas, revela, reclamando da falta de saneamento e

infra-estrutura do local. Trabalho InfantilSegundo a Síntese de

Indicadores Sociais 2008 do IBGE, 105 mil crianças e adolescentes

paraibanos, de 5 a 17 anos, trabalham informalmente na Paraíba, o que

também prejudica o desenvolvimento deles e o aprendizado escolar.

Projeto quer alcançar 90 mil na PBNo jogo de futebol, cada jogador tem

a sua função e todos jogam unidos para garantir o sucesso do grande

time. No programa Escola Ideal, a idéia é a mesma. Todos colaboram para

a melhoria da educação.

O projeto foi lançado na Paraíba em março deste

ano e o objetivo é contribuir para melhorar a aprendizagem de 90 mil

crianças em 390 escolas públicas de sete municípios do Estado: Campina

Grande, Alagoa Nova, Araruna, Guarabira, Ingá, Mogeiro e Serra Redonda.

Desenvolvido pelo Instituto Camargo Corrêa (ICC), o programa já está

desenvolvendo ações em parceria com o Instituto Alpargatas (IA).

O

primeiro passo do projeto foi conhecer a realidade das escolas, com

base em um instrumento criado especialmente para o programa, os

Indicadores de Gestão para Escola Ideal. Este instrumento avaliou os

pontos fortes e os principais desafios da educação básica nesses

municípios. Professores, diretores, funcionários, pais, alunos,

gestores municipais e as equipes do ICC e do IA participaram da

avaliação e elaboraram um diagnóstico, com vários indicadores

educacionais.Segundo a coordenadora do Escola Ideal, Maria Eugênia

Franco, cada escola da Paraíba preencheu um questionário, dividido em

seis dimensões: profissionais da educação; condições de ensino;

políticas e práticas pedagógicas; desempenho escolar; ambiente

educativo e gestão escolar.

O instrumento ajuda a escola a olhar não

só para seus aspectos negativos, mas também positivos. Além de ser uma

auto-avaliação, é um instrumento de reflexão, explicou, acrescentando

que o diagnóstico será reaplicado periodicamente nas escolas para

identificar os avanços. Essa radiografia envolveu 1.020 pessoas em

todas as escolas e traçou um perfil dos estabelecimentos de ensino, com

as necessidades e as potencialidades de cada um. Os resultados do

diagnóstico e os indicadores de cada escola não foram divulgados. Com

exceção de Campina Grande, segunda maior cidade do Estado, com

importante parque tecnológico e universidade, os outros seis municípios

que participam do Escola Ideal têm baixos índices de desenvolvimento

humano (IDH), indicador das Nações Unidas que afere a qualidade de vida

da população.

Programa ganha mais voluntáriosO programa Escola Ideal

ganha cada vez mais a adesão do voluntariado e de empresários

paraibanos. Funcionários voluntários da Alpargatas e seus familiares se

uniram a professores, alunos, pais, empresários, representantes do

poder público e da sociedade civil reformar escolas públicas e melhorar

a Educação Básica, nos sete municípios da Paraíba.

É o projeto Juntos

pela Escola Ideal, que irá reformar 22 escolas paraibanas, até o final

deste ano, para fazer com que crianças sejam educadas num ambiente mais

agradável e feliz. A idéia é reformar as escolas nos finais de semana,

através de mutirões de voluntários.A melhoria na infra-estrutura foi a

segunda maior necessidade apontada pelas 305 escolas no diagnóstico que

fundamenta as ações do Programa Escola Ideal, feito de acordo com as

necessidades de cada estabelecimento. As condições de ensino, segundo

os relatórios analíticos das escolas, é um dos aspectos que mais

fragiliza o sistema educacional.

Foi aí que surgiu a idéia de unir

dois programas do Instituto, o Ideal Voluntário e o Escola Ideal e

criar o projeto Juntos pela Escola Ideal, para realizar mutirões.

Identificamos que os funcionários das fábricas eram pessoas chaves

nesse processo, explicou a analista de Projetos do Instituto Camargo

Corrêa, Paula Freitas.Mas para as crianças, como seria uma escola

ideal Para Adriana da Silva Felismino (11 anos, 3ª série do ensino

fundamental) e Ednalda Elen Vidal da Silva (11, 4ª série), a escola

ideal tem que ter biblioteca, quadra de esporte e local para brincar. Ela precisa ser boa e limpa, afirmou Adriana. Tem que ser

organizada, acrescentou Ednalda. De mãos dadas, elas participaram do

mutirão realizado na Escola Municipal Antônio José Rodrigues, zona

rural de Campina Grande, onde estudam. Antes dos mutirões, uma equipe

de voluntários do Grupo Camargo Corrêa entrou em campo e visitou as

escolas para avaliar o que precisava ser feito e quais os materiais que

deveriam ser usados.

Queríamos entender como eles vivem e perguntar

para os alunos e professores quais as cores que queriam para sua

escola. Todo mundo ajudou. Então, isso vai ficar para a história. Os

alunos vão cuidar mais da escola a partir de agora, vão preservar e

zelar mais, porque ajudaram a reformar o ambiente onde estudam,

observou a arquiteta voluntária da E&C, Mariana Pietsch.Quando a

gente luta pelo que quer e tem gente querendo ajudar, é uma comunhão

perfeita.

O sonho se realiza?, revelou a professora Eliane Bento da

Silva, diretora do Grupo Escolar Frei Benjamim, localizado no Sítio

Caiana dos Matias, no município de Serra Redonda. Localizada numa área

recentemente reconhecida como remanescente de quilombo. Estudantes

apontam prioridadesO diretor executivo do Instituto Camargo Corrêa,

Francisco de Assis Azevedo, concorda com a professora Eliane e

acrescenta: ?É um projeto que parte de um diagnóstico, envolvendo todos

os diretores das escolas. Eles são quem definem o que é para eles uma

escola ideal.

Eles definem as prioridades e, a partir daí, a gente

começa a trabalhar com eles a busca de soluções para aqueles problemas

que devemos enfrentar para termos uma escola ideal. Este projeto é um

exercício de cidadania, porque os alunos e professores estão

construindo o espaço deles. Ele fortalece vínculos de pessoas ligadas à

comunidade escolar. E isto é muito mais importante do que a própria

reforma das escolas?, afirma. O diretor executivo do Instituto

Alpargatas, Berivaldo Araújo, explicou que o objetivo do programa é

contribuir para o aprimoramento da gestão das escolas públicas, em

municípios onde o grupo Camargo Correia está presente, que é

proporcionar a melhoria da qualidade do ensino.

O trabalho visa

integrar desde a merendeira e o vigilante até gestora. Será uma

intervenção junto ao poder público, somado a toda conquista que a

prefeitura e secretaria municipal já fazem, concluiu. ?É preciso um

esforço coletivo?Para o secretário Estadual de Educação, Neroaldo

Pontes, nos últimos 10 anos, houve avanços na área, mas não o ideal.

Segundo ele, é preciso um esforço coletivo para melhorar a educação

pública e chegarmos à escola ideal. Para isso, programas estão sendo

realizados, investimentos sendo feitos e parcerias firmadas com

empresas e instituições.

Precisamos unir esforços, poder público,

iniciativa privada e sociedade civil organizada para atingirmos as

metas, pois a educação repercute em todas as áreas, saúde, segurança,

emprego e renda. É preciso que a criança até 8 anos, no máximo, já

esteja alfabetizada. Tem sido feito muito, mas é necessário um esforço

maior de toda a sociedade?, afirmou. Mais obstáculos na zona

ruralCrianças que vivem no campo enfrentam mais obstáculos para

aprender, começando pela infra-estrutura das escolas, onde faltam itens

básicos como água encanada e energia elétrica. No Grupo Escolar Frei

Benjamim, em Serra Redonda, localizado no Sítio Caiana dos Matias, área

remanescente de quilombo, as crianças começarão a aprender mais sobre a

sua história.

Vamos resgatar a história e a cultura da comunidade e

disseminar isto nas escolas. Com esforço coletivo, vamos conseguir

melhorar a educação das nossas crianças?, afirmou a professora Eliane

Bento.Segundo o Unicef (relatório ?Situação da Infância e Adolescência

Brasileiras?, que analisa dados de 2002 do IBGE), os jovens negros têm

duas vezes mais chances de serem pobres do que os brancos e crianças do

Nordeste têm 16 vezes mais chances de não aprender a ler e escrever.

O

relatório ?Situação Mundial da Infância 2005?, do Unicef, revela que

uma criança filha de mãe sem instrução ou com menos de um ano de estudo

tem seis vezes mais risco de ser pobre do que crianças, filhas de mães

com 11 anos ou mais de estudo. ?Escola é segunda casa da criança?No

Grupo Escolar Frei Benjamim, localizado no Sítio Caiana dos Matias,

município de Serra Redonda, 50 alunos estão matriculados.

Os desafios

para quem mora nesse lugar são maiores, porque os obstáculos começam

pela dificuldade de acesso. A estrada é ruim e quando chove, os carros

não conseguem passar.?A escola é a segunda casa da criança. Se ela

estiver limpa e bonita, os alunos vão se sentir melhor. Depois da

reforma, os alunos viram uma descarga pela primeira vez, porque em

casa, não têm. Eles vão cuidar com carinho da escola?, concluiu Eliane.

Henriqueta Santiago

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