Particulares apostam em qualidade de ensino para garantir turmas de jornalismo
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Faculdades particulares como PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo), Mackenzie e Cásper Líbero apostam em ensino de qualidade
para garantir a procura dos vestibulandos por seus cursos de
jornalismo.
Em grandes universidades como USP, Unesp (Universidade Estadual Paulista) e UFPR (Universidade Federal do Paraná), a busca pelo curso de jornalismo caiu.
A alteração pode estar vinculada à decisão do Supremo Tribunal Federal
de acabar com a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão,
dizem professores das universidades públicas.
Para o coordenador do curso de jornalismo da PUC-SP, Urbano Nobre
Nojosa, o diferencial da faculdade é o perfil de seus alunos. De acordo
com ele, ao menos 30% dos estudantes da PUC-SP cursam, ao mesmo tempo,
outra graduação.
– Nossos alunos são mais focados, centrados. Nós já tivemos muitos
trabalhos de conclusão de curso premiados e fomos classificados em
quinto lugar no ranking de melhores universidades do Guia do Estudante.
Por isso, não esperamos uma queda na procura pelo curso de jornalismo.
A faculdade Cásper Líbero também não acredita que diminua a procura
pelo seu curso que, segundo o coordenador Carlos Costa, foi criado 20
anos antes de haver diploma para jornalistas. Para ele, com o fim da
obrigatoriedade do diploma, só as boas faculdades conseguirão manter
seus cursos.
– Houve um estouro do curso de jornalismo. Não há demanda para a
quantidade de escolas que são abertas. Muitas não estão preocupadas em
formar o profissional.
Na Universidade Metodista, assim como na PUC-SP e na Cásper Líbero, as
inscrições para o vestibular 2010 ainda estão abertas. Mesmo assim, o
coordenador de jornalismo da universidade, Rodolfo Martino, acredita
que a concorrência no curso não vai diminuir.
– A faculdade vai continuar sendo a porta de entrada de jornalistas por
um bom tempo. Teve muitas mudanças na carreira e nos cursos de
graduação nos últimos cinco anos. Uma delas é que ninguém esperava que
a internet fosse ter o peso que tem hoje no jornalismo.
Todos os professores têm duas certezas. Uma é que fazer uma faculdade é
essencial para quem quer se tornar jornalista. Outra é que não basta
ter diploma. O curso precisa ter qualidade. Neste aspecto, Matino, da
Metodista, é categórico:
– Acho que, com a queda do diploma, temos que pensar é no tipo de curso
e de profissional que queremos formar, mais do que se vai haver queda
na procura pelos cursos de jornalismo.
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