ProUni pode ser prejudicado
A alteração nas datas do Enem pode afetar o
calendário do ProUni, programa do governo federal que dá bolsas para
alunos carentes em universidades privadas. Para conseguir entrar no
programa, o estudante tem que obrigatoriamente prestar o exame nacional.
Segundo
o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de
Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado (Semesp), Hermes
Figueiredo, haverá prejuízo acadêmico, com o atraso do início do ano
letivo para alguns calouros, e financeiro. Isso porque o processo de
efetivação da bolsa é lento e pode fazer com que alunos desistam de
esperar e façam matrícula como pagantes.
Em São Paulo, cerca de
65% das 559 instituições privadas de ensino superior participam do
ProUni. O número de estudantes que participam do programa variou neste
ano entre 30 mil a 40 mil.
“Se as notas chegarem no dia 5 de
fevereiro (prazo dado ontem pelo Ministério da Educação), não quer
dizer que os alunos vão matricular-se no dia 6. Há um prazo para
catalogá-los, é preciso dar um prazo para matrícula”, diz o presidente
do Semesp. “Os alunos já matriculados como pagantes chegarão à
instituição em março ou em abril com o atestado do ProUni. Aí não
haverá mais como preencher essa vaga”, acredita.
Nas
particulares, segundo levantamento feito pelo Semesp, 160 das 559
instituições do Estado (28,6%) utilizariam os resultados do Enem para
compor a nota do candidato. A ampliação do uso do Enem, que neste ano
vai ser de vestibular para universidades federais, pode aumentar os
problemas para o Semesp, que acredita que a credibilidade do exame está
arranhada.
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