Sim, nós podemos! É o lema às vésperas do Enem
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Faltando 20 dias para o tão aguardado exame, que substituirá a primeira
etapa da UFPE, os feras mantêm a confiança e a concentração para poder
encarar as provas com tranquilidade, em outubro.
Vinte dias. Esse é o tempo que falta para o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), que vai substituir a primeira fase do
vestibular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), instituição
pública mais concorrida do Estado. Comparando o fera a um maratonista,
é como se ele estivesse nas últimas voltas de uma corrida.
Para
alcançar a vitória, não dá para descuidar da concentração. Manter a
confiança também é importante para encarar as provas com tranquilidade. “Sim, nós podemos”, o lema da campanha do presidente americano Barack
Obama, é repetido todos os sábados pelo alunos da Escola Estadual Alice
de Barros Maurício, em Camaragibe, no Grande Recife.
Eles participam de
aulas preparatórias para o Enem coordenadas pela professora de química
Elizângela Sena. “Além de ensinar os conteúdos do exame, me preocupo em
reforçar a auto-estima dos alunos. Por isso, antes de começar a aula,
todos repetem a frase “sim, nós podemos”, para que acreditem que são
capazes de fazer boas provas no Enem e no vestibular”, explica
Elizângela.
A ideia tem dado certo. “Não estou ansiosa porque as provas
estão próximas. Sei que sou capaz de passar no vestibular, basta querer
e, claro, estudar”, diz a estudante Fernanda Torres, 19 anos, candidata
ao curso de nutrição. Priscila Albuquerque, 18, fera de direito, também
está confiante. “As aulas aos sábados são mais interessantes, a gente
aprende mais. O incentivo dos professores, principalmente de
Elizângela, tem ajudado bastante”, conta Priscila.
A psicóloga do
ensino médio do Colégio Motivo, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife,
Bruna Vaz de Almeida, reforça a importância de os pais ficarem atentos
aos sinais que os feras derem daqui pra frente. Nada de virar noites
estudando, pular refeições ou se alimentar mal por causa de
compromissos escolares ou abrir mão do lazer.
“É um time que deve estar
junto: alunos, família e escola. A presença dos pais nesse momento é
fundamental para apoiar os filhos. Mas eles devem ter cuidado para não
ser invasivos. Têm que respeitar o limite do estudante”, destaca Bruna.
REVISÃO
Nestas três semanas que antecedem os testes do Enem,
professores recomendam aos feras revisarem os principais conteúdos das
matérias que cairão na avaliação. Vale montar um cronograma de estudos,
com ênfase nos assuntos que menos o vestibulando domina. Responder
questões das avaliações passadas é uma sugestão interessante para se
familiarizar com as provas.
No segundo dia do exame, os participantes
terão que escrever uma redação, que ganhará uma nota separada das
outras quatro áreas avaliadas. Portanto, outra dica é aproveitar esse
período para escrever dissertações. No site do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável
pelo exame, há todos os temas das redações de anos passados.
Mas com a
nova lógica do exame vai cobrar conhecimentos interdisciplinares, o
professor Hugo Monteiro Ferreira, doutor em educação, lembra que o
exame exigirá do estudante habilidades para compreender as interações
que existem entre as disciplinas.
“Os estudos específicos de cada
disciplina são fundamentais. Não se pode abrir mão deles. No entanto,
terão pouca relevância quando vistos isoladamente. É necessário saber
relacionar as informações e solucionar problemas”, observa. Na opinião
do professor, os estudantes leitores serão mais bem-sucedidos no Enem
do que os estudantes não-leitores.
“A leitura é uma atividade que
auxilia muito na construção de competências e habilidades conectoras. O
exercício da leitura conduz o leitor a níveis de abstração que lhe
permitem relacionar informações aparentemente sem conexão: por exemplo,
uma charge num jornal e a situação pela qual passa o Senado”, enfatiza.
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