Unioeste adota cotas para alunos de escola pública
A
Unioeste – Universidade Estadual do Oeste do Paraná – abre na próxima
segunda-feira as inscrições para o vestibular com uma novidade: foi
adotado o sistema de cotas para alunos oriundos das escolas públicas.
Dessa forma, 40% das vagas oferecidas nas 63 turmas – em 34 cursos – da
instituição serão destinadas para estudantes que freqüentaram escolas
públicas desde a 5ª série até o 3º ano do ensino médio.
O
diretor de concurso vestibular da Unioeste, professor João Carlos
Cattelan, explica que a universidade adotou as cotas por uma questão de
coerência. “Somos uma instituição pública e temos que ter compromisso
com o sistema público”, diz.
Segundo o professor, um levantamento mostra que em 55 turmas da
Unioeste 40% ou até mais das vagas já são ocupadas por alunos de
escolas púbicas. Na turma de Geografia, por exemplo, o índice é de
100%. A média, em toda a universidade, é de 69% de estudantes oriundos
da rede pública.
Com a adoção das cotas, a idéia é aumentar o índice nos oito cursos
que hoje têm poucos alunos vindos das escolas estaduais, como é o caso
de Medicina (menos de 5%), Fisioterapia, Odontologia, Farmácia,
Ciências Biológicas, Engenharia Agrícola, Engenharia Mecânica e
Engenharia Elétrica. “Esses cursos funcionam como se fossem cursos
privados dentro da universidade pública”, explica Cattelan. “São vagas
destinadas a um público específico, só preenchidas por esse público.
Precisamos acabar com isso.”
Inscrições
As inscrições para o vestibular da Unioeste vão de 6 de outubro a 4
de novembro. A primeira fase de provas será realizada no dia 23 de
novembro e a segunda no dia 14 de dezembro. A opção pela cota é feita
no momento da inscrição. As provas vão ser iguais para todos. A
Unioeste possui câmpus em Cascavel, Toledo, Marechal Cândido Rondon,
Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão.
No estado
Segundo a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior (Seti), a UEL, UEPG, UEM e Faficop também têm o sistema de
cotas. A medida é incentivada pela Seti, “mas sempre respeitando a
autonomia das universidades”. A secretaria informa que nas “avaliações
feitas pelas universidades estaduais o desempenho desses acadêmicos têm
sido igual ou até mesmo superior à média dos demais estudantes.” A UEL
e a UEPG adotam também cotas para afro-descendentes.
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