Verbos no Infinitivo: o que são, conjugação e exemplos
Estudar a aplicação dos verbos no infinitivo não é a tarefa mais simples do universo. A Língua Portuguesa prega algumas peças aos seus falantes que às vezes só percebemos quando estamos estudando o tema.
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Verbos
Os verbos são uma classe gramatical que expressam ação, estado, processo ou fenômeno. Eles são essenciais para a construção das frases, pois indicam o que o sujeito faz, sente, possui ou o que lhe acontece.
Na língua portuguesa, os verbos podem variar de acordo com o tempo, modo, pessoa, número e aspecto, adaptando-se para indicar quando uma ação ocorre, quem a realiza, como ela é realizada, entre outros detalhes.
Essa flexão verbal permite expressar uma grande variedade de ideias e informações dentroem um de um contexto linguístico. Na língua portuguesa, os verbos podem ser classificados em diferentes formas, como o infinitivo, o gerúndio e o particípio.
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Verbos no Infinitivo
Na língua portuguesa, os verbos no infinitivo são a forma nominal e não conjugada do verbo. Eles são identificados pela terminação em “-ar“, “-er” ou “-ir“, como “amar“, “comer” e “partir“, respectivamente.
Esses verbos não estão associados a uma pessoa, número ou tempo verbal específico. São usados em contextos onde não há uma indicação específica de quem pratica a ação ou quando se quer falar de uma ação de forma mais geral.
Por exemplo:
- “Amar é uma emoção poderosa.”
- “Preciso comer antes de sair.”
- “Decidimos partir cedo pela manhã.”
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Quais os tipos de infinitivo?
Os verbos no infinitivo podem ser divididos em dois tipos principais: pessoais e impessoais.
Infinitivo Pessoal
Nesse caso, o infinitivo é conjugado como se fosse um verbo finito, ou seja, é flexionado em pessoa e número, assumindo características de um verbo conjugado, mas mantendo a natureza do infinitivo. Este tipo é mais comum em algumas línguas, mas não é tão utilizado em português.
Por exemplo:
- “Ela pediu para eu comer.”
- “Peço para vocês saírem cedo.”
Infinitivo Impessoal
Aqui, o infinitivo permanece invariável, sem flexão de pessoa ou número. Ele é usado de forma mais genérica, sem referência a um sujeito específico. Esse é o tipo mais comum em português.
Por exemplo:
- “Comer é importante para a saúde.”
- “Estudar é fundamental para aprender.”
Os infinitivos impessoais são frequentemente usados para expressar generalidades, conceitos abstratos ou ações sem especificar quem realiza a ação. Já os infinitivos pessoais são menos comuns em português e são usados para indicar a ação que alguém deseja que outra pessoa realize.
Como conjugar o verbo no infinitivo?
Se você for flexionar o verbo no infinitivo pessoal, o único com mudanças para a terminação, deve seguir desta forma:
1.ª conjugação (-ar)
- (Eu) radical + -ar
- (Tu) radical + -ares
- (Ele) radical + -ar
- (Nós) radical + -armos
- (Vós) radical + -ardes
- (Eles) radical + -arem
2.ª conjugação (-er)
- (Eu) radical + -er
- (Tu) radical + -eres
- (Ele) radical + -er
- (Nós) radical + -ermos
- (Vós) radical + -erdes
- (Eles) radical + -erem
3.ª conjugação (-ir)
- (Eu) radical + -ir
- (Tu) radical + -ires
- (Ele) radical + -ir
- (Nós) radical + -irmos
- (Vós) radical + -irdes
- (Eles) radical + -irem
Quando usar o verbo no infinitivo?
O uso correto do infinitivo pode ser desafiador, pois algumas regras podem ser complexas e até permitir diferentes tipos de aplicação.
Antes de tudo, é importante considerar a eufonia, que se refere à harmonia sonora na linguagem. Ela pode sobrepor algumas regras gramaticais, principalmente na língua falada, visando uma sonoridade mais natural e agradável.
Sujeitos Diferentes
A flexão do infinitivo pode variar dependendo do contexto. Por exemplo, quando há dois verbos na mesma frase com diferentes sujeitos
Exemplo:
- “A professora ensinou os alunos a estudar”
- “A professora ensinou os alunos a estudarem” (seguindo a regra gramatical padrão)
Em alguns casos, é possível manter o infinitivo inalterado, privilegiando a sonoridade natural da frase.
Mesmo Sujeito
Outra situação é quando dois verbos têm o mesmo sujeito, como em
- “Elas devem repor as energias” (evitando a flexão do segundo verbo para manter a eufonia da frase).
Verbo Introduzido por Preposição
Há casos em que o infinitivo deve ser flexionado, como quando um verbo está introduzido por preposição no início da frase, mesmo compartilhando o mesmo sujeito do outro verbo na frase.
Por exemplo:
- “Sem comerem, ficarão desnutridos.”
Pronome Oblíquo como Sujeito
Existem regras específicas para o uso do infinitivo impessoal quando o sujeito do verbo no infinitivo é um pronome oblíquo, tornando-o necessariamente impessoal.
Passivos
Além disso, o infinitivo pode ser flexionado em casos reflexivos, recíprocos ou passivos.
Por exemplo:
- “Deixamos os garotos se olharem.”
Em situações de voz passiva com sujeito plural, o infinitivo será flexionado.
Por exemplo:
- “Os trabalhos a serem feitos estão na mesa.”
Ênfase no sujeito
O infinitivo também pode ser flexionado quando se quer enfatizar que o sujeito da ação é indeterminado
Por exemplo:
- “Ouvi falarem mal de você.”
Locuções Verbais
Nas locuções verbais com os verbos ‘continuar’, ‘estar’, ‘começar’, ‘acabar’, ‘tornar’, etc., seguidos de preposição e verbo no infinitivo, o infinitivo não é flexionado.
Uso Facultativo
É facultativo flexionar o infinitivo em algumas situações, especialmente com certos verbos como “mandar”, “fazer”, “sentir”, “deixar”, “ouvir”, “ver”, entre outros.
Por exemplo:
- “Você já deixou as meninas brincarem (ou brincar)?”
Complemento de Adjetivos
Por fim, quando o infinitivo complementa adjetivos, como em
- “Que exercícios difíceis de resolver”, ele permanece inalterado.
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