Em Portugal: Gêneros – cantigas (poesia), novelas de cavalaria, nobiliários, hagiografias.
Destaque em Portugal: A Ribeirinha; Paio Soares de Taveirós.
Principais características:
Cantigas de Amor: sofrimento, idealização, eu-lírico masculino, ambiente da Corte, dama inacessível, caráter analítico-discursivo.
Cantigas de Amigo: eu-lírico feminino, confessional, ambiente popular, paixão não correspondida, realista, narrativo-descritiva.
Cantigas de Escárnio e Maldizer: críticas indiretas ou diretas de pessoas ou fatos de uma época. Rica fonte de documentação.
Humanismo
Época: 1418.
No Brasil: não existiu.
Em Portugal: Gêneros – historiografia, teatro popular, prosa doutrinária.
Destaque em Portugal: Fernão Lopes, guarda-mor da Torre do Tombo, Gil Vicente (teatro).
Principais características:
Teatro: em poesia, versa sobre assuntos profanos ou religiosos; carpintaria teatral rudimentar; ausência de regras; sem unidade de ação, tempo e espaço. Aspectos críticos de uma sociedade em transição.
Classicismo
Época: 1527.
No Brasil: nascia o Quinhentismo.
Em Portugal: Gêneros – poesia lírica, épica, teatro e crônicas. Introdução da medida nova.
Destaque em Portugal: Sá de Miranda; Camões (poesia).
Principais características:
Valorização do homem (antropocentrismo);
paganismo (maravilhoso pagão);
superioridade do homem sobre a natureza;
objetividade;
racionalismo;
universalidade;
saber concreto em detrimento do abstrato;
retomada dos valores greco-romanos;
rigor métrico e estrófico: equilíbrio e harmonia.
Quinhentismo
Época: 1500.
No Brasil: Gêneros- poesia lírica e épica, teatro e crônicas.
Destaques no Brasil: um Documento escrito em terras brasileiras. Carta a D. Manuel; Pero Vaz de Caminha; José de Anchieta.
Em Portugal: era a ponte do Quinhentismo.
Principais características:
Não se pode falar em uma literatura propriamente brasileira, pois no país não se produzia nada além de registros informativos sobre o Brasil. A missão dos viajantes era a produção de registros detalhando os recursos minerais, os perigos existentes, os habitantes que aqui viviam a sua fauna e flora. As primeiras produções literárias do Brasil só irão existir de fato no Barroco.
Barroco
Época: 1580.
No Brasil: início do Barroco no Brasil foi em 1601.
Destaques no Brasil: Bento Teixeira, publicação de Prosopopéia, Padre Antônio Vieira (oratória), Gregório de Matos (poesia).
Em Portugal: Gêneros- oratória sacra, política e social.
Destaques em Portugal: Morte de Camões; Portugal sob o domínio espanhol; poesia religiosa, satírica e lírico-amorosa; Padre Antônio Vieira (oratória).
Principais características:
Arte dos contrastes: antinomia homem – céu, homem – terra; visualização e plasticidade; fugacidade; não-racionalismo; unidade e abertura (perspectivas múltiplas para o observador); luta entre o profano e o sagrado. Culto a elementos evanescentes (água/vento). Sentido de transitoriedade da vida; carpe diem (aproveitar a vida); valorização do presente, movimento ligado ao espírito da Contra – Reforma; jogos de metáforas; riqueza de imagens; gosto pelo pormenor; malabarismo verbal – uso de hipérbato, hipérbole, metáforas e antíteses.
Arcadismo
Época: 1756.
No Brasil: o início do Arcadismo no Brasil foi em 1768.
Destaques no Brasil: Cláudio Manuel da Costa com “Obras Poéticas”; Tomás Antônio Gonzaga (poesia lírica e épica); Basílio da Gama e Santa Rita Durão (poesia épica).
Em Portugal: Gênero- poesia.
Destaques em Portugal: Fundação da Arcádia Lusitana. Bocage (poesia).
Principais características:
Arte do equilíbrio e harmonia;
Busca do racional, do verdadeiro e da natureza;
Retorno às concepções de beleza do Renascimento;
Poesia objetiva e descritiva;
Áurea mediocritas: o objetivo arcádico de uma vida serena e bucólica;
Pastoralismo;
Valorização da mitologia; técnica da simplicidade;
Literatura linear e regrada: inutilia truncat (cortar o inútil).
Romantismo
Época: 1825.
No Brasil: o início do romantismo no Brasil foi em 1836.
Destaques no Brasil: Gonçalves de Magalhães, com “Suspiros Poéticos e Saudades”. Na poesia, Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Castro Alves. Na prosa: Alencar, Joaquim Manuel de Macedo, Manuel Antônio de Almeida; Bernardo Guimarães, Taunay
Destaques em Portugal: Almeida Garrett; Publicação do poema Camões.
Destaques no Brasil: Machado de Assis, com “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, no Realismo. Aluísio de Azevedo, com “O Mulato”, no Naturalismo.
Década de 80 Definição do ideário parnasiano.
Prosa: Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Raul Pompéia.
Poesia: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira, Raimundo Correia, Vicente de Carvalho.
Em Portugal: Gênero – prosa (romance, conto, crônica), poesia, crítica.
Destaques em Portugal: Questão Coimbrã: Antero de Quental contra Castilho (Novos x Velhos). Prosa: Eça de Queirós. Poesia: Antero de Quental, Cesário Verde, Guerra Junqueiro.
Principais características:
Realismo
Preocupação com a verdade exata;
Observação e análise;
Personagens tipificadas;
Preferência pelas camadas altas da sociedade;
Objetividade;
Descrições pormenorizadas;
Linguagem correta, no entanto é mais próxima da natural, maior interesse pela caracterização que pela ação – tese documental.
Naturalismo
Visão determinista do homem (animal, presa de forças fatais e superiores – meio, herança genética, fisiologia, momento);
Tendência para análise dos deslizes de personalidade;
Poesia técnica e formal, retomada de valores clássicos, apego à mitologia greco-romana.
Simbolismo
Época: 1890.
No Brasil: o início no Brasil foi em 1893.
Destaques no Brasil: Cruz e Sousa, com “Missal” (prosa poética) e “Broquéis” (poesia). Poesia: Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens, Pedro Kilkerry, Emiliano Perneta.
Em Portugal: Gêneros- poema e prosa.
Destaques em Portugal: Eugênio de Castro, Publicação de Oaristos. Poesia: Camilo Pessanha.
Principais características:
Reação contra o positivismo, o Naturalismo e o Parnasianismo;
Individualismo;
Subjetivismo psicológico;
Atitude irracional e mística;
Respeito pela música;
Atitude irracional e mística;
Respeito pela música, cor, luz;
Procura das possibilidades do léxico.
Pré-Modernismo
Época: 1902.
No Brasil: Gêneros- prosa e poesia.
Destaques no Brasil: Publicação de “Os Sertões”, de Euclides da Cunha; e “Canaã”, de Graça Aranha. Prosa: Monteiro Lobato, Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha. Poesia: Augusto dos Anjos.
Em Portugal: não existiu.
Principais características:
Pré-Modernismo
Tendência das primeiras décadas do século X;
Sentido mais crítico, fixando diferentes facetas da realidade social, política ou alterações na paisagem e cor local.
Modernismo
Época: 1915.
No Brasil: Semana de Arte Moderna, em 1922.
Destaques no Brasil:
1922- Semana de Arte Moderna.
1922-30 – 1ª fase: revolucionária: Mário de Andrade. Publicação de Paulicéia Desvairada.
1930-45 – 2ª fase: neo-realismo, literatura regional. José América de Almeida.
A Bagaceira
Geração de 45- 3ª fase: investigar comportamentos e atitudes do ser humano.
João Guimarães, Clarice Lispector, João Cabral.
Literatura contemporânea (Pós-Modernismo); década de 50.
Enorme proliferação de estilos. Concretismo, Poesia práxis, Contos.
Em Portugal: Gêneros- poesia, prosa (crônica, conto, romance), teatro.
Destaques em Portugal:
1915 – 1ª fase: Revista Orfeu.
1930 – 2ª fase: Alves Redol.
Publicação de Gaibeús.
Mais recentemente:
Surrealismo.
Poesia: Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Florbela Espanca, José Régio, etc.
Prosa: Fernando Namora, Vergílio Ferreira, Alves Redol, Ferreira de Castro, Branquinho da Fonseca, José Saramago, etc.
Estabilidade: herança de 22, acrescentando aprimoramento da linguagem (inclusive metalinguagem);
Busca da expressão universal;
Recuperação de valores tradicionais (Neo-simbolismo);
Engajamento religioso e social;
Literatura de denúncia das condições humanas;
Predomínio da prosa (romance) de tendências neo-realistas e regional.
3 Geração
Não se mostram tão preocupados com o contexto sociopolítico;
Análise da natureza humana;
Rigor formal.
Literatura contemporânea: Proliferação de estilos, experimentalismo na forma, o cotidiano. Proliferação de contistas e cronistas. crises de caráter existencial, reflexões metafísicas.
