Romantismo no Brasil: surgimento, características e fases
O Romantismo surgiu no Brasil na segunda década do século XIX, no período conhecido como Primeira República. O movimento foi inspirado na literatura romântica europeia, que buscava expressar emoções e sentimentos como o amor, o ódio, o sonho e a tristeza.
Encontre bolsas de estudo de até 80%
O Romantismo brasileiro foi impulsionado por grandes escritores, como José de Alencar, autor de “O Guarani“, e a maioria de seus escritos atrelavam–se às raízes culturais da nação brasileira, como a luta pela independência, a abolição da escravatura e a exaltação do cenário natural brasileiro.
O marco de início do movimento do Romantismo no Brasil foi o lançamento do livro de Gonçalves de Magalhães, “O Poema do Desterro“, em 1836.
Como surge o Romantismo no Brasil?
Em 1808, com a chegada da corte, o Rio de Janeiro passa por um processo de urbanização, tornando-se um campo propício à divulgação das novas influências europeias; a Colônia caminhava no rumo da independência.
Após 1822, cresce no Brasil independente o sentimento de nacionalismo, busca-se o passado histórico, exalta-se a natureza da pátria; na realidade, características já cultivadas na Europa e que se encaixavam perfeitamente à necessidade brasileira de ofuscar profundas crises sociais, financeiras e econômicas.
De 1823 a 1831, o Brasil viveu um período conturbado como reflexo do autoritarismo de D. Pedro I: a dissolução da Assembleia Constituinte ; a Constituição outorgada; a Confederação do Equador; a luta pelo trono português contra seu irmão D. Miguel; a acusação de Ter mandado assassinar Líbero Badaró e, finalmente, a abdicação.
Segue-se o período regencial e a maioridade prematura de Pedro II. É neste ambiente confuso e inseguro que surge o Romantismo brasileiro, carregado de lusofobia e, principalmente, de nacionalismo.
São palavras de Gonçalves de Magalhães:
“Não se pode lisonjear muito o Brasil de dever a Portugal sua primeira educação, tão mesquinha foi ela que bem parece Ter sido dada por mãos avaras e pobres. No começo do século atual, com as mudanças e reformas que tem experimentado o Brasil, novo aspecto apresenta a sua literatura. Uma só ideia absorve todos os pensamentos, uma ideia até então desconhecida; é a ideia da pátria; ela domina tudo, e tudo se faz por ela, ou em seu nome. Independência, liberdade, instituições sociais, reformas políticas, todas as criações necessárias em uma nova Nação, tais são os objetivos que ocupam as inteligências, que atraem a atenção de todos, e os únicos que ao povo interessam.”
Características do Romantismo no Brasil
Um dos fatos mais importantes do Romantismo foi a criação de um novo público, uma vez que a literatura torna-se mais popular, o que não acontecia com os estilos de época de características clássicas.
Surge o romance, forma mais acessível de manifestação literária; o teatro ganha novo impulso, abandonando as formas clássicas. Com a formação dos primeiros cursos universitários em 1827 e com o liberalismo burguês, dois novos elementos da sociedade brasileira representam um mercado consumidor a ser atingido: o estudante e mulher.
Com a vinda da família real, a imprensa passa a existir no Brasil e, com ela, os folhetins, que desempenharam importante papel no desenvolvimento no romance romântico.
No prefácio de Suspiros poéticos e saudades, Gonçalves de Magalhães nos dá uma ótima visão do que era o romantismo para um autor romântico:
“É um livro de poesias escritas segundo as impressões dos lugares; ora assentado entre as ruínas da antiga Roma, meditando sobre a sorte dos impérios; ora no cimo dos Alpes, a imaginação vagando no infinito como um átomo no espaço; ora na gótica catedral, admirando a grandeza de Deus, e os prodígios do cristianismo; ora entre os ciprestes que espalham sua sombra sobre os túmulos; ora enfim refletindo sobre a sorte da pátria, sobre as paixões dos homens, sobre o nada da vida. Poesias d’alma e do coração, e que só pela alma e pelo coração devem ser julgadas. Quanto à forma, isto é, a construção, por assim dizer, material das estrofes, nenhuma ordem seguimos; exprimindo as ideais como elas se apresentaram, para não destruir o acento da inspiração; além de que, a igualdade de versos, a regularidade das rimas, e a simetria das estrofes produz uma tal monotonia, que jamais podem agradar.”
Realmente, Gonçalves de Magalhães define o Romantismo e suas características básicas sob dois aspectos: o de conteúdo e o de forma.
Quanto ao conteúdo, os românticos cultivavam o nacionalismo, que se manifestava na exaltação da natureza da pátria, no retorno ao passado histórico e na criação do herói nacional, no caso brasileiro, o índio (o nosso cavaleiro medieval).
Da exaltação do passado histórico vem o culto à Idade Média, que, além de representar as glórias e tradições do passado, também assume o papel de negar os valores da Antiguidade Clássica.
Da mesma forma, a natureza ora é a extensão da pátria ora é um prolongamento do próprio poeta e seu estado emocional, um refúgio à vida atribulada dos centros urbanos do século XIX.
Outra característica marcante no romantismo e verdadeiro “cartão de visita” de toda a escola foi o sentimentalismo, a valorização dos sentimentos, das emoções pessoais: é o mundo interior que conta, o subjetivismo.
E à medida que se volta para o eu, para o individualismo, o pessoalismo, perde-se a consciência do todo, do coletivo, do social. A constante valorização do eu gera o egocentrismo; os poetas românticos se colocavam como o centro do universo.
É evidente que daí surge um choque da realidade e o seu mundo. A derrota inevitável do eu leva a um estado de frustração e tédio. Daí as seguidas e múltiplas fugas da realidade : o álcool, o ópio, as “casa de aluguel” (prostíbulos), a saudade da infância, a idealização da sociedade, do amor e da mulher. No entanto, essa fugas tem ida e volta, exceção feita à maior de todas as fugas românticas: a morte.
Já ao final do Romantismo brasileiro, a partir de 1860, as transformações econômicas, políticas e sociais levam a uma literatura mais próxima da realidade; a poesia reflete as grandes agitações, como a luta abolicionista, a Guerra do Paraguai, o ideal de República.
É a decadência do regime monárquico e o aparecimento da poesia social de Castro Alves. No fundo, uma transição para o realismo.
Quanto ao aspecto formal, a literatura romântica se apresenta totalmente desvinculada dos padrões e normas estéticas do Classicismo. O verso livre , sem métrica e estrofação, e o verso branco , sem rima, caracterizam a poesia romântica.
Marco de início do movimento do Romantismo no Brasil
O romantismo se inicia no Brasil 1836, quando Gonçalves de Magalhães publica na França a Niterói – Revista Brasiliense, e no mesmo ano lança um livro de poesias românticas intitulado Suspiros poéticos e saudades.
Em 1822, D. Pedro I concretiza um movimento que se fazia sentir, de forma mais imediata, desde 1808: a independência do Brasil. A partir desse momento, o novo país necessita inserir-se no modelo moderno, acompanhando as nações independentes da Europa e América.
A imagem do português conquistador deveria ser varrida; há a necessidade de auto-afirmação da pátria que se formava. O ciclo da mineração havia dado condições para que as famílias mais abastadas mandassem seus filhos à Europa, em particular França e Inglaterra, onde buscam soluções para os problemas brasileiros, apesar de não possuir o Brasil a mesma formação social dos países industrializados da Europa, representada pelo binômio burguesia/ proletariado.
A estrutura social brasileira ainda era marcada pelo binômio aristocracia/ escravo; o “ser burguês” era mais um estado de espírito, norma de comportamento, do que uma posição econômica e social.
É nesse contexto que encontramos Gonçalves de Magalhães viajando pela Europa. Em 1836, vivendo o momento francês, funda a revista Niterói , da qual circularam apenas dois números, em paris. Nela, publica o “Ensaio sobre a história da literatura brasileira”, considerado o nosso primeiro manifesto romântico:
“Não, oh! Brasil! No meio do geral merecimento tu não deves ficar imóvel e tranqüilo, como o colono sem ambição e sem esperança. O germe da civilização, depositado em seu seio pela Europa, não tem dado ainda todos os frutos que deveria dar, vícios radicais têm tolhido seu desenvolvimento. Tu afastaste do teu colo a mão estranha que te sufocava, respira livremente, respira e cultiva as ciências, as artes, as letras as indústrias e combate tudo o que entrevá-las pode.”
Marco final do Romantismo no Brasil
O ano de 1881 é considerado marco final do romantismo, quando são lançados os primeiros romances de tendência naturalista e realista (O mulato, de Aluísio Azevedo, e Memórias de Brás Cubas , de Machado de Assis), embora desde 1870 já ocorressem manifestações do pensamento realista na Escola de Recife, em movimento liderado por Tobias Barreto.
Quais são as três fases do Romantismo no Brasil?
Como vimos no início do capítulo, percebe-se nitidamente uma evolução no comportamento dos autores românticos; a comparação entre os primeiros e os últimos representantes dessa escola revela traços peculiares a cada fase, mas discrepantes entre si.
No caso brasileiro, por exemplo, há uma distância considerável entre a poesia de Gonçalves Dias e a Castro Alves. Daí a necessidade de dividir o Romantismo em fases ou gerações. Assim é que no Romantismo brasileiro podemos reconhecer três gerações:
Primeira fase: geração nacionalista ou indianista
Marcada pela exaltação da natureza, volta ao passado histórico, medievalismo, criação do herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação de geração indianista.
O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais autores podemos destacar Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto Alegre.
Segunda fase: geração do “mal do século”
Fortemente influenciada pela poesia de Lord Byron e Musset, é chamada, inclusive, de geração byroniana. Impregnada de egocentrismo, negativismo boêmio, pessimismo, dúvida, desilusão adolescente e tédio constante – característicos do ultra-romantismo, o verdadeiro “mal do século”.
Seu tema preferido é a fuga da realidade, que se manifesta na idealização da infância, nas virgens sonhadas e na exaltação da morte. Os principais poetas dessa geração foram Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.
Terceira fase: geração condoreira
Caracterizada pela poesia social e libertária, reflete as lutas internas da Segunda metade do reinado de D. Pedro II. Essa geração sofreu intensamente a influencia de Victor Hugo e de sua poesia político-social, daí ser conhecida como geração hugoana.
O termo condoreirismo é conseqüência do símbolo de liberdade adotado pelos jovens românticos : o condor, águia que habita o alto da cordilheira dos Andes. Seu principal representante foi Castro Alves, seguido por Tobias Barreto e Sousândrade.
Principais autores românticos
Casimiro de Abreu
Poeta brasileiro, Casimiro José Marques de Abreu nasceu em São João da Barra, no estado do Rio, em 4 de janeiro de 1837. Poeta de grande inspiração, seus versos ainda hoje apreciados, lidos com admiração.
“As Primaveras”, sua coletânea de poemas, ainda continua agradando ao grande público, e as edições sucedendo. Faleceu a 19 de outubro de 1860, com a idade de 23 anos.
José Martiniano de Alencar
Foi bacharel em direito, jornalista, professor, crítico, teatrólogo e Poeta. Escreveu sobre o pseudônimo de IG, em 1856, as “Cartas sobre a Confederação dos Tamoios”. É considerado o fundador do romance brasileiro, já que no Brasil foi o primeiro a dar ao país um verdadeiro estilo literário.
Sua obra está repleta de um nacionalismo vibrante, toda ela escrita numa tentativa de nacionalismo puro, numa temática nova, muito brasileira. Publicou :
“O Guarani”, “Iracema”, “Ubirajara”, “As Minas de Prata”, “O Garatuja”, “O Ermitão da Glória”, “Lucíola”, “A Pata da Gazela”, “O Gaúcho”, “O Tronco do Ipê”, “O Sertanejo” e muitos outros. Faleceu em 1877.
Antônio Frederico Castro Alves
Nasceu na Bahia, em 1847. É considerado um dos maiores poetas brasileiros. Em 1863, começou a participar da campanha abolicionista, escrevendo em um jornal acadêmico seus primeiros versos em defesa da abolição da escravatura: “A Canção do Africano”.
Castro Alves participou ativamente das inquietações de espírito, da agitação poética e patriota e das lutas liberais que empolgavam sua geração. Em 1868 transferiu-se do Rio de Janeiro para São Paulo, onde continuou sua campanha abolicionista, declamando seus poemas antiescravista em praça pública.
Foi acometido de tuberculose e um acidente ocorrido em uma caçada acabou por consumi-lo. Faleceu em 6 de junho de 1871. Deixou vasta bagagem literária, entre artigos, poesias, etc. “A Cachoeira de Paulo Afonso”, “A Revolução de Minas” ou “Gonzaga”, drama e o livro “Espumas Flutuantes”.
Manuel Antônio Álvares de Azevedo
Poeta brasileiro nascido em São Paulo, a 12 de setembro de 1831. “Lira dos Vinte Anos” é o título de sua obra principal, deixada inédita e publicada após a sua morte ocorrida em dez de março de 1852, no Rio de Janeiro.
Escreveu ainda “A Noite na Taverna”, livro de contos, e mais “Conde Lopo”, um Drama, incompleto, aliás. Deixou também traduções e comentários críticos.
Antônio Gonçalves Dias
Poeta brasileiro, nasceu no estado do Maranhão, a 10 de agosto de 1823. Em 1840 foi estudar direito em Portugal, no Colégio de Artes, e foi lá que escreveu sua famosa “Canção do Exílio”. Já formado, embarcou para o Brasil, onde permaneceu muitos anos. Em 1847, lançou “Os Primeiros Cantos” e, 1848, “Os Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão”.
Em 1849, foi nomeado professor de latim e História do Brasil no Colégio Pedro II. Em 1851, foram publicados os “Últimos Cantos”. Em 1862, bastante enfermo , embarcou para Europa. Em 1864, voltando ao Brasil, faleceu em um naufrágio. Gonçalves Dias é o patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras.
Joaquim Manuel Macedo
Romancista, poeta e jornalista brasileiro, nasceu em 1820 e faleceu no Rio de Janeiro em 1882. Pode ser considerado um dos pioneiros do romance no Brasil. Seu primeiro romance “A Moreninha”, lançado em 1844, até hoje é sucesso. Foi médico, professor, deputado da Assembléia Provincial e deputado federal.
Escreveu também “O Forasteiro”, “O Moço Louro”, “Os Dois Amores”, “O Culto do Dever”, “A Namoradeira”, e outras obras. É patrono da cadeira nº 20 da Academia Brasileira de Letras.
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães
Jornalista, professor, crítico e poeta, nasceu em Ouro Preto, em 1825. Formado em Direito, viveu a atmosfera romântica da época. Estreou com um livro de versos “Contos da Solidão” em 1852, ao qual se seguiram “Poesias”, “Folhas de Outono” e “Novas Poesias”.
Bernardo Guimarães foi um dos iniciadores do regionalismo romântico com a publicação de “O Ermitão de Muquém”, lançado em 1869. Abrangendo o tema da escravidão, escreveu “Escrava Isaura” e ainda “O Garimpeiro”, e “O Seminarista”. Morreu em 1884.
Tendências do romance romântico
Romance urbano
É o que desenvolve tema ligado à vida social, principalmente do Rio de Janeiro. A variedade dos tipos humanos, os problemas sociais e morais decorrentes do desenvolvimento da cidade, tudo serviu de fonte para os nossos romancistas.
Dentre os principais autores, se destacam: José de Alencar (Senhora ; Lucíola), Joaquim Manuel de Macedo (A Moreninha; O Moço Loiro) e Manuel Antônio de Almeida (Memórias de um sargento de milícias).
Romance sertanejo ou regionalista
Atração pelo pitoresco e o desejo de explorar e investigar o Brasil do interior, fizeram o autor romântico se interessar pela vida e hábitos das populações que viviam distantes das cidades.
Abriam-se assim, para o romantismo, o campo fecundo do romance sertanejo, que até hoje continua a fornecer matéria a nossa literatura. Nessa linha, destacam-se José de Alencar, Taunay (Inocência) e Bernardo Guimarães (A escrava Isaura; O Seminarista).
Romance histórico
Foi um dos principais meios encontrados pelos românticos para a reinterpretação nacionalista de fatos e personagens da nossa história, numa revalorização e idealização de nosso passado.
Nessa linha, os autores mais importantes são: José de Alencar (O Guarani; As Minas de Prata; A guerra dos Mascates), Bernardo Guimarães (Lendas e romances; histórias e tradições da província de Minas Gerais) e Franklin Távora (O Matuto; Lourenço).
Romance indianista
Ainda na perspectiva de valorização de nossas origens, surge o romance indianista, tendo encontrado sua melhor realização nas obras de José de Alencar, que idealizou a figura do índio, exaltando-lhe a nobreza e valentia. (Ubirajara; Iracema; O Guarani).
Este é o gênero que trouxe maior popularidade a Alencar. São três romances: O guarani, Iracema e Ubirajara. Notamos neles, além do indianismo que reflete o nacionalismo e a exaltação da natureza da pátria, uma preocupação histórica: nos dois primeiros romances citados, Alencar mescla personagens reais com personagens fictícios; há uma preocupação muito grande em tudo datar e localizar (Alencar chegou a pesquisar textos quinhentistas).
Em O guarani , o índio, individualizado em Peri, aparece civilizado, em contato com os brancos; Alencar até o batiza, para que ele possa salvar Cecília (sem a condição de cristão, o índio não seria confiável!).
Iracema , romance baseado numa lenda do período de formação do Ceará, retrata o nativo brasileiro – no caso, a índia – em seu primeiro contato com o branco colonizador. Da relação entre Iracema e o português Martim nasce Moacir, o primeiro cearense.
O romance Ubirajara o índio pré-cabralino, ou seja, o nativo americano em seu estado mais puro, anterior à chegada do português colonizador.
Gostou do conteúdo acima? Confira mais no blog do Mundo Vestibular.
Dia Nacional da Alfabetização: linha do tempo no Brasil
Entendendo o Agente da Passiva no Português
Conheça 10 poetas brasileiros e suas obras
Semântica: o que é, para que serve, características e exemplos
Alusão Histórica: O que é, como usar na redação e exemplos!
Pronome Neutro: Saiba o que é, como usar e se é aceito no Enem!
Parnasianismo: o que é, características e consequências!
Locução Verbal: o que é, formação e exemplos
Estude nas melhores sem sair de casa
As melhores faculdades com ofertas super especiais para você começar a estudar sem sair de casa.